segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Frases feitas

 
Ás vezes, as coisas mais dificeis na vida são as coisas que mais valem a pena .....

sábado, 12 de outubro de 2013

Sociedade em quebra de valores

 
 
Uma sociedade sem valores é o resultado não da ação ou mentalidade de uma geração, mas sim o resultado do caminho trilhado por várias. A nossa, infelizmente, caminha e continua a caminhar para um abismo típico de um país de 3º mundo, em que dentro de alguns anos atingiremos o estadio dos piores, onde uma vida vale tanto quanto um pacote de bolachas.
 
Uma sociedade saudável tem de basear em alguns pilares fundamentais, como é o caso da família, justiça, ética, civismo, solidariedade, entre outros. Infelizmente por cá, estamos cada vez mais a assistir a uma crise de valores. É notório e amplamente discutido, porém, apesar do muito que é discutido e escalpelizado, não se nota uma inversão mas sim um agravamento.
 
Os recentes casos na política espelham bem o quão mal vamos. Tivemos um primeiro ministro que foi clara e deliberadamente mentir para a sede da nossa democracia, o Parlamento. Sei que poderia estar a falar de vários ou mesmo quase todos, mas referia-me especificamente ao Sócrates que iniciou um novo patamar ….. achar-se superior ao próprio Parlamento.  E tem tido seguidores. Gastamos milhares de euros em comissões parlamentares e o que vemos é vários agentes políticos a mentir descaradamente, a serem expostos e confrontados e mesmo assim, não se passa nada. Só para dar dois casos mais recente, alguém tem dúvidas que a agora ministra Maria Luis assinou de cruz contratos swap e que tinha perfeita noção que mentiu quando refutou os ataques da oposição, alegando desconhecer o tema? Ou que o ministro dos negócios estrangeiros não sabia que tinha ações da sociedade à qual estava estatutariamente ligado e em cargos de relevo?
 
O mesmo ministro vai a um país estrangeiro, faz “tábua rasa” da separação de poderes entre política e justiça, procede afirmações de sobreposição à PGR e ….. isso mesmo, nada. Pior, o primeiro ministro diz que nunca aceitaria a sua demissão por esses motivos, ou mesmo pela “incorreção” sobre o seu portfolio financeiro no Parlamento. Depois destes vários episódios, claramente tudo vale. E quando tudo vale, nada tem valor.
 
Claro que ambos continuam calma e tranquilamente como ministros. Ainda hoje me interrogo o que teria levado o Sr. Miguel Relvas a pedir a demissão, quando claramente nada se iria passar com ele.
 
Mas a crise não é apenas deste grupo de indivíduos, que não foram importados de um qualquer canto escudo do planeta, mas sim eleitos entre as fileiras do que somos. Escolhidos entre nós. Isaltino Morais ou Fátima Felgueiras, entre outros, foram eleitos pelo povo mesmo depois de demonstrado que roubaram esse mesmo povo. Não podemos dizer que temos o que não merecemos.
 
E por referir a Justiça, falemos um pouco do grande problema que ela é, uma vez que devem ser muito poucos os que acreditam que ela efetivamente existe. Ou existindo, que é cega a quem tem de julgar. É Certo que ultimamente tem sido ajudada pela incompetência e incúria do atual governo, que acha que não podendo mexer em zonas de lobbies ou onde é complicado, é mais fácil tentar ser inconstitucional e ir agravar os impostos sempre aos mesmos. Felizmente tem sido travado pela nossa péssima justiça. Seja porque ainda tem uma réstia de brio seja como resposta a estar a ser acossada, o que detesta por contestar a sua superioridade na sociedade, acabamos por ganhar todos ….. mas isto não lhe dá mérito ….. não lhe dá respeito ….. dá-lhe apenas a simpatia popular. Menos mal.
 
Gostava de ver surgir na sociedade, um verdadeiro movimento de moralização ….. gostava. E a comunicação social tem naturalmente um papel fundamental como potenciador desse movimento. Talvez expondo exaustivamente naquilo em que nos estamos a tornar e para onde caminhamos, debatendo possíveis caminhos, possamos inverter o trilho que traçamos. Vali levar gerações, é certo, mas só conseguiremos lá chegar depois de começar a caminhar para lá, o que ainda não está a acontecer.
 
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" (Chico Xavier)
 
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Dinheiro não é tudo



Às vezes nas organizações a competência não é sinónimo de muito, para além de uma mera satisfação pessoal. Outras por mais competência que se tenha, o subir na hierarquia não é aconselhável para não dar azo ao ditado “perde-se um bom trabalhador e ganha-se um mau chefe”. Neste processo haverá sempre quem se sente injustiçado e quem se sente reconhecido. Uma organização é será sempre assim.
 
Esta semana falei com um ex-colega que foi friamente preterido por uma questão de amizades internas, ou se quisermos dizer de uma forma mais direta, de promoção de amigos em detrimento de qualquer outro fator de decisão, e, coincidentemente, a minha mãe colocava-me uma questão em tudo semelhante. E pensei em mim e no último ano que tive do ponto de vista profissional.
 
A questão resume-se de uma forma simples ….. terá valido a troca profissional dado que neste último ano trabalhei muito, mas mesmo muito mais? ….. se na minha mente a resposta era obvia e imediata, à pergunta da minha mãe foi o meu filhão a responder ….. Claro avó, o meu pai mesmo cansado tem muito mais tempo e paciência para mim. Estamos muito melhor! ….. dinheiro algum paga este comentário ….. apeteceu-me parar o carro e dar-lhe um beijo ….. depois de limpar uma lágrima no canto do olho, naturalmente.
 
Antes da mudança, tal como acontece hoje em dia a esse ex-colega, o levantar para trabalhar era já um sacrifício dantesco, apenas possível de conseguir por uma obrigação monetária. Aqui contradiz-se o título, ou seja, o dinheiro pode não ser tudo mas é fundamental, e a sua falta é um problema e uma tragédia ….. e naturalmente a paciência para a família vai ficando cada vez menor ….. e todos “pagam” em casa pelo que acontece fora de casa ….. mesmo com um esforço grande de bloqueio destes “infernos”, é sempre impossível não haver repercussões das nossas frustrações profissionais a nível pessoal ….. somos humanos.
 
Quando me surgiu uma boa oportunidade, fiz exatamente o que sugeri a esse ex-colega ….. mergulhei de cabeça. Sem medo da mudança ….. de poder vir a falhar, até porque acredito nas minhas capacidades ….. sem medo de trocar o certo pelo incerto ….. mesmo perdendo regalias e tempo de descanso, num desafio que me iria obrigar a trabalhar mais, não hesitei um segundo que fosse ….. fui!
 
O futuro será o que for, mas a verdade é que neste último ano ganhei anos de vida ….. e algo que o dinheiro não compra ….. o sorriso de um filho e a cumplicidade que apenas a dedicação de uma relação permite obter ….. ganhei ….. se perdi dinheiro e horas de sono? ….. irrelevante face aos ganhos.
 
Se a semana passada dizia que ganhei uma vida nova, especialmente no que ao meu filhão dizia respeito, e achava que era sentido e que não era “fita”, aquela afirmação dele foi perentória ….. foi das melhores decisões que já tomei nos últimos tempos ….. o futuro a Deus pertence, mas este último ano de vida e relação com o meu filhão já ninguém me tira.
 
Desde sempre me lembro de dizer que infelizmente a generalidade das pessoas só dá valor ao que tem quando o perde ….. se bem que para alguns a perda é consciente e infelizmente desejada ….. felizmente acho que sempre valorizei o que tinha e enquanto tinha ….. quero acreditar que sim ….. aquele comentário do filhão reforça a minha ideia que sim …..
 

Limpar a cabeça


Muitas vezes quando estamos demasiado mergulhados num problema, uma pequena pausa faz maravilhas pois permite-nos libertar momentaneamente a mente e voltar ao problema de uma outra forma. Uns param para fumar, outros para ver televisão, outros para um café e outros ainda para conversar sobre esse tema ou outro qualquer com outra ou outras pessoas. O fundamental é o mesmo, ou seja, desviar a atenção e o pensamento viciado e tentar ganhar uma nova visão ….. pode ser melhor ou pior, mas pelo menos certamente terá o condão de ser diferente.

Mas isto aplica-se tanto a um problema como a uma série de situações na nossa vida. Por mais que consigamos aguentar um ritmo intenso, seja de trabalho ou de situações pessoais, a verdade é que a mente vai ficando viciada numa série de pressupostos, dificuldades ou raciocínios, o que não permite chegar a conclusões ou afirmações muito diferentes. É como fazer um bolo sempre com os mesmo ingredientes ….. pode ficar ligeiramente diferente, mas nunca totalmente diferente.

Existe um ditado adaptável que é “dar um passo atrás para depois dar dois em frente”, e muitas vezes é isso mesmo. Podemos perder um tempo que achamos precioso para limpar a cabeça ou ganhar uma nova visão, porém, grande parte das vezes isso permite-nos depois avançar mais depressa ou, na generalidade das vezes, melhor. Não é sempre assim, é certo, mas acredito que seja maioritariamente assim.

E se assim é, porque não o fazemos mais vezes? ….. acho que em determinadas alturas estamos tão embrulhados que precisamos de esgotar a nossa capacidade para o perceber.

Meditei muito em escrever este post, uma vez que na sua essência dizia o mesmo que o “Uma pausa, apenas por dizer que este fim-de-semana fiz o mesmo mas em família ….. apenas uma ideia ….. para quem estiver demasiado “embrulhado”, meditar se não precisa de uma pausa ….. seja como a fiz em 2009, seja como a fiz agora em 2013 ….. uma pausa.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O que sentimos, pensamos e dizemos

 
Apesar de dizermos que a maioria das nossas ações são pensadas, alguns dirão mesmo ponderadas, a verdade é que a emoção controla as nossas ações. Por mais cerebral que seja o nosso raciocínio, o que nós sentimos no fundo estará sempre a condicionar-nos. Baliza o que é a nossa razão, ou pelo menos, os parâmetros pelos quais tomamos decisões.
 
Quantas vezes damos por nós com um sentimento específico em relação a uma questão, em consciência sabemos que não queremos decidir com base na emoção e depois, acabamos por dizer outra coisa completamente diferente?