sábado, 22 de janeiro de 2011

Percepção e realidade

Após vários estudos e teses, é já um dogma dizer-se que uma decisão de um grupo será maioritariamente melhor que a decisão de um só elemento. Que da discussão envolvendo várias formas diferentes de pensar, o resultado sairá melhor que o pensamento de uma única. Uma só cabeça ou pensamento será sempre facciosa.

Por mais inteligente que sejamos ….. ou pensemos que o somos ….. a verdade é que a nossa razão é sempre influenciada pela nossa emoção e sentimentos. Mesmo quando tentamos analisar empiricamente um problema ou situação, existem factores que transcendem a razão e que nos levam a analisar de forma diferente. A realidade é que a generalidade das nossas decisões ou análises é o resultado de uma pequena parcela de razão e a maioria de emoção.

Todos nós temos uma ideia muito própria de nós, considerando-nos mais espertos ou burros, bonitos ou feios ….. etc …. do que na realidade os outros nos vêm. Isto é tão válido para a nossa maneira de ser, como de trabalhar ou como nos relacionamos com os outros ….. ou as relações que temos com os outros.

Ás vezes construímos os chamados “castelos de cartas” sobre um ou vários destes temas, estando muito seguros de que aquilo que nós pensamos, corresponde á realidade, porém, nem sempre assim o é e, certas vezes somos confrontados com acções ou constatações que nos abalam profundamente. É como percorrer uma maratona e quando achamos que estamos perto do final, alguém nos mostra o mapa e diz-nos onde estamos ….. longe de onde pensávamos estar. Um ou vários tremores de terra na nossa cabeça ….. um abalo imenso ás nossas crenças e convicções.

Certas alturas somos confrontados com um autêntico reallity check ….. a percepção do que achamos ou pensamos que temos não corresponde á realidade ….. duros momentos que obrigam a uma reflexão interna muito profunda. A olhar para dentro.

Nestas alturas podemos tomar dois caminhos distintos ….. ignorar ou repensar a ideia que temos de nós ou das nossas relações. Caso se opte pelo último, fechamo-nos numa cadeia enorme de introspecções e questionamos tudo ….. back to basis ….. meditamos.

A nossa percepção da realidade nada mais é que uma aproximação da realidade.