terça-feira, 11 de outubro de 2011

De um dia para o outro

Nada na vida é certo, nem pode ser dado como certo. Não sabendo o que o futuro nos reserva, claramente não podemos deixar o viver para o “um dia .....”. A verdade é que esse dia pode nunca chegar ou, quando chega, olhamos para trás e “choramos” o que abdicamos até que ele chegasse. O que hoje é verdade, amanhã será ou não.

No mundo do futebol, a variabilidade da realidade é levada ao extremo ..... o que hoje é verdade, mais logo ao final do dia pode muito bem não ser. Nos negócios e na política estamos quase na mesma. O Dexia até há 3 meses era visto como um dos mais sólidos, tendo passado nos testes de stress com distinção. Hoje foi nacionalizado.

Para além do Dexia, podemos falar igualmente na Madeira ..... até há 1 mês atrás, tudo estava bem e as obras do Alberto eram uma referência de bem gerir. E de um momento para o outro, já vamos em 6,3 mil milhões de euros ..... mais ou menos empresa municipal ..... no caso do banco, ao menos os governos ficam com os activos.

Em termos de Portugal em si e como um todo, até há relativamente pouco tempo, os tempos avizinhavam-se difíceis mas as perspectivas eram positivas ..... hoje substituímos os muito odiados PEC por aumentos mensais de impostos sem ruído ..... mais gravosos mas aparentemente de maior aceitação popular.

Uma reportagem hoje de um jornal apresentava os factos de uma forma muito clara ..... a nossa despesa pública é 5 vezes superior aos impostos cobrados ..... não creio que existam assim tantas EDP’s para vender em tempo de crise para cobrir este buraco .....

Qual a sustentabilidade de Portugal daqui a digamos ..... 10 anos?