domingo, 25 de setembro de 2011

Cheque em branco

Uma das medidas em estudo pelo actual governo é a redução da TSU. Sem querer entrar em memórias sobre a posição do Passos Coelho quando o governo era liderado pelo Sócrates, assusta-me esta questão estar a ser tratada de forma demasiado leviana ..... como várias até ao momento.

O anterior governo também ele decretou uma medida que na teoria era óptima, mas na prática em Portugal, ninguém acreditava que resultasse ..... e não resultou. A descida do IVA nos ginásios. Obviamente que essa redução não se repercutiu nos clientes, uma vez que a tentação dos ginásios em embolsar dinheiro era imensa. Lucro fácil e directo, com justificação de decreto estatal.

Dizer que baixar a TSU fomenta que os empresários criem emprego por mero decreto é estúpido demais para ser verdade. Neste momento não há empresário que apesar de apoiar as diversas acções, não afirme estar quase na falência ..... e que os custos disto e daquilo são incomportáveis ..... que estão quase a fechar as portas. Baixar apenas a TSU é apenas dizer que tal como aconteceu nos ginásios, o estado vai-lhe dar dinheiro fácil. Sem incentivo ou obrigatoriedade de reinvestir esses montantes, o seu destino é mais que certo.

Concordo inteiramente com uma medida dessas desde que devidamente escudada, ou seja, a baixa da TSU estaria indexada á confirmação de alguns factos, devidamente balizados no tempo. Por exemplo, a criação de uma determinada % de postos de trabalho, expurgados dos postos que forem encerrados, assim como a manutenção desses mesmos postos. Alguma medida bem pensada que force ao investimento desse valor naquilo para o qual foi pensado.

Infelizmente temos de reconhecer que na sociedade actual, com especial enfoque em Portugal, a consciência social é muito baixa. Que se pensa mais no próprio bolso que na sociedade em que estamos inseridos ou na situação real do País.

Concordo com a redução da TSU, desde que não traduza num aumento de impostos que todos pagamos ..... chega de cheques em branco.