quinta-feira, 8 de maio de 2014

Então era assim!

 
A lei que restringe o fumo de tabaco nos locais públicos, com especial ênfase nos restaurantes, já está implementada há tanto tempo que já vamos perdendo alguma memória do antes. Depois de muita polémica, de muitas vozes que prometeram uma insurreição geral, como é típico em Portugal, acatámos as novas regras e a vida seguiu o seu curso.
 
Hoje em dia a memória do ambiente de fumo, que retirava muitas vezes o doce cheiro dos petiscos está quase banido. Poucos são os restaurantes que adotam as áreas de fumadores, não pela beleza ou generosidade da lei mas pelo que custa estar de acordo com os regulamentos. E graças á efetividade cada vez maior das inspeções, não compensa a transgressão. É das poucas áreas em Portugal que não compensa, diga-se.
 
Encontro-me a escrever este texto num pequeno bar de praia, em Aveiro, onde é permitido fumar. É tão estranho este cenário, que não deixa de chamar a atenção. E como as pessoas foram-se desabituando de fumar nos restaurantes, excepto nas esplanadas, a verdade é que são poucos os que estão de cigarro na boca. É impossível não dar atenção a esse aspeto.
 
Há algum tempo tive a oportunidade de almoçar 2 vezes num restaurante, uma delas na sala de fumadores porque não havia mais nenhuma mesa livre e, posteriormente, na sala de não fumadores, que por acaso até acho ser mais pequena que a outra. Que diferença! Notava-se que a extração de fumo era muito boa, mas o cheiro estava presente e incomodava ….. já nem me recordava a última vez que tive uma refeição estragada pelo fumo.
 
Felizmente que locais como estes são escassos, mas permitiu uma viagem ao passado para lembrar de como era no passado ….. e como é bom utilizar este tempo verbal.