O Papa Bento XVI reiterou hoje a posição discordante da igreja à generalidade dos métodos contraceptivos, tendo proferido para o efeito a seguinte afirmação:
“Excluir a possibilidade de dar a vida através de uma acção destinada a impedir a procriação significa negar a verdade íntima do amor conjugal”
Apesar de católico, muito pouco frequentador da missa aos domingos, diga-se, tenho sempre um sentimento de angústia interna com estes temas. Uma parte cristã em mim tende a questionar a sua própria fé ao ter uma corrente de pensamento tão díspar da Igreja, outra, questiona-se até que ponto essa é a interpretação correcta do que está Escrito e, por último, existe ainda outra parte que questiona como pode a Igreja Católica estar tão distante da generalidade da natureza humana e da realidade em que se insere?
Como este tema para além de polémico pode ser muito extenso, deixo aqui de forma sintética as minhas dúvidas mais existenciais:
1. A procriação constitui juntamente com o instinto de sobrevivência as funções mais básicas de qualquer animal, incluindo o ser humano. O acto de procriação está enraizado na nossa mente e, mesmo em momentos de libido inexistente, não deixa de passar por lá, e isso não quer dizer que queiramos procriar;
2. A capacidade económica, para não falar de contextos sócio-económicos ou profissionais, podem levar a que, por muita vontade que um casal tenha de procriar, tal não seja em consciência a decisão mais sensata;
3. O mundo de hoje está cheio de grandes flagelos, onde se incluem obviamente as doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo não pode ser visto apenas como meio contraceptivo ..... o seu paradigma já passou por aí mas não parou aí;
4. Da frase fica-me desde logo a seguinte dúvida: E o amor extra-conjugal? Negar a sua existência nos dias de hoje é como negar que existem padres com filhos ou práticas sexuais (incluindo pedofilia). É pura utopia.
Não posso escrever esta última frase sem obviamente escrever que acredito que estes casos constituam uma excepção à regra e não o todo. Quem tiver o privilégio de conhecer e privar com o Padre José Cruz, tem obviamente a certeza que o bem existe. Ele personifica toda a figura mental que fazemos de um Padre, com uma alma pura e bondosa e, com um discurso e tom de voz capaz de serenar o mais inquieto dos espíritos. Assistam a uma das suas missas e constatem por vós mesmo ..... hospitalcuf descobertas na Expo, aos domingos às 19 horas.
As questões teológicas acompanham-nos desde que o homem é homem e nunca terão uma resposta clara e directa. A medicina em si, é também na sua essência um facto semelhante, pois estamos pela mão do homem a atrasar a morte que deve ser aceite, de acordo com a Igreja, como o destino Escolhido. E como estes, vários outros temas que fariam com que este texto se aproxima-se do número de linhas de um livro.
Como nota final, apenas de referir que quando escrevo estas linhas estou a barrar da minha cabeça a enorme raiva que sinto pela partida da Ana, que não consigo perceber ou aceitar. Já antes tinha estas dúvidas e penso que sempre as terei. Acredito que tudo tem um motivo ..... apenas não O consigo perceber.
Será que daqui a muitos anos haverá uma posição em relação aos preservativos semelhante ao pedido de desculpas a Darwin?
Para um católico, que acredita acima de tudo nos princípios adjacentes à sua fé e na mensagem que recebe e retém das homilias que assiste, estes temas e a sua posição discordante são sempre motivos de confusão espiritual e intelectual.
Perdoai-nos, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido .....
“Excluir a possibilidade de dar a vida através de uma acção destinada a impedir a procriação significa negar a verdade íntima do amor conjugal”
Apesar de católico, muito pouco frequentador da missa aos domingos, diga-se, tenho sempre um sentimento de angústia interna com estes temas. Uma parte cristã em mim tende a questionar a sua própria fé ao ter uma corrente de pensamento tão díspar da Igreja, outra, questiona-se até que ponto essa é a interpretação correcta do que está Escrito e, por último, existe ainda outra parte que questiona como pode a Igreja Católica estar tão distante da generalidade da natureza humana e da realidade em que se insere?
Como este tema para além de polémico pode ser muito extenso, deixo aqui de forma sintética as minhas dúvidas mais existenciais:
1. A procriação constitui juntamente com o instinto de sobrevivência as funções mais básicas de qualquer animal, incluindo o ser humano. O acto de procriação está enraizado na nossa mente e, mesmo em momentos de libido inexistente, não deixa de passar por lá, e isso não quer dizer que queiramos procriar;
2. A capacidade económica, para não falar de contextos sócio-económicos ou profissionais, podem levar a que, por muita vontade que um casal tenha de procriar, tal não seja em consciência a decisão mais sensata;
3. O mundo de hoje está cheio de grandes flagelos, onde se incluem obviamente as doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo não pode ser visto apenas como meio contraceptivo ..... o seu paradigma já passou por aí mas não parou aí;
4. Da frase fica-me desde logo a seguinte dúvida: E o amor extra-conjugal? Negar a sua existência nos dias de hoje é como negar que existem padres com filhos ou práticas sexuais (incluindo pedofilia). É pura utopia.
Não posso escrever esta última frase sem obviamente escrever que acredito que estes casos constituam uma excepção à regra e não o todo. Quem tiver o privilégio de conhecer e privar com o Padre José Cruz, tem obviamente a certeza que o bem existe. Ele personifica toda a figura mental que fazemos de um Padre, com uma alma pura e bondosa e, com um discurso e tom de voz capaz de serenar o mais inquieto dos espíritos. Assistam a uma das suas missas e constatem por vós mesmo ..... hospitalcuf descobertas na Expo, aos domingos às 19 horas.
As questões teológicas acompanham-nos desde que o homem é homem e nunca terão uma resposta clara e directa. A medicina em si, é também na sua essência um facto semelhante, pois estamos pela mão do homem a atrasar a morte que deve ser aceite, de acordo com a Igreja, como o destino Escolhido. E como estes, vários outros temas que fariam com que este texto se aproxima-se do número de linhas de um livro.
Como nota final, apenas de referir que quando escrevo estas linhas estou a barrar da minha cabeça a enorme raiva que sinto pela partida da Ana, que não consigo perceber ou aceitar. Já antes tinha estas dúvidas e penso que sempre as terei. Acredito que tudo tem um motivo ..... apenas não O consigo perceber.
Será que daqui a muitos anos haverá uma posição em relação aos preservativos semelhante ao pedido de desculpas a Darwin?
Para um católico, que acredita acima de tudo nos princípios adjacentes à sua fé e na mensagem que recebe e retém das homilias que assiste, estes temas e a sua posição discordante são sempre motivos de confusão espiritual e intelectual.
Perdoai-nos, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido .....