quarta-feira, 29 de junho de 2011

O tempo que resta

Há algum tempo atrás escrevi neste espaço a seguinte rábula:

Todos os dias amanhece na savana Africana. Quando a gazela acorda sabe que tem de começar a correr para não ser comida pelo leão. Quando o leão acorda sabe que tem de ser mais rápido que a gazela para não morrer á fome.
Moral da história: Não interessa se és o leão ou a gazela ..... quando o sol nasce, é bom que comeces a correr!

Os nossos dias são vividos tal como a rábula ..... os nossos deveres profissionais assim o exigem ..... o momento complicado que o país atravessa potencia ainda mais este sentimento ou necessidade, como o queiram encarar ..... todos os dias quando o sol nasce.

Então que tempo nos resta para viver? ..... o que é viver? ..... o que é apreciar a vida? Ultimamente ouço demasiadas vezes repetida a frase “sobram os fins-de-semana e férias” ..... se pensarmos friamente, é uma aproximação muito grande da realidade ..... e então?

Depois de todas as vicissitudes e agruras que a vida nos tem colocado, tenhamos interiorizado o latim carpem diem ..... acima de tudo, é um apreciar o que de bom a vida tem ..... sugar o tutano da vida ..... poder chegar ao fim da vida satisfeito e tal como o Sinatra cantava:

.....
I've lived a life that's full
I traveled each and ev'ry highway
And more, much more than this, I did it my way

Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do and saw it through without exemption
I planned each charted course, each careful step along the byway
And more, much more than this, I did it my way
…..

O ideal como em tudo é sempre o muito e bom, mas se tal não poder ser, claramente escolho o bom ao muito ..... talvez por isso temos sempre os fins-de-semana e férias tão preenchidos ..... talvez ..... ou então apenas porque o pouco tempo que nos resta seja apreciado.

Como a Ana dizia ..... Olha sempre para o lado FIXE da vida.