quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dois passos atrás

Todos nós temos muitas vezes a sensação de que fazemos o correcto numa determinada situação. Pensamos nas nossas atitudes e achamos que estamos certos, e que naquela situação deveriamos ter dito isto ou feito aquilo. É humano.

Somos capazes de achar que alguém não devia insistir numa determinada acção, visto estar a pressionar ou forçar demais, porém, sem mesmo nos apercebermos, somos capazes de estar a fazer exactamente isso alguns instantes depois, se calhar até com muito mais veemência. Mas estamos tão certos de estar correctos, e no timming certo, que nem nos apercebemos estar a repetir algo que acabámos de condenar. Nós estamos certos.

Na grande maioria das situações de stress ou desgastantes, o dar dois passos a trás e analisar friamente a situação potencia grandes vantagens. Pensar no que está a ser feito correcta e incorrectamente pode ser muito esclarecedor, porém, é preciso ter a consciência da análise. É preciso pensar na acção em si e não em quem a pratica, com risco de desvalorizar o erro. E depois ter a consistência necessária para não caudicar.

Quando tudo o que acabei de falar se refere a um ente familiar problemático, especialmente envolvido num longo caminho de desgaste, qualquer pensamento ou opinião pode ser mal entendido, pelo que acabamos muitas vezes por assistir um pouco na retaguarda, esperando que os envolvidos façam exactamente isso ..... tenham a clarividência de dar dois passos a trás e analisar a situação ..... não é fácil ..... para ninguém.

Existem dois grandes conselheiros que são de aplicação na vida e no trabalho:

1. Dar dois passos a trás, tentar aliarmo-nos da situação e pensar como alguém acabado de chegar a resolveria
2. Se tivessemos de dizer como o nosso filho deveria actuar, o que lhe diriamos ser a atitude correcta

Mas entre o deveria e a realidade .....