Quando voltei a estudar apenas me lembrei de todas as coisas positivas que com esse facto vinham. Do menos positivo apenas me ocorreu o esforço que o estudo acarreta para o dia-a-dia. Entretanto ganhei mais uma contrariedade à alegria do estudo.
Tal como um elevado número de estudantes, tive vários professores com atitudes distintas. A que mais me custava era o discurso do tipo “Comigo a nota máxima é um 14”. Acho que desde que existem professores que existem aqueles que se acham superiores à cadeira que leccionam. Sempre me fez muita confusão. Quanto mais nos afastamos das ciências exactas, maior é a probabilidade de isto acontecer.
Um curso tem um conteúdo temático e um programa a seguir. Cada cadeira ou matéria tem uma abrangência e um objectivo. Cada cadeira ou módulo deve ser precedido de uma avaliação. Se tudo estiver equilibrado, a avaliação ou nota final deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada. Não me parece plausível assumir que mesmo lendo muita literatura, e tendo em conta que existem outras cadeiras, que um aluno termine uma cadeira como especialista. Não creio que esse seja o objectivo de um curso superior. Volto a referir, se tudo estiver equilibrado, a avaliação deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada.
Um professor que ache que os seus alunos muito dificilmente têm mais de 14 valores, numa escala de 1 a 20 ou, que pelo menos metade da turma não consegue passar com sucesso à cadeira a primeira vez que a faz, só posso considerar que são maus professores. Das duas uma, ou não sabem ensinar o suficiente para a avaliação da nota ou, não têm capacidade de ensinar a matéria que deviam. Um professor com uma atitude semelhante a uma ou várias das descritas, quando enche o peito e conta estas histórias, se pensar um pouco, vai perceber que é como aquela mãe que vai ver a festa de formatura do filho e comenta para a vizinha “Olha, o meu filho é aquele ali, o único que está a marchar no passo certo .....”.
O primeiro módulo que tive foi Inovação e Estratégia, dada por um professor com umas aulas muito interessantes, tanto mais que ele é um excelente comunicador, mas com uma característica peculiar. No final do deu discurso, mostrava um slide que dizia exactamente o que ele tinha acabado de dizer, frase por frase, até mesmo à acentuação das frases. Impressionante, não é? E ainda mais quando o livro que acompanha o módulo foi escrito por si e, ao lê-lo chegamos à conclusão que é exactamente o mesmo. As mesmas frases, com os mesmos exemplos e piadas e, a mesma acentuação. Impressionante.
Sendo a sétima edição para o meu Grupo, já vários dos meus colegas tinham dito que no teste tinha de escrever exactamente o que ele tinha no livro. Quando lhes dizia que não fazia sentido, a argumentação seguinte era sempre similar, ou seja, “acredita em mim ..... escreve o que ele tem no livro ..... isto se queres ter boa nota”. É opinião corrente das pessoas com que falei que as melhores notas são as que dizem exactamente o que está no livro ..... isso mesmo.
O teste era constituído por apenas duas perguntas abertas: falar sobre o problema da competitividade de Portugal e a definição de um líder. Como não tenho capacidade de “empinar” para depois debitar, e como gosto de pensar e dizer o que penso, para além da atenção às aulas, à leitura dos acetatos e à leitura integral do livro, tive o cuidado de escrever algo do género “para não plagiar o que está escrito no livro .....”. Ficou curto!
O resultado do teste foi um conjunto de sensações ..... primeiro de espanto ..... pela negativa ..... segundo de admiração ..... terceiro de raiva ..... e por último, de desapontamento, tanto em mim, como no curso e na faculdade.
Sendo um PAGE (Programa Avançado de Gestão para Executivos), dado pela Universidade Católica, mais concretamente pela FCEE, achava que o objectivo seria abrir novos horizontes no nosso conhecimento. Acima de tudo, considero que um Gestor deve ser alguém com conhecimentos, que se rodeia da melhor informação possível para que as decisões que toma sejam as mais acertadas possíveis ..... porém, o que os resultados me dizem, e correndo o risco de presumir que as minhas respostas são piores que o que penso serem ..... é de que para a Universidade Católica e para a FCEE é de que um gestor deve escrever e pensar o que alguém quer que ele pense e diga ..... mas, voltando a cometer o delito de ter opinião, isso para mim não é um gestor ..... é uma ovelha!
Tal como um elevado número de estudantes, tive vários professores com atitudes distintas. A que mais me custava era o discurso do tipo “Comigo a nota máxima é um 14”. Acho que desde que existem professores que existem aqueles que se acham superiores à cadeira que leccionam. Sempre me fez muita confusão. Quanto mais nos afastamos das ciências exactas, maior é a probabilidade de isto acontecer.
Um curso tem um conteúdo temático e um programa a seguir. Cada cadeira ou matéria tem uma abrangência e um objectivo. Cada cadeira ou módulo deve ser precedido de uma avaliação. Se tudo estiver equilibrado, a avaliação ou nota final deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada. Não me parece plausível assumir que mesmo lendo muita literatura, e tendo em conta que existem outras cadeiras, que um aluno termine uma cadeira como especialista. Não creio que esse seja o objectivo de um curso superior. Volto a referir, se tudo estiver equilibrado, a avaliação deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada.
Um professor que ache que os seus alunos muito dificilmente têm mais de 14 valores, numa escala de 1 a 20 ou, que pelo menos metade da turma não consegue passar com sucesso à cadeira a primeira vez que a faz, só posso considerar que são maus professores. Das duas uma, ou não sabem ensinar o suficiente para a avaliação da nota ou, não têm capacidade de ensinar a matéria que deviam. Um professor com uma atitude semelhante a uma ou várias das descritas, quando enche o peito e conta estas histórias, se pensar um pouco, vai perceber que é como aquela mãe que vai ver a festa de formatura do filho e comenta para a vizinha “Olha, o meu filho é aquele ali, o único que está a marchar no passo certo .....”.
O primeiro módulo que tive foi Inovação e Estratégia, dada por um professor com umas aulas muito interessantes, tanto mais que ele é um excelente comunicador, mas com uma característica peculiar. No final do deu discurso, mostrava um slide que dizia exactamente o que ele tinha acabado de dizer, frase por frase, até mesmo à acentuação das frases. Impressionante, não é? E ainda mais quando o livro que acompanha o módulo foi escrito por si e, ao lê-lo chegamos à conclusão que é exactamente o mesmo. As mesmas frases, com os mesmos exemplos e piadas e, a mesma acentuação. Impressionante.
Sendo a sétima edição para o meu Grupo, já vários dos meus colegas tinham dito que no teste tinha de escrever exactamente o que ele tinha no livro. Quando lhes dizia que não fazia sentido, a argumentação seguinte era sempre similar, ou seja, “acredita em mim ..... escreve o que ele tem no livro ..... isto se queres ter boa nota”. É opinião corrente das pessoas com que falei que as melhores notas são as que dizem exactamente o que está no livro ..... isso mesmo.
O teste era constituído por apenas duas perguntas abertas: falar sobre o problema da competitividade de Portugal e a definição de um líder. Como não tenho capacidade de “empinar” para depois debitar, e como gosto de pensar e dizer o que penso, para além da atenção às aulas, à leitura dos acetatos e à leitura integral do livro, tive o cuidado de escrever algo do género “para não plagiar o que está escrito no livro .....”. Ficou curto!
O resultado do teste foi um conjunto de sensações ..... primeiro de espanto ..... pela negativa ..... segundo de admiração ..... terceiro de raiva ..... e por último, de desapontamento, tanto em mim, como no curso e na faculdade.
Sendo um PAGE (Programa Avançado de Gestão para Executivos), dado pela Universidade Católica, mais concretamente pela FCEE, achava que o objectivo seria abrir novos horizontes no nosso conhecimento. Acima de tudo, considero que um Gestor deve ser alguém com conhecimentos, que se rodeia da melhor informação possível para que as decisões que toma sejam as mais acertadas possíveis ..... porém, o que os resultados me dizem, e correndo o risco de presumir que as minhas respostas são piores que o que penso serem ..... é de que para a Universidade Católica e para a FCEE é de que um gestor deve escrever e pensar o que alguém quer que ele pense e diga ..... mas, voltando a cometer o delito de ter opinião, isso para mim não é um gestor ..... é uma ovelha!