O problema de generalizar é cometer uma injustiça para quem não se enquadra nessa generalização. Mas se uma determinada classe tem maioritariamente a mesma atitude, podemos sempre generalizar.
É indiscutível que a informática é algo preponderante nos dias que correm, sendo comum ouvir expressões de que quem não perceber de informática, será um inadaptado no futuro.
É prática comum dizermos que os médicos são adversos à informática, porém, isso é essencialmente verdade em Portugal. Se formos à nossa vizinha Espanha, nomeadamente à Clínica de Navarra que eu infelizmente fiquei a conhecer bem, isso já não é verdade. É um hospital que pouco papel gasta mesmo com os médicos.
Então porque são os nossos médicos tão adversos à informática?
Para um médico particular, obviamente quanto mais rápida for a consulta, mais consultas dá ..... e mais dinheiro recebe. Se considerarmos o tempo de espera que os médicos nos fazem esperar, porque chegaram tarde ou marcaram vários clientes com pouco espaçamento, a verdade não andará muito longe desta afirmação.
Se num consultório particular é perfeitamente irrelevante se os dados dos clientes são perceptíveis ou não, numa clínica ou hospital isso já não é verdade ..... excepto para os médicos que consideram os doentes como sua propriedade. Quando um cliente vai a um médico nestas situações, ele espera ir a uma das componentes de uma organização, o que pressupõem por si só a partilha de informação. Ele espera que um médico qualquer que ele seja consegue ler e perceber as notas dos outros médicos e como tal perceber o seu historial clínico.
O paradigma que ainda se vive em Portugal é se a informação pertence ao cliente ou ao médico. E para os médicos que consideram os seus dados como propriedade intelectual, relembro que os clientes pagam essa mesma propriedade. Se acham que ela vale mais do que efectivamente vale, tipo Argentino, experimentem a aumentar os preços das consultas.
Se todos consideram que o processo clínico do doente é tanto melhor, quanto mais informação ele contiver, e sabendo que estes possuem já hoje em dia as várias consultas que a pessoa fez, assim como análises efectuadas, já para não falar de outras informações em sistemas mais evoluídos, porque será que os médicos insistem em deixar de fora a sua informação?
Será com medo de perderem a sua fonte de rendimento? ..... perdão, queria dizer doente? ..... ou será por terem medo de que outro médico possa perceber as suas notas e emitir juízos de valor sobre o seu diagnóstico? Um médico com sobrenome reconhecido no meio dizia a semana que finda que o assustava o erro médico .....
Felizmente vamos já assistindo a algumas alterações desta realidade, muito graças aos hospitais públicos, onde efectivamente os médicos são funcionários e como tal se lhes pode ser exigido o registo da sua actividade, mas estamos apenas no início desta viagem.
É indiscutível que a informática é algo preponderante nos dias que correm, sendo comum ouvir expressões de que quem não perceber de informática, será um inadaptado no futuro.
É prática comum dizermos que os médicos são adversos à informática, porém, isso é essencialmente verdade em Portugal. Se formos à nossa vizinha Espanha, nomeadamente à Clínica de Navarra que eu infelizmente fiquei a conhecer bem, isso já não é verdade. É um hospital que pouco papel gasta mesmo com os médicos.
Então porque são os nossos médicos tão adversos à informática?
Para um médico particular, obviamente quanto mais rápida for a consulta, mais consultas dá ..... e mais dinheiro recebe. Se considerarmos o tempo de espera que os médicos nos fazem esperar, porque chegaram tarde ou marcaram vários clientes com pouco espaçamento, a verdade não andará muito longe desta afirmação.
Se num consultório particular é perfeitamente irrelevante se os dados dos clientes são perceptíveis ou não, numa clínica ou hospital isso já não é verdade ..... excepto para os médicos que consideram os doentes como sua propriedade. Quando um cliente vai a um médico nestas situações, ele espera ir a uma das componentes de uma organização, o que pressupõem por si só a partilha de informação. Ele espera que um médico qualquer que ele seja consegue ler e perceber as notas dos outros médicos e como tal perceber o seu historial clínico.
O paradigma que ainda se vive em Portugal é se a informação pertence ao cliente ou ao médico. E para os médicos que consideram os seus dados como propriedade intelectual, relembro que os clientes pagam essa mesma propriedade. Se acham que ela vale mais do que efectivamente vale, tipo Argentino, experimentem a aumentar os preços das consultas.
Se todos consideram que o processo clínico do doente é tanto melhor, quanto mais informação ele contiver, e sabendo que estes possuem já hoje em dia as várias consultas que a pessoa fez, assim como análises efectuadas, já para não falar de outras informações em sistemas mais evoluídos, porque será que os médicos insistem em deixar de fora a sua informação?
Será com medo de perderem a sua fonte de rendimento? ..... perdão, queria dizer doente? ..... ou será por terem medo de que outro médico possa perceber as suas notas e emitir juízos de valor sobre o seu diagnóstico? Um médico com sobrenome reconhecido no meio dizia a semana que finda que o assustava o erro médico .....
Felizmente vamos já assistindo a algumas alterações desta realidade, muito graças aos hospitais públicos, onde efectivamente os médicos são funcionários e como tal se lhes pode ser exigido o registo da sua actividade, mas estamos apenas no início desta viagem.
A principal razão que tem vindo a ser apontada pelos médicos é que se fizerem as consultas recorrendo a papel, a relação torna-se mais humana e as consultas mais rápidas ..... não notei qualquer diferença em Navarra ..... mas se calhar todos os outros médicos estão errados excepto os Portugueses.