Todos nós temos pequenos rituais ou acções que nos permitem manter um certo equilíbrio. Pequenos actos ou gestos sem os quais não nos sentimos tranquilos. Varia de pessoa para pessoa, mas a generalidade funciona assim.
Para o meu equilíbrio interior, existem duas coisas sem as quais me transformo numa pessoa intranquila. Não consigo acordar de manhã e não tomar um bom banho quente, vestindo depois uma roupa lavada. Se houver algum facto transcendente que me impeça isso, sinto-me sujo e muito incomodado o resto do dia. Não estou tranquilo. Não consigo.
Com um universo temporal diferente, o meu outro prato da balança é uma visita semanal à minha menina, levando-lhe uma flor. Por norma é uma rosa que compro sempre no mesmo sítio desde que nos mudamos para Queijas mas, se não puder comprar aí ou mesmo noutro sítio, levo-lhe uma simples flor apanhada num qualquer jardim ou passeio. É o nosso momento ..... aquele que podemos ter .....
Esta semana, entrei na loja quase ao mesmo tempo de um outro senhor. A menina que já está habituada ao meu ritual semanal, pediu licença ao senhor para me dar a minha singela rosa, o qual concordou. Naqueles breves instantes em que esperávamos, ele disse uma frase que me trouxe um sorriso aos lábios e uma tristeza profunda ..... “É para a minha mulher. Há 29 anos ela estava na maternidade!” ..... como senti inveja daquele senhor ..... como eu queria poder fazer o mesmo, tanto hoje como daqui a 20 anos ..... como os sonhos são Desfeitos .....
Sai da loja o mais rápido que pude para dar largas ao meu solitário pranto ..... tenho tantas saudades tuas, meu amor ..... como fomos Espoliados de tantos momentos ..... tenho tantas saudades tuas, meu amor.
Para o meu equilíbrio interior, existem duas coisas sem as quais me transformo numa pessoa intranquila. Não consigo acordar de manhã e não tomar um bom banho quente, vestindo depois uma roupa lavada. Se houver algum facto transcendente que me impeça isso, sinto-me sujo e muito incomodado o resto do dia. Não estou tranquilo. Não consigo.
Com um universo temporal diferente, o meu outro prato da balança é uma visita semanal à minha menina, levando-lhe uma flor. Por norma é uma rosa que compro sempre no mesmo sítio desde que nos mudamos para Queijas mas, se não puder comprar aí ou mesmo noutro sítio, levo-lhe uma simples flor apanhada num qualquer jardim ou passeio. É o nosso momento ..... aquele que podemos ter .....
Esta semana, entrei na loja quase ao mesmo tempo de um outro senhor. A menina que já está habituada ao meu ritual semanal, pediu licença ao senhor para me dar a minha singela rosa, o qual concordou. Naqueles breves instantes em que esperávamos, ele disse uma frase que me trouxe um sorriso aos lábios e uma tristeza profunda ..... “É para a minha mulher. Há 29 anos ela estava na maternidade!” ..... como senti inveja daquele senhor ..... como eu queria poder fazer o mesmo, tanto hoje como daqui a 20 anos ..... como os sonhos são Desfeitos .....
Sai da loja o mais rápido que pude para dar largas ao meu solitário pranto ..... tenho tantas saudades tuas, meu amor ..... como fomos Espoliados de tantos momentos ..... tenho tantas saudades tuas, meu amor.
Amo-te muito .....