quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Maldito 2008

Finalmente está a terminar este maldito ano!

Este ano foi o corolário de uma maldita doença que se arrastou por quase 10 anos e que me levou o meu grande amor, a minha metade. Perdi a Ana! Nada mais seria preciso para que este fosse o pior ano da minha vida! Tenho tantas saudades tuas, meu amor ..... como dava a minha vida para te ter de volta .....

Em termos mundiais foi um dos piores anos de sempre, especialmente focalizado no sector financeiro. Como é o dinheiro que faz o mundo andar, seja ele real ou virtual, esta crise condiciona tudo o resto. Mas o Homem tem uma capacidade de adaptação muito elevada e estas crises servem para que todos se focalizem no que é essencial, regra geral eliminando muito do que é supérfluo. O mundo como o conhecemos tem nova oportunidade de se recriar, esperando que seja para melhor.

No nosso pequeno país à beira mar plantado, assistimos a uma série de acontecimentos em linha com o passado e com o resto do mundo. Acho que não existe um facto que seja de tal forma transcendente que mereça aqui a sua particularização, deixando para os vários jornais e comentadores a retrospectiva do ano. Acontecimentos foram muitos.

No circulo que me é mais próximo, e para além da nossa e especialmente minha grande perca, assisti a nascimentos e falecimentos, casamentos (que volto a pedir desculpa não conseguir assistir), separações e divórcios, sem falar nas diversas “facadas” que fomos assistindo. Ganhei novos amigos conseguindo não perder nenhum, acho eu.

No computo final do ano, restam-me apenas três grandes alegrias:
- Tenho um filhão saudável e espectacular, que é um orgulho dos pais e o meu grande amigão;
- Tenho vários verdadeiros amigos, onde incluo alguns familiares;
- Num ano de crise, cheguei ao fim do ano com emprego e que paga o meu vencimento.

Por muito que tente fazer uma analise mais objectiva, a dor que sinto apenas me permite ficar feliz do ano ter terminado ..... venha de lá esse 2009 porque a vida tem de continuar, quer o queiramos quer não! Não era este o desfecho que queria .....

Espero que seja verdade que depois da tempestade vem a bonança ..... apesar de não ter funcionado para o que era mais importante na minha vida ..... mas se for verdade, espero que isso comece já em 2009 .....

domingo, 28 de dezembro de 2008

Crianças problemáticas

Todos nós já fomos crianças e todos nós já passamos por momentos de rebeldia. O grau de intensidade varia muito de criança para criança, mas afecta todos. Essa rebeldia reflecte-se na vida familiar, nos amigos e obviamente, na vida escolar. Como a nossa função nessa altura é basicamente estudar, tendo mesmo direito de figurar no campo de profissão em formulários, esse será sempre maioritariamente o alvo principal da revolta.

Assistir ao desenrolar de um episódio destes é complicado. Ver uma criança a ter um comportamento cada vez mais problemático e de insucesso escolar é desesperante. Que me desculpem a analogia mas é como assistir à vida com um alcoólico. Eu explico. São situações de miséria pessoal que tem um impacto brutal na família em que estão inseridos. O próprio está a fazer mal a si mas a destruir os que o rodeiam. A grande diferença é que uma criança terá um futuro pela frente e no caso do alcoólico acabamos por ficar apenas com pena dos que o rodeiam. Isto para além do facto obvio de ser uma criança, com tudo o que isso acarreta.

O que se pode fazer numa situação destas? O sentimento mais neandertal pode ser pensar que se resolve o caso à tareia mas, anos e anos de história e situações pessoalmente presenciadas dizem-me que essa definitivamente não é a solução. Retirar tudo e mais alguma coisa à criança, que muitas vezes até pouco ou nada tem, também não é solução.

Como as crianças menores e sem o 9º ano de escolaridade não podem ser postas a trabalhar para perceber o que isso é, não se pode sequer fazer com que se apercebam do caminho que seguem pelo seu próprio exemplo. Esta terapia tem o efeito perverso do dinheiro que a criança pode eventualmente ganhar. Inicialmente compara o pouco ou nada que tinha com o que obtém por fazer algo que não é chato como estudar e, quando finalmente perceber que poderá não alcançar o mesmo que poderia ter com estudos, já pode ter passado o “seu tempo”. Não é a formula mágica, mas muito válida para algumas crianças.

Para efeitos de leitura deste texto, imaginem que é o vosso filho, enteado, neto ou sobrinho ..... o que fariam?

Nos últimos dias tenho meditado neste assunto, tendo mesmo na cabeça um caso concreto e não consigo chegar a uma conclusão. É um daqueles casos em que não existe preto e branco mas uma imensa palete de cinzentos. Como fazer uma criança perceber que se está a prejudicar a si própria, hipotecando o seu futuro, quando sendo criança apenas tem consciência do passado e do presente?

Para efeitos de exercício mental, eis uma solução possível:

Primeiro passo: regras e rotinas. Não podendo alterar o meio que envolve a criança, a melhor estratégia que me ocorre é a focalização total na criança, muito num estilo militar mas de tranquilidade. Gritos, ameaças, tareia e sarcasmos são, na minha opinião, passos para trás que se dão. Volto a frisar, estilo militar mas sem os gritos ..... ser rigoroso não é o mesmo que ser mentecapto.

Por muito asfixiante que seja, é preciso definir um calendário diário que a criança terá de cumprir. Começa por uma hora fixa de se levantar e termina com hora obrigatória de deitar. Tal como aprendi com uma mãe, a hora de deitar terá de ser cedo e obrigatória. Se a criança não tiver sono, ainda melhor, está autorizada a ler um livro. Entre o tempo que medeia o levantar e o deitar, terá de existir uma série de tarefas a cumprir, tal como um bom banho, arrumar o seu quarto, algumas outras tarefas caseiras e um plano obrigatório de estudos. A saída para as aulas e a entrada tem de ser rigorosa, não podendo deixar de haver um tempo para actividades sociais e lúdicas. Este tempo é também muito importante e fundamental.

Passo seguinte: os estudos. Definir um plano de estudo obrigatório, com resultados facilmente mesuráveis e de curto prazo. Estabelecer para uma criança destas objectivos à distância de um semestre ou trimestre é perder esse tempo que já não será possível depois recuperar. No plano de estudos, para além da quantidade de livros de apoio e exercícios que existem, há sempre as soluções economicamente mais dispendiosas de explicadores ou sites temáticos como os do ministério da educação.

Último passo: recompensa. Sendo a função de uma criança estudar, a recompensa não poderá obviamente vir do sucesso nesta área, porém, o sucesso nesta área deve ser recompensado de forma subtil. É não dizer “ganhas isto ou aquilo” mas recompensar sem nada dizer ..... as crianças são espertas e percebem que são recompensadas pelo seu sucesso ..... na minha opinião tem mais efeito porque isso mesmo, por serem eles a chegar à conclusão que estão a ser recompensados pelo seu esforço. A recompensa deverá reflectir-se na liberdade que elas vão obtendo, como por exemplo, na alteração das tarefas que têm e na percepção que vão tendo tarefas de maior responsabilidade.

Se pensarmos bem, uma filosofia destas não é muito diferente dos programas que são feitos para recuperação de toxicodependentes e, muitas vezes com bons resultados. No caso dos toxicodependentes, existe sempre a tentação daquelas boas sensações que a droga proporciona mas, no caso de uma criança, o apelativo não é tão viciante ..... mas existe!

É um mero exercício de retórica mas não posso deixar de o fazer, por mais subjectivo ou idealista que ele seja. Vale o que vale.

Recado para alguém pensar: Entre pagar uma casa numa estância balnear que se usa 3 semanas por ano e ter um filho num colégio particular onde terá outro tipo de acompanhamento e regras, eu escolheria o filho ..... mas isso sou eu.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Passou

Já passou! ..... a todos os que não consegui falar ou enviar mensagens, o meu obrigado. Obrigado pelas palavras e pela amizade.

Obrigado principalmente ao meu filhão que me ajudou a passar estes dias. O Natal é uma época supostamente de alegria e para as crianças.
Pelos teus olhos consegui ver um pouco da inocência e felicidade que já partiu ..... Obrigado filhão!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A realidade como ela é

Desde que somos crianças que sonhamos com determinadas prendas. Começamos com coisas simples como um simples carrinho ou boneca e vamos avançando ao longo da vida para carros (tipo Ferrari), bonecos (tipo Brad Pitt ou Claudia Schiffer, dependendo das preferências) ou dinheiro (qualquer Euromilhões e de preferência com jackpot serve).

Uns pretendem coisas materiais e outros imateriais ..... depende de cada um e das suas necessidades como tão bem descreveu o Maslow.

Sempre vai haver uma prenda que gostávamos de ter e não temos ..... o que eu não dava para ter o que mais queria ..... tenho tantas saudades tuas ..... amo-te muito, meu amor!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Com o mal dos outros posso eu bem

Se num grupo de pessoas for dita uma frase, cada um interpretá-la-á à sua maneira e mediante o seu ambiente e estado psicológico. Se essa frase incidir directamente sobre uma dessas pessoas, ela irá garantidamente ter uma reacção distinta das demais. Algumas podem sentir um pouco mais por simpatia ou proximidade, mas nunca da mesma forma. Quando nos toca a nós, tudo muda de figura.

Recentemente tive uma conversa com o meu chefe que claramente alterou o nosso relacionamento pessoal, uma vez que o profissional tem de estar acima destas questões a bem da organização e por uma questão de profissionalismo ..... mas obviamente que tem impactos. Até aqui tudo “normal” e a sua reacção foi de total indiferença à questão pessoal, não tendo a dignidade e coragem de elaborar um simples pedido de desculpa. Cobardemente assumiu uma postura que obviamente na minha opinião foi errada ..... fez a sua escolha.

Como a vida dá muitas voltas, na semana passada ele sofreu na pele algo similar. Após ele explicar à sua chefia uma necessidade pessoal que tinha, ouviu algo parecido ..... tipo “e eu a ver com os seus problemas pessoais?”. A sua reacção foi igualmente de revolta e raiva ..... naturalmente.

Para cúmulo da situação, em conversa que estávamos a ter sobre as dificuldades que temos passado recentemente, ele contou-nos este episódio ..... ao qual no fim acrescentou algo na linha de “estas coisas é que me dão raiva ..... era uma questão pessoal e ele ignorou as minhas necessidades ..... se tiver de ser, eu fico cá, mas ele vai pagar por isso!” ..... tive de respirar fundo três vezes e pensar nas contas que tenho de pagar para não dizer nada ..... não foi fácil ficar calado.

Quando a mesma situação acontece aos outros, uns lamentam e outros nem por isso, porém, quando é connosco, tudo se transfigura ..... o ser humano é assim!

Afinal o carteiro toca sempre várias vezes

Tinha um professor de filosofia que me dizia que está na génese do homem roubar, principalmente ao poder instituído. Segundo ele, desde sempre houve classes ou pequenas hierarquias nas tribos, regiões e países, hoje em dia acrescento continentes, que dominam e como tal se prestam a sofrer justa ou injustamente episódios destes. Todo o mito do Robin Wood veio desse principio.

Não resisto a fazer uma pausa neste texto para incluir uma rábula do Raul Solnado: “Entrevistador: Então porque rouba aos pobres? – RS: Porque os ricos ficam chateados!

Com o avançar dos tempos e baluarte de civilização, foi criado o conceito de lei que punia, em muitos locais com a própria vida, tais prevaricadores. Como a necessidade induz o engenho, os esquemas de roubo foram sendo cada vez mais sofisticados, não deixando infelizmente de haver as facções mais brutas de assaltos e similares. Sofisticação atrás de sofisticação, hoje temos engenhosos sistemas de controlo e punição, porém, sempre existiu e sempre existirá alguém que descobre um “buraco” ou forma de contornar esses mecanismos e fazer o que sempre foi feito ..... roubar outros.

Mas tal como existe o yin e o yang, estes fenómenos de roubo e sistema anti-roubo andam sempre em paralelo. Quanto mais avança, por exemplo, a medicina e mais sofisticadas são as técnicas de dopping que, invariavelmente andam à frente da industria das análises anti-dopping. O controlo e punição perde várias batalhas. Esta área é um bom exemplo porque demonstra que os prevaricadores geralmente são mais habilidosos e que, tal como no como da Marian Jones, por este ou outro motivo existem sempre aqueles que protegem ou encobrem estas fraudes. Independentemente do motivo ser o lucrarem pessoalmente com esse facto ou a cobro de uma suposta bandeira ou superioridade nacional, o básico é sempre o mesmo ..... protegem uma fraude, roubando sempre alguém. Alguém se lembra de quem ficou em segundo nesses jogos olímpicos ou em segundo nos campeonatos de Portugal e Itália que foram viciados? É como a virgindade ..... depois de ir, já era!

O mais peculiar é a sequência moderna, num espaço temporal de 5 a 10 anos, ou seja, demasiado recente. Tivemos o banco Bearings a ser vendido por 1 dólar, fruto de especulação de uma pessoa com o fechar de olhos de várias, gerando a criação de uma série de mecanismos prontamente circundados, que levou ao aparecimento da nova mega fraude, esta ainda maior devido ao falhanço dos “controladores e reguladores”, o caso Enron que arrastou de vez consigo o rigor das auditoras, levando mesmo à separação do negócio da auditoria e da consultoria.

Como os negócios e as vontades são fruto de percepção, foram gerados uma série de eventos de limpeza de imagem e novos conceitos de regulação e controlo. Desta vez durou um pouco menos e o resultado é esta crise financeira mundial, onde a ponta do Iceberg que fez o maior rombo no casco foi o sub prime nos Estados Unidos. Se o caso da Enron é semelhante ao caso apresentado a seguir, este é uma cópia do caso inicial, o Bearings. Falências e danos colaterais enormes devido a pura especulação que passou ao controlo de mecanismos cada vez mais apregoados e sofisticados. Embora separados por alguns (poucos) anos, são em tudo semelhantes ..... mas a bem da percepção que é preciso manter, isso não é muito explorado.

Esta semana foi descoberto um novo sistema em pirâmide, o de Bernard Maddof ..... qualquer coisa como 50 mil milhões de dólares ..... e que já tinha um período de vida de cerca de 40 anos ..... impressionante.

Continuo a achar que os estrangeiros têm inveja de Portugal. Ao aparecer o caso do BPN, que na minha opinião não é um banco com importância sistémica e é claramente um caso de polícia, o filho do Madoff veio denunciar a fraude do pai. Por muito controlo que exista, os seguidores de Charles Ponzi (criador do sistema de fraude em pirâmide) sempre existiram e sempre existirão ..... a diferença entre o BPN, BPP ou o caso da Dª. Branca é em primeiro lugar a dimensão e em segundo os protagonistas.

E como fica o nosso Banco de Portugal enquanto entidade reguladora? Claramente o Vitor Constância deve estar a adorar esta nova fraude, pois assim já pode dizer “Vêm? Se os Americanos podem ser enganados, porque não posso eu? O BPP e o BPN tinham menos de 40 anos!”. Continuo a achar que o mais correcto seria o Vitor Constâncio apresentar a sua demissão pois não conseguiu criar para a sua equipa toda a envolvência necessária a uma eficaz regulação e falhou. Quando digo isto não é porque tenha falhado uma vez e com uma dimensão pequena ..... tivemos BCP, BPN, BPP ..... só para referir os mais mediaticamente recentes, com o custo monetário conhecido não para a carteira do Vitor Constâncio ou do Banco de Portugal, mas para Portugal. Se quem está à frente e pode exigir os meios que necessita não exigiu, não pode depois vir-se defender que não tem meios ..... já para não falar da pouca transparência das relações entre os protagonistas ..... coerência, se faz favor!

Se a história nos ensinou algo é que os erros se repetem ciclicamente e que, um mesmo esquema pode ser adaptado a novas situações. Infelizmente, o carteiro efectivamente toca várias vezes.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O outro lado

Frequentemente este e outros blogs são palco de opiniões menos favoráveis dos políticos. Episódios como as recentes faltas sistemáticas ao parlamento à sexta-feira, ou as notícias que para que não faltem às votações estas deixam de se realizar à dita sexta-feira, apenas vêm acentuar a já triste opinião que os Portugueses têm dos seus eleitos.

Muitos são igualmente os políticos que depois de passarem pelo governo obtém altos cargos em empresas e rapidamente ganham um património muito elevado. Poucos são as Fátimas Felgueiras ou os Isaltinos Morais, para não apresentar outros, que são descobertos nas suas (a provar ou julgadas) trafulhices. É pena.

A verdade é que os maus exemplos são os que mais nos ficam na memória e ajudam a formar a nossa opinião. Tal qual uma simples moeda, existe também um outro lado.

O meu amigo Paulo Edson Cunha irá concorrer à câmara do Seixal. Dito assim, não parece nada de transcendente, eu sei. Se eu disser que o partido que gere os destinos da câmara é o mesmo há vários anos, e que esse partido é a CDU, o comum do cidadão que não o conhece pensa logo “naturalmente que voltam a ganhar. Por quem concorre ele?”. Pois é, ele vai concorrer pelo PSD.

Sabendo que as pessoas têm mentalmente estabelecido que se vota sempre no mesmo partido, independentemente do candidato, e também que mentalmente temos igualmente o dogma de que as câmaras bem geridas são comunistas, mais parece uma batalha de David contra Golias que outra coisa qualquer. O Paulo é dos primeiros candidatos do partido e a seu pedido ..... não é um daqueles candidatos que sabemos ser forçados mas que os responsáveis vêm dizer que são a primeira escolha. É preciso coragem!

Também ele detentor de um blog, onde divide as suas opiniões políticas e pessoais, com cada vez mais ênfase nas primeiras, tem demonstrado um conhecimento profundo da realidade do Seixal e a sua preocupação. Tem aproveitado o espaço para denunciar o que de mal a CDU tem feito, assim como o inebriamento e prepotência de quem gere a câmara. Sim, é verdade, a CDU é composta por pessoas e elas ficam “agarradas” ao poder. É um defeito humano. Tem vindo a demonstrar que efectivamente está na política por gosto e vontade cívica.

Aproveitando o fenómeno Obama, tem feito igualmente uma colagem ao slogan “Sim , também podemos!” e, o mais engraçado é que fisicamente ele é mesmo parecido com o Obama. Pessoalmente acho que apesar de haver uma taxa de abstenção superior a 60%, terá de ter uma campanha muito mediática para combater três fenómenos muito complicados: a abstenção, a falta de informação dos eleitores e a aversão à mudança dos portugueses, esta última ainda mais potenciada pelo dogma que já referi.

Estou muito curioso de ver a sua campanha e quais as propostas concretas que tem para apresentar. A verdade é que nas campanhas raramente vemos promessas concretas e linhas de acção bem definidas. Tem havido aqui uma grande colagem ao Sócrates, ou seja, todos dizem as áreas que se querem focar, no caso deste foi inicialmente a saúde, a educação e a tecnologia mas, é sempre tudo muito vago.

Acredito que se o Paulo inovar e apresentar projectos concretos, sem medo de que se perder estes sejam aproveitados por quem ganhar, poderá fazer a diferença. O resto fica nas mãos da máquina do PSD, ou seja, se quisermos falar num palco de um concerto, podemos gritar, usar um megafone ou falar para a instalação sonora ..... o resultado depende da mensagem, mas fundamentalmente depende do meio. Se ela não for ouvida, ninguém pode avaliar se a considera boa ou má. Sem os meios devidos, é como escrever na areia à beira mar, ou seja, tem o período de validade da próxima onda. Curto, muito curto.

É preciso ter uma vontade grande de fazer a diferença para sair do conforto do sofá.

Acredito em ti Paulo!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A nossa primeira conversa

Tal como tenho vinda a referir ao longo dos textos deste blog, tenho (e tínhamos) um orgulho muito grande no nosso filhão. Entre muitos adjectivos que posso utilizar para o caracterizar e caracterizar a relação que temos é que, mais do que pai e filho, somos amigos. Verdadeiros amigos.

Embora esta relação ajude e facilite várias situações, existem infelizmente conversas que o João ainda não se sente à vontade de ter. Tal como não gosta de ver beijos ao vivo ou na televisão, as questões da sexualidade também o deixam um pouco desconfortável. Como pai e amigo, tenho paulatinamente tentado chegar ao assunto.

Comecei com pequenos comentários ou perguntas, lançando pequenas frases ou explicações de forma curta e sucinta. Sem nunca forçar, fui fazendo perguntas genéricas muito relacionada com as aulas de biologia. Aos poucos e poucos, as perguntas ou afirmações foram sendo mais focalizadas, mas sempre sem insistir muito. Esperava a melhor ocasião.

Por estes dias, e não consigo especificar mais que isso, andávamos a fazer algo e passamos por uma campanha de angariação de fundos, por acaso relacionado com a SIDA. Não sendo um assunto novo, fomos falando sobre isso de uma forma descontraída à medida que andávamos pela rua. Para além de um folheto e um laço de lapela, recebemos uma fita e uma caixa de preservativos, todos eles recolhidos pelo João. Propositadamente deixei a caixa no carro.

Ao voltarmos ontem para casa, o João voltou a reparar na caixa e começou a fazer perguntas. Aproveitando essas perguntas, fomos falando do tema. No início a coisa parecia bem encaminhada até que naturalmente ele se retraiu. Por momentos pensei que não iríamos avançar mais. Depois de lhe lembrar que éramos amigos e os amigos falavam nestas coisas, a conversa voltou a decorrer normal e descontraidamente.

O João perguntou se os preservativos tinham validade e quando lhe disse que sim, começou a procurar essa data. Como esta apontava para 2013, ele fez as contas e descobriu que teria 14 anos ..... e perguntou-me se nessa idade já estaria pronto ..... se já deitaria sangue ..... com base nesse erro de género, tivemos uma longa e volto a frisar descontraída conversa, abordando tudo excepto o acto em si. Senti-me a cumprir o papel de pai.

A nossa primeira conversa ..... espero que ele continue a confiar em mim para ter mais.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Uma classe à parte

Existem profissões que umas pessoas seguem por razões económicas e outras por gosto ou vocação. Para algumas, para além da vontade, independentemente do que as motiva, é necessário tirar um curso superior. Vários e vários anos de estudo para ganhar bases e conhecimentos do que pretendem um dia vir a fazer.

Mas obter o aproveitamento final num curso superior não é sinónimo nem de emprego garantido, nem conhecimentos detalhados nessa área. É apenas um patamar superior, que potencia todo um novo conjunto de oportunidades, caso elas existam ou se consigam encontrar. Apenas isso.

Temos vindo a assistir a numerosas manifestações de professores que contestam, em primeiro lugar, não terem emprego garantido. Primeiro ponto de discórdia que eu tenho com eles. Não me parece plausível que exista tal coisa como emprego garantido ao terminar um curso. Á medida que a nossa população vai envelhecendo e o interior vai ficando desertificado, existem cada vez menos alunos ..... mas por sinal continuam a haver cada vez mais professores.

Seguindo para o próximo ponto de discórdia, se bem que neste ponto, parcial. Não me parece lógico argumentar que o governo (independentemente do partido) tem de arranjar empregos porque deixa existir os cursos ..... inevitavelmente terá de haver uma segregação dos melhores. Sem ser os médicos que tem sido uma classe protegida, não vejo outro curso superior que seja sinónimo de emprego garantido ..... e mesmo estes não o são em todas as especialidades. Se fosse assim, desconfio que no mínimo metade das universidades de direito, psicologia e sociologia fecharia portas. Este raciocínio terá de ser balizado no bom senso, uma vez que infelizmente existem uma série de cursos que garantidamente não têm saída e apenas existem para subsidiar as universidade.

Os professores eram uma classe com vários privilégios encobertos, tais como o seu horário de trabalho estar dividido em lectivo e não lectivo. Por outras palavras, as trinta e poucas horas não são todas a dar aulas, tendo de as preparar ou, nalguns casos, terem outras responsabilidades dentro do seu campus. Até à bem pouco tempo, não precisavam sequer de estar na escola, o que deu azo a muito e muito abuso. Tenho uma pessoa próxima que dava aulas à noite e, durante o dia, mantinha uma actividade paralela na sua empresa. Como o justo paga pelo pecador, passaram a ter de estar na escola ..... e estes passaram a achar que estava mal ..... à pois acharam ..... sinceramente tenho como opinião pessoal que apenas os mais novos com poucos anos efectuavam trabalho ..... uma conclusão baseada num amostragem de proximidade ..... vale o que vale!

Portugal é um país com baixa taxa população com um nível de escolaridade mínima e mesmo com curso superior. Artificialmente o governo está a melhorar estas taxas por via do programa das “Novas Oportunidades” ..... vale o que vale. Em poucos anos vamos estar na mesma mas temos outros números para apresentar ..... ficamos parecidos ao sistema financeiro ..... espero que nessa altura a União Europeia venha em nosso auxílio!

Paradoxalmente somos um dos países da comunidade europeia que tem o gasto per capita em mais elevado no que toca à educação. E para juntar mais dados negativos, temos ainda de nos lembrar a média dos nossos conhecimentos em relação aos demais países, baseado na comparação de resultados de exames nacionais ..... o panorama não é mesmo agradável de observar!

Neste ponto existe uma consonância de opiniões, ou seja, os pais acham que a culpa é do governo que não define uma política continuada e com resultados e dos professores que, não sabem ou não querem ensinar. Para os professores, a culpa é do governo pelas mesmas razões e dos pais devido à sua desresponsabilização do seu papel de educar, que leva às cenas que aparecem gravadas em telemóveis. Para o governo, a culpa é dos professores e dos pais. Como vêm, total consonância ..... a culpa é sempre dos outros!

Recentemente os professores vieram para a rua, em grandes manifestações organizadas pelos seus sindicatos, que são constituídos por professores que há muito deixaram de leccionar. Não querem este novo modelo de avaliação e para eles deveria ficar tudo como está. E claro, à boa maneira sindical, querem a demissão da ministra.

Para quem não sabe, como era o meu caso até á bem pouco tempo, o que existe hoje em dia é uma auto-avaliação feita pelos próprios que depois é classificada por alguém ..... obviamente que é um sistema extremamente cientifico e capaz de reconhecer mérito a quem o tem ..... pois. Preenchem 1 ficha de objectivos no início do ano lectivo e outra no fim ..... mas afirmam que lhe rouba muito tempo ..... 2 fichas! Parece-me sensato e extremamente defensável .....

A outra queixa dos professores é de que têm de assistir a aulas dos colegas e não têm tempo. Neste aspecto gostaria de ter uma avaliação independente para saber se o tempo que já existe quando não estão a leccionar é ou não suficiente. Por desconhecimento não vou opinar. Ainda em relação à avaliação, dou-lhe inteiramente razão na questão de serem professores de outras matérias a avaliá-los, porém, apenas concordo na questão dos conhecimentos científicos da matéria. Existem obviamente outros factores que podem naturalmente ser avaliados, tais como a postura na aula, a respeitabilidade que possuem, a interacção com os alunos, o á vontade com que leccionam a matéria, etc. Ser professor é mais que debitar matéria ..... deveria ser.

Estou curioso de ver onde isto vai terminar, se bem que como vem aí um ano de eleições aposto que a ministra sai por volta da Páscoa, caso os professores continuem a faltar às aulas para fazerem greve, prejudicando assim os alunos. Porque não fazem as greves e as manifestações aos fins-de-semana que não prejudicavam quem alegam estar a defender? ..... será que têm de estar nos mesmos locais e actividades dos nossos deputados?

Pena é que os governos apenas actuem sobre este tipo de pressão. O Sócrates pode alegar o que quiser, mas a verdade é que a ministra já cedeu ..... e por sinal foi a única.

Quase me apetece dizer ..... Não perca as cenas dos próximos capítulos!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pequenos grandes ensinamentos

Todos os dias somos confrontados com pequenas dúvidas ou incertezas. Quando somos pais, mais vezes isso nos acontece relativamente aos nossos filhos. Talvez isso não seja tão marcante para o segundo ou o terceiro, mas no caso do primeiro, tudo é novidade.

Por muitos livros que se leia, existem no dia-a-dia uma série de pequenos eventos e situações que, para nosso azar, não vêm lá retratados. Se isto já não é por vezes fácil quando se é um casal, num regime mono parental, isso ainda se complica um pouco mais. Como são mais fáceis as dúvidas e as decisões a dois!

Ao longo deste tempo tenho vindo a descobrir como é bom trocar experiências. O facto de os amigos terem filhos da mesma idade ajuda, principalmente porque todos eles passam por experiências ou períodos semelhantes. Tornam-se mais que livros, são autênticas enciclopédias. Num mundo que avança à velocidade do nosso, os paradigmas dos nossos filhos são diferentes dos que nós vivemos, tal como os nossos foram diferentes dos nossos pais. Não há experiência mais próxima que o seu vizinho de sala ou carteira.

Recentemente o João estava a ficar com pequenas borbulhas, estilo urticária na cara. Embora não tenha ligado muito ao princípio, à medida que os dias passavam começava a estar com cada vez mais atenção até que, já preparado para marcar uma consulta na médica, recebi um sábio conselho de outra mãe “deve ser do frio que o meu também teve isso ..... experimenta o creme .....”.

Como era uma tentativa inócua e eu acredito na experiência, comprei o creme e comecei a aplicar ao João, atrasando a marcação da consulta. Acabou por ficar adiada para outra altura ..... era mesmo o frio!

Pais, mães e livros são bons conselheiros mas, nada como outras experiências mais próximas ..... obrigado mães amigas!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Uma outra atitude

A vida profissional numa empresa é baseada em interacção entre pessoas. Várias vezes somos confrontados com reuniões onde lideramos ou apenas participamos. Algumas dessas reuniões são sobre temas que dominamos, que temos alguns conhecimentos ou que desconhecemos no todo ou em parte. Uma boa parte destas reuniões são circunscritas ao nosso departamento ou área.

A nossa postura nesses eventos depende sempre em primeiro lugar do domínio da matéria, do interesse que temos no tema e, muito importante, da atitude que temos. A nossa atitude por sua vez é muito condicionada com a nossa satisfação organizacional e com a influência de factores externos à organização, tal como a nossa vida privada.

Profissionalmente atravesso uma fase como nunca tinha passado, sentido que pilares que suportavam o nosso pequeno eco sistema tal como o espírito de grupo, a confiança de ter “as costas quentes”, o sentir que o “erro inteligente” é protegido e o respeito hierárquico estão seriamente comprometidos. Essa conjuntura tem vindo a reflectir-se obviamente no meu desempenho, uma vez que considero que sempre que não estamos a dar o nosso melhor, não estamos a obter os melhores resultados. Podemos atingir o objectivo, mas sempre aquém do que seria possível fazer. Para uma empresa isso pode, na minha opinião, ser a diferença entre acabar o exercício com resultado positivo, embora pequeno, e acabar no positivo com resultados muito agradáveis para o accionista.

A minha aula de hoje, que era sobre Inteligência Emocional fez-me reflectir a minha atitude. Apesar de no início o Paulo Lopes ter feito uma boa prelecção sobre qual deveria ser a nossa atitude para que o objectivo fosse atingido, a verdade é que a forma inicial como os desafios foram lançados, levou-me a uma atitude que reconhecidamente era distinta do pretendido. E apesar de reconhecer esse factor, a verdade é que durante algum tempo, essa consciencialização não foi suficiente para alterar a minha postura. Estava numa atitude mais de recebedor da mensagem do que participante nela.

Houve uma frase que foi dita que me fez alterar essa mesma postura até ao final da aula e, mais importante, de extrapolar para além daquelas quatro paredes.

Estávamos numa sessão de brain storming mas efectivamente pouco participativos e, o Paulo referiu, e bem, que muito do resultado de uma reunião ou trabalho são reflexo da atitude com que nos empenhamos nelas. Se todos estivermos numa atitude pouco participativa, o resultado será sempre escasso em função das possibilidades do grupo. Essa pode ser uma abordagem ..... a outra é mentalizarmo-nos que a nossa atitude positiva pode levar a que os outros tenham uma postura semelhante. Que deve sempre haver alguém com coragem para ser o agente da mudança. Podemos e devemos utilizar o nosso espírito criativo, ou seja, se temos cérebro ..... usemo-lo.

No fundo, tudo se resume a pensarmos se queremos deixar as coisas como são apresentadas ou opinar para as conseguir melhorar. Às vezes basta que um tome essa atitude para que, numa reacção típica de um grupo, os demais sejam impelidos a seguir essa atitude, gerando assim um efeito positivo e, muito provavelmente, um resultado claramente superior.

A pergunta que este discurso me fez pensar foi “eu sinto-me realizado comigo se tiver uma atitude passiva ou se tiver uma atitude positiva?” ..... como posso eu dizer ao Filhão que o importante é sentir sempre que está a dar o seu melhor e, ao mesmo tempo, sentir que estou aquém do que posso fazer ..... que não tenho a atitude correcta ..... que entre fazer ou não fazer, não tenho feito a opção que a minha maneira de ser me impele ..... e que o resultado tem sido uma insatisfação principalmente comigo mesmo ..... fiquei a pensar. Independentemente da minha hierarquia se estar ou não a comportar como uma besta, e desculpem a palavra comportar, o meu profissionalismo está ou não a ser respeitado por mim?

Se tenho de trabalhar para viver, vou ficar a ver os acontecimentos sucederem-se à minha frente, tal qual televisão ou vou tomar as rédeas? Quero ser passivo ou activo? Qual a atitude que tem norteado a minha vida?

Para finalizar, registei igualmente uma sugestão que vou tentar seguir. Á boa maneira Portuguesa, muitas vezes quando falamos sobre algo ou alguém, dizemos “.... ....., MAS .....”. Uma atitude positiva é trocar o “mas” pelo “e” ..... conseguimos dizer o mesmo de uma forma bem mais positiva ..... vale a pena reflectir.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Arrogância, prepotência ou outra coisa qualquer

Quando voltei a estudar apenas me lembrei de todas as coisas positivas que com esse facto vinham. Do menos positivo apenas me ocorreu o esforço que o estudo acarreta para o dia-a-dia. Entretanto ganhei mais uma contrariedade à alegria do estudo.

Tal como um elevado número de estudantes, tive vários professores com atitudes distintas. A que mais me custava era o discurso do tipo “Comigo a nota máxima é um 14”. Acho que desde que existem professores que existem aqueles que se acham superiores à cadeira que leccionam. Sempre me fez muita confusão. Quanto mais nos afastamos das ciências exactas, maior é a probabilidade de isto acontecer.

Um curso tem um conteúdo temático e um programa a seguir. Cada cadeira ou matéria tem uma abrangência e um objectivo. Cada cadeira ou módulo deve ser precedido de uma avaliação. Se tudo estiver equilibrado, a avaliação ou nota final deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada. Não me parece plausível assumir que mesmo lendo muita literatura, e tendo em conta que existem outras cadeiras, que um aluno termine uma cadeira como especialista. Não creio que esse seja o objectivo de um curso superior. Volto a referir, se tudo estiver equilibrado, a avaliação deve cobrir o conhecimento sobre a matéria ensinada.

Um professor que ache que os seus alunos muito dificilmente têm mais de 14 valores, numa escala de 1 a 20 ou, que pelo menos metade da turma não consegue passar com sucesso à cadeira a primeira vez que a faz, só posso considerar que são maus professores. Das duas uma, ou não sabem ensinar o suficiente para a avaliação da nota ou, não têm capacidade de ensinar a matéria que deviam. Um professor com uma atitude semelhante a uma ou várias das descritas, quando enche o peito e conta estas histórias, se pensar um pouco, vai perceber que é como aquela mãe que vai ver a festa de formatura do filho e comenta para a vizinha “Olha, o meu filho é aquele ali, o único que está a marchar no passo certo .....”.

O primeiro módulo que tive foi Inovação e Estratégia, dada por um professor com umas aulas muito interessantes, tanto mais que ele é um excelente comunicador, mas com uma característica peculiar. No final do deu discurso, mostrava um slide que dizia exactamente o que ele tinha acabado de dizer, frase por frase, até mesmo à acentuação das frases. Impressionante, não é? E ainda mais quando o livro que acompanha o módulo foi escrito por si e, ao lê-lo chegamos à conclusão que é exactamente o mesmo. As mesmas frases, com os mesmos exemplos e piadas e, a mesma acentuação. Impressionante.

Sendo a sétima edição para o meu Grupo, já vários dos meus colegas tinham dito que no teste tinha de escrever exactamente o que ele tinha no livro. Quando lhes dizia que não fazia sentido, a argumentação seguinte era sempre similar, ou seja, “acredita em mim ..... escreve o que ele tem no livro ..... isto se queres ter boa nota”. É opinião corrente das pessoas com que falei que as melhores notas são as que dizem exactamente o que está no livro ..... isso mesmo.

O teste era constituído por apenas duas perguntas abertas: falar sobre o problema da competitividade de Portugal e a definição de um líder. Como não tenho capacidade de “empinar” para depois debitar, e como gosto de pensar e dizer o que penso, para além da atenção às aulas, à leitura dos acetatos e à leitura integral do livro, tive o cuidado de escrever algo do género “para não plagiar o que está escrito no livro .....”. Ficou curto!

O resultado do teste foi um conjunto de sensações ..... primeiro de espanto ..... pela negativa ..... segundo de admiração ..... terceiro de raiva ..... e por último, de desapontamento, tanto em mim, como no curso e na faculdade.

Sendo um PAGE (Programa Avançado de Gestão para Executivos), dado pela Universidade Católica, mais concretamente pela FCEE, achava que o objectivo seria abrir novos horizontes no nosso conhecimento. Acima de tudo, considero que um Gestor deve ser alguém com conhecimentos, que se rodeia da melhor informação possível para que as decisões que toma sejam as mais acertadas possíveis ..... porém, o que os resultados me dizem, e correndo o risco de presumir que as minhas respostas são piores que o que penso serem ..... é de que para a Universidade Católica e para a FCEE é de que um gestor deve escrever e pensar o que alguém quer que ele pense e diga ..... mas, voltando a cometer o delito de ter opinião, isso para mim não é um gestor ..... é uma ovelha!