Uma das coisas que sempre ensinámos ao filhão foi a importância da palavra. Em pensar antes de falar e depois cumprir aquilo que promete. Em ser honesto. Podem ser princípios em desuso, mas fundamentais na elevação do ser e fundamentais para uma correcta cidadania. É um dos nossos contributos enquanto pais.
Como ele tem teste de matemática na segunda-feira, a tarde de sábado é dedicada a fazer exercícios para treinar matemática e para eu lhe poder ajudar em termos da articulação do raciocínio. Como qualquer criança, ao fim de algum tempo fica cansado e quer é ir brincar com os cães e ver televisão.
Disse-lhe que depois de fazer mais um conjunto de exercícios, poderia ir brincar e não faria mais contas durante o resto do fim-de-semana. Como estamos sempre na brincadeira, houve algo que ele disse que me levou a dizer que assim teria de o por de castigo a fazer mais contas, ao que ele retorquiu que assim faltaria á minha palavra ….. ficámos então num impasse ….. ou por outras palavras, com uma excelente oportunidade para os nossos trocadilhos com a língua Portuguesa.
A formula é simples ….. se não lhe posso dar mais contas, porque isso era faltar á minha palavra, teria de fazer como os políticos, ou seja, não faz mais contas pela tarefa que tinha mas, pelo facto de ter dito algo que até já nem me lembro, teria de lhe colocar um castigo ….. e o castigo é ….. mais contas.
Politicamente não faltei á minha palavra porque não lhe dei mais contas, apenas apliquei um castigo. A natureza do castigo é algo perfeitamente sucessória ….. por acaso são contas. Mas o importante a reter é que politicamente apenas lhe apliquei um castigo.
Qualquer semelhança deste post com as frases “não aumentarei os impostos” de um qualquer político e as suas acções posteriores é pura coincidência.