Uma das
características da natureza das espécies é a sua capacidade de evoluir, porém,
nem todas o conseguem fazer e, dentro da mesma espécie, isso também não é
extensível a todas as “castas”. Os políticos estão na sua grande generalidade
nesta última parte.
As leis são feitas
muitas vezes não para o bem do país mas para prejuízo de quem está no governo,
seja ele o partido que for. Por mais retórica e eloquência na sua forma de
venda ao povo, essa é a realidade. O problema vem depois, ou seja, quando se
apercebem que os seus rebates de consciência lhes são também prejudiciais. É o
momento em que surgem os discursos de adaptação e alteração, ou aproveitamento
das possíveis interpretações do Português. Parca desculpa de mau pagador.
Há algum tempo atrás
foi feita uma lei que era mais ou menos consensual para acabar com o reinado
dos “dinossauros políticos”, porém, o problema é que neste momento todos os
partidos estão na maré de baixo e essa lei não é conveniente para ninguém.
Deixou de se tratar de não perpetuar clientelismo e passou a caça ao voto de
forma generalizada. Os tempos estão difíceis.
A lei não dá jeito aos
partidos logo, há que distorcer a lei ou a sua interpretação. Em tempos idos, era
notícia uma famosa compra de uma vírgula num texto de lei. Hoje que falta
dinheiro e todos precisam, o Português volta a ser lido como dá mais jeito.
A questão agora não é
a génese da lei. A questão agora é se o texto é “Presidente de Câmara” ou “Presidente de Câmara” ….. passou-se do
essencial ao acessório. Dito de outra forma, a mãe é conhecida ou incógnita? …..
quando se diz “Filho da p…”, estamos a identificar claramente a mãe em causa,
porém, se dissermos “Filho de p… “, já pode ser qualquer mãe, logo incógnita, logo
inimputável.
A nossa classe política está neste estado ….. toda
ela.