sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Quem foi a Personalidade do Ano

Esta semana fui colocar um post no blogue de um amigo respondendo a esta pergunta. No caso dele, as categorias eram a nível internacional, nacional e local (politiquices). Fez-me pensar.

Tal como acontece nos óscares, a nossa memória de todo um ano tende a resumir-se acima de tudo ao segundo semestre. A vida é tão intensa que o princípio do ano já é um passado velho demais quase para recordar. Isto é tão válido nestas áreas como nas nossas avaliações anuais de objectivos para efeitos de prémios nas empresas. E a minha escolha foi respeitando esse quase dogma das avaliações ….. o passado recente.

A nível internacional a minha escolha foi para o Assange e a sua coragem para enfrentar o poder americano via WikiLeaks. Na última década marcada pela informação, o que ele conseguiu foi efectivamente algo notável. Apesar da generalidade do que lá aparece não ser novidade e não ter consequência, veio revelar a hipocrisia em que todos vivemos e aceitamos. Tenho um chefe Colombiano que pergunta como é que o povo português é tão passivo ….. o mundo em geral padece do mesmo mal.

Obviamente que não é novidade que o ataque Americano ao Iraque foi por todos os motivos menos os internacionalmente alegados. Que a vassalagem Inglesa foi total e absoluta. Que a opinião entre pares que se expressa não é a que se pensa. Que os direitos humanos apenas são aplicáveis aos não poderosos, ou seja, a bitola da nossa justiça a uma escala planetária. Dizemos mal de Portugal e dos Portugueses ….. diferente do resto do mundo? Não me parece.

A probabilidade do Assange ser preso e morto, ou como aconteceu noutros casos no passado, envenenado ou infectado com HIV ou parecido é imensa. Não nos próximos dias, mas a breve prazo. Que deve ser o homem mais vigiado por todos os serviços secretos. E mesmo assim a WikiLeaks continua activa e a desmascarar a nossa hipocrisia.

O que foi feito terá retrocesso ….. Não
O Bush será julgado pelo genocídio que provocou ….. Não
As torturas irão deixar de existir ….. Não
Os presos de Guantanamo serão libertados ….. Não

O mundo tal como o conhecemos não sofrerá por certo uma mudança radical, mas acredito que sejamos doravante mais honestos em muito do que acontece. E essa honestidade poderá levar a uma sociedade melhor.

Para mim, efectivamente o Assange foi a figura do ano.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tempo de Reflexão

Mais um ano que está prestes a terminar. O que começou para a generalidade das pessoas com sonhos e desejos, está prestes a chegar ao seu ocaso ….. tempo de fazer uma reflexão. Tempo de meditar no que correu bem e reflectir no que correu menos bem para que, no mínimo, tenha ficado a lição.

Foi um ano que decorreu sobre o desígnio da palavra “crise”, algo que irá perdurar certamente no próximo ano e nos vindouros ….. espero que poucos. Quer queiramos quer não, a nossa vida passou a ser diferente ….. temos de nos adaptar, pois esta é agora a nossa realidade.

Somos confrontados com entes e amigos que partem e isso faz-nos reflectir. Neste mês que para mim é sempre penoso, vi partir um amigo de enfarte fulminante ….. alguém que tinha sempre uma alegria no que fazia ….. que tinha recentemente concretizado um dos sonhos da sua vida. Os seus colegas diziam que ele queria sempre ser o primeiro em tudo, e até neste aspecto ele o foi. Mais um que partiu.

Eventos como estes fazem-nos pensar no sentido da vida, mas esta é muitas vezes madrasta e as nossas responsabilidades e exigências profissionais rapidamente nos absorvem ….. sugam para a maldita rotina. Para os que ficam é importante aproveitar para dar valor ao que temos e saber que temos de conseguir extrair mais do que temos …..carpe diem. Se até no caos existe ordem, os bons momentos existem na nossa vida e têm de ser aproveitados ….. tem de valer a pena viver.

Com o novo ano que aí vem, certamente a nossa mente inicia o seu processo de formular desejos e ambições. Pensamos já no que queremos alcançar e nas esperanças que colocamos no novo amanhã ….. vale a pena ser realista. Os sonhos têm que existir pois são eles que nos guiam, mas é fundamental definir pequenas metas ….. pequenos ganhos que, quando olhamos para trás e os vemos concretizados, dão-nos o alento para continuar e conseguir ainda mais ….. uma corrente positiva.

Vale a pena um exercício simples ….. definir pelo menos um objectivo que queremos atingir em 2011 e, todos os dias 1 de cada mês, pensar no que fizemos para o alcançar e redefinir planos e acções para o atingir. É fácil com o dia-a-dia esquecermos isso e nos deixarmos andar, porém, se definirmos uma data em que fazemos um reallity-check, claramente estaremos mais focados no que queremos conseguir. Manter o EU na nossa atarefada agenda ….. ser feliz ….. ajudarmo-nos a ser feliz.

Num ano que não se prevê fácil, vale a pena encarar com positivismo ….. ajuda ….. só alcança que tenta e só realmente tenta quem acredita ….. tipo o ditado popular ….. trabalhei muito para ter sorte!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um mandato, um desígnio

Há algum tempo atrás, no já remoto 2004, sob a fachada do europeu tivemos uma excelente demonstração do que a nossa nação empenhada e bem estimulada pode fazer e conseguir. Houve um Brasileiro que nos fez acreditar em nós próprios e conseguiu mais pelo orgulho nacional que qualquer outro luso o tinha feito nos anos mais recentes. Voltámos a saber cantar o hino nacional, a respeitar a bandeira e acreditar que podemos vencer as adversidades. Voltámos a ter orgulho em ser Portugueses.

Com as eleições presidenciais á porta, esta é para mim uma nova oportunidade de ouro que temos para mudar o nosso rumo. A figura do presidente é um agente de marketing a nível externo e um regulador interno e, essa última qualidade pode e deve ser neste momento o galvanizador que nos falta. Precisamos de alguém que una a nação e a faça caminhar na direcção certa. Voltar a juntar todos num único desígnio.

Se tivermos atentos aos nossos “especialistas”, todos eles sabem o que é preciso ser feito, e todos o sabem há pelo menos 20 anos. Estranho é haver tantos e ao mais alto nível a saber a solução e esta não é aplicada. Chegámos a uma situação em que se definem regras rígidas para todos e logo se arranjam uma série de excepções ….. perdemos a vergonha!

Olhando retrospectivamente o percurso de Portugal nestes últimos anos, facilmente chegamos á conclusão que Portugal está numa situação de empobrecimento colectivo e não numa crise passageira. A nossa despesa pública cresce sistemática e assustadoramente e, a receita tem vindo a crescer basicamente por força do aumento de impostos. A este ritmo a nossa ruína é tão certa como o degelo total ….. inevitável.

Precisamos de um agente catalizador. Alguém que promova as discussões e a controvérsia para se chegar a um caminho e soluções ….. que arraste a comunicação social e com ela o país para que o tema esteja na ordem do dia ….. é ao contrário de um escândalo passageiro, se mantenha lá. Que promova o sentimento de urgência e a consciência colectiva ….. e que não permita que existam excepções para o problema que é de todos.

Se o país precisa de reformas estruturais, só as conseguirá se houver alguém ao mais alto nível a promover e a fazer todos os esforços para lá se chegar ….. e esse alguém tem de ser o presidente da república, por em teoria estar acima de todas as banalidades e intrigas.

O próximo mandato, muito provavelmente do Cavaco Silva face á história e padrão de voto dos portugueses, deveria ser feito com um único objectivo ….. promover a consciência colectiva, o objectivo comum e as acções para lá chegar ….. ter um único desígnio para o seu mandato ….. que as reformas estruturais que tanto se fala e sem as quais não iremos sobreviver, sejam feitas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Introspecção

Todos os anos, quando chegam as férias, aproveito para fazer uma ponderação do que foi o último ano e pensar no que quero fazer a médio e longo prazo. Pensar na vida.

Os últimos 5 anos foram todos diferentes entre si, oscilando desde os projectos á inexistência de planos ou vontade de os ter, voltando aos sonhos e planos ….. passei por todas as fases ….. é a vida.

Este ano fecho para balanço mais cedo, fazendo uma pausa por tempo indeterminado neste blog ….. os próximos escritos serão pessoais e introspectivos, e, como tal, não cabem neste espaço ….. a todos os que leram e me apoiaram durante este tempo todo, o meu obrigado.

Talvez um dia volte a publicar Notas e Pensamentos ….. talvez

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um dia

De tempos em tempos recebemos um mail sobre “o tempo” e somos assaltados pelos nossos “um dia”.

Acho que somente quando se vive uma situação extrema ou uma grande desilusão nos damos efectivamente conta das palavras, frases e vivências contidas nesses mails. Quando passamos por isso, efectivamente a forma como olhamos a vida muda, assim como a real importância do tempo, percebendo a estupidez e desperdício que é deixar as vivências e as nossas metas para o eterno “um dia”, pois temos a noção clara que o hoje existe ….. o amanhã existirá ou não.

Uma conversa recente com uma amiga fez-me reviver lembranças que estavam fechadas na memória. Guardadas no fundo do baú. E de um momento para o outro, a importância do tempo voltou ….. e se o “um dia” nunca chegar? ….. é muito duro quando olhamos para trás e constatamos isso ….. que sentimos na pele o peso daquelas palavras prenunciadas ….. “um dia” ….. doem como martelos ….. custa muito ….. doi.

Mais que ter sonhos ou expectativas, ás vezes temos de aceitar que a vida é como é ….. por mais vontade que tenhamos, talvez o nosso desejo do amanhã seja sempre para amanhã ….. ou que por diversas razões que nos transcendem, a vida é como é ….. a realidade suplanta o desejo ou sonho.

Não quero mais dizer “um dia” ….. não quero …..

terça-feira, 6 de julho de 2010

Troca de camisola

Uma frase ou comunicado tem sempre duas leituras distintas ….. uma directa e outra indirecta. Se por um lado lemos o que lá está no seu sentido literal, também tiramos elações sobre o que lá está escrito, o que está implícito e o que lá não vemos.

Quando um elemento sai de uma organização depois de um longo período, onde poderá ter participado de forma mais ou menos empenhada e não tem direito a um cordial “muito obrigado”, isso infelizmente diz muito sobre a própria organização. E isso é independente da pessoa ter saído ou ser levada a sair.

Ontem vi o caso de dois elementos que muito deram de si a uma organização e na saída, não só não receberam o devido obrigado pelo esforço, dedicação e entrega, como se devem ter sentido escorraçados.

Uma organização que assim procede, por mais frases de cultura apregoe, está a enviar uma mensagem sublime a todos os seus elementos ….. aqueles que sabem pensar, obviamente ….. mas também, diria eu que esses são os que interessam manter.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Subserviência

Qualquer discussão entre duas pessoas, grupos ou organizações fica comprometida se existir uma subserviência de uma em relação á outra. O poder de uma classe é dada acima de tudo pelas demais que a circundam e, a postura é determinante na estratégia e resultado final de uma negociação.

A forma como as questões são colocadas, num país em que a semântica ou uma simples virgula podem alterar todo o sentido do que se diz ou escreve, torna uma reunião dependente de factores que muitas vezes transcendem os assuntos.

Ter colegas que podendo colocar os assuntos numa forma construtiva ou factual ao invés de subserviente é preponderante na potencialidade de uma organização. Dentro desta não deveria haver lugar a subserviências ….. é estupidez e desperdício de recursos.

sábado, 26 de junho de 2010

Um ciclo que termina

Hoje termina mais um ciclo para o filhão. Após cinco longos anos, a sessão de hoje de encerramento do torneio da Copa Foot 21 encerrará também o futebol de competição para ele, após passagem por Benfica, Foot21, Sporting e Linda-A-Velha.

Pelo caminho ficam muitos quilómetros, percorrendo Portugal de Norte a Sul ao fim-de-semana, entre jogos, campeonatos e torneios. Muitos nervos e festejos, choros e risos, alegrias e tristezas mas acima de tudo, ficam os bons momentos vividos tanto pelo filhão como dos pais. De todos os que fomos conhecendo ao longo dos tempos, ficam alguns bons amigos para o resto da vida.

Com a vida que levamos, isto apenas pode acontecer com a inestimável ajuda do avô que semana após semana, o ia buscar á escola e acompanhava aos treinos, chovesse ou fizesse sol ….. só assim foi possível face ás exigências dos dias de hoje em termos profissionais.

Sempre dissemos ao filhão que ficava no futebol enquanto as notas fossem boas e que ele quisesse e se divertisse. Apesar de continuar a gostar, considerou que deixou de ser divertido e como tal pretende deixar o futebol ….. assim será.

Termina hoje em festa, como tem sido ao longo deste tempo, olhando para um estádio cheio e no meio de muitas palmas ….. termina um ciclo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Metas

A nossa vida é constituída por metas. Terminar o 1º ciclo, depois o 2º e por aí fora. No dia-a-dia vamos pondo também metas ….. perder peso, começar a ir passear, começar no ginásio, ligar aos amigos, arranjar outro emprego, terminar relações sem futuro, arranjar tempo para ter um filho, ter outro filho, etc.

As metas em si, desde que bem elaboradas, são muitas vezes o que nos permite atingir os nossos objectivos. São o que nos permite ultrapassar o “deixa andar” e atingir resultados. Superar a mediocridade.

Pensava nisto há medida que aproveitando as férias, tenho ido correr todos os dias para as “minhas” salinas. Todos os dias corro sempre um pouco mais que no anterior ….. sempre em pequenas vitórias ….. “agora até á casa ….. agora até á esquina ….. agora até …..” ….. e aos poucos e poucos, vou deixando a inércia que o lastro na minha barriga condicionava.

Certas decisões carecem de cortes radicais, ou da coragem do momento, porém, outras há que aos poucos e poucos vamos lá chegando. O importante é ser consciencioso nas metas que estabelecemos para que sejam exequíveis ….. mas na devida medida do arrojo para nos levar mais além.

A vida é feita de pequenas metas que nos alegram á medida que as vamos conseguindo consumar.

domingo, 20 de junho de 2010

Mimo

Uma festa, um carinho, um beijo, um abraço, um encosto, um sms, um sorriso, um doce olhar de um filho ….. um mimo pode vir de várias formas ….. que bom quando vem.

Ás vezes perguntamo-nos se o merecemos ….. se é mesmo verdade ….. quando o sentimos, sabendo que é para nós não pode haver dúvidas ….. merecemo-lo ….. o que acontece é que ás vezes não nos valorizamos da mesma forma que os outros nos valorizam a nós.

Mimo ….. é bom!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Só um lembrete do Quintana...

Aproveito novamente este “meu” espaço para publicar um texto que não sendo da minha autoria, considero um texto excelente. Parabéns ao seu autor e uma reflexão para todos, especialmente á pessoa que mo enviou ….. para reflectir de manhã e á noite.


'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana


A vida e o presente são preciosos demais para ser desperdiçados ….. perder o presente é coleccionar o que lamentar no futuro ….. boas reflexões!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sim

Existe um filme com o Jim Carey que não teve muito sucesso, mas engraçado de ver ….. Sim. É a história de uma pessoa negativa que decide passar de dizer não a tudo para sim a tudo ….. literalmente tudo.

Tal como um livro, um filme tem sempre uma mensagem para quem o lê/vê. É engraçado como certas mensagens são tão evidentes que todos as vêm, porém, cada um consegue ver algo mais. Uma mensagem somente para si.

Em termos gerais, o povo Português é mais negativista que positivista, e a verdade é que tal como a personagem, quando as situações profissionais e pessoais vão aparecendo, mais facilmente dizem que não do que dizem sim.

Muitas das decisões que temos que tomar são um pouco como quando vamos para uma prancha de saltos para a água, ou um avião de saltos de pára-quedas ….. temos medo daquele sim que é preciso para saltar ….. mesmo sabendo as boas sensações que esse salto provoca ….. pensamos demais de como vamos chegar á água ou ao chão que o que vivemos de permeio ….. e a vida está exactamente nesse meio.

Por natureza aos vários pequenos acontecimentos ou projectos de acontecimentos dizemos logo não ….. vale a pensa arriscar um sim ….. ás vezes vale mesmo a pena.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vá para fora cá dentro

Há muitos anos atrás, o turismo em Portugal não era para o comum Português. Os valores eram maioritariamente incomportáveis para a generalidade e, toda a oferta era destinada aos estrangeiros, chegando os Portugueses a ser maltratados se não fossem ricos ….. o que se pretendia era o estrangeiro que gastava dinheiro. Foi assim no passado.

Em determinado momento da nossa história, a oferta hoteleira cresceu tanto que deixou de ter procura suficiente. Ao mesmo tempo, a nossa capacidade financeira cresceu um pouco. Estes dois factos conjugados com uma crise mundial, fez com que a indústria do turismo olhasse para o problema que tinha em mãos e opta-se e bem para fazer uma aposta no Português – Vá para fora cá dentro. Foi uma aposta ganha em toda a linha.

A campanha em si foi um sucesso e, desde essa altura, os Portugueses começaram a descobrir o seu país. Hoje em dia temos oferta para estrangeiros e oferta para os Portugueses. A questão neste momento é que num momento de crise, as famílias cortam no supérfluo ou então, reduzindo um pouco os seus critérios de conforto, adaptam a sua vida ás suas posses do momento.

É naturalmente descabido achar que por muito bom que a nossa oferta seja, as pessoas não queiram ir conhecer outras culturas e outros países. Num mercado concorrencial, as ofertas lá fora têm de ser comparadas com as cá de dentro e, se puder dar 1.000 € por uma semana num resort tudo incluído em Marrocos não vou dar 1.500 € no Algarve em meia pensão.

É irrelevante que alguém que se acha um iluminado em economia diga qualquer coisa só para não estar calado ….. por acaso costumo dizer ao filhão que quando se é bom, não é preciso estar a lembrar isso, são os outros que o dizem ….. mas isso é outro artigo.

Temos uma boa oferta e um bom produto e isso deve ser o que se valoriza ….. o conhecer o nosso país ….. o gosto de apreciar o que é nosso. Que se continue a promover Portugal e as pessoas continuam com vontade de o descobrir ….. se houver dinheiro para isso, claro.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Não mereciam

A vida tem um grau de injustiça que ás vezes parece saída de um livro escrito por um sádico. Olhamos para a carinha de algumas crianças e não percebemos o porquê de isso acontecer.

Olho para a cara do filhão e não percebo porque ele tinha de ficar sem a mãe que tanto gostava e que tanto amor e carinho lhe dava. Olho para algumas crianças que me estão á volta e não percebo como podem sofrer como sofrem. Crianças que têm pai e mãe e que passam o Dia da Criança, o seu dia, sem um deles ou de ambos. Eles não mereciam ….. ninguém merece.

É triste quando sabemos que qualquer um deles ou os dois poderiam ir ver as crianças, ou, no mínimo dos mínimos, falar com elas e ….. pura e simplesmente, ignoram os filhos ….. é de uma injustiça atroz. Como estou a escrever estas linhas num momento de revolta, a única palavra que me ocorre e que posso transcrever é que são umas autênticas bestas. Como mesmo os pais biológicos são chamados de pais, apenas lamento não haver outro termo para os referir que não envolvesse essa palavra ….. pais.

É com pena que falo com o outro progenitor ou os avós dessas crianças e percebo a sua dor ….. a pena e a angustia que têm pelas crianças ….. imaginar a revolta interior que têm de ter ….. doi.

Todos sabemos que mesmo nos países mais avançados existe o paradoxo da pobreza extrema, e é o que acontece aqui ….. apenas que não é a pobreza material mas sim a pobreza de valores ….. a pobreza de espírito ….. são umas autênticas bestas ….. e digo sem pudor ou qualquer problema de consciência ….. são umas autênticas bestas ….. UMAS BESTAS!

As crianças apenas querem carinho e compreensão ….. tão simples como isso.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dia da criança

Mais do que me armar em Miss Mundo e desejar a paz mundial e afins, ficava muito feliz de ver apenas um pequeno passo:

Gostava de hoje ver as crianças á minha volta felizes ….. aqueles que ainda têm a sorte de ter pai e mãe, receber verdadeiros mimos deles ….. era a melhor prenda que eles podiam ter ….. e não é preciso gastar dinheiro.
Olha sempre para o lado FIXE da vida ..... simples

Restos de tradição

Recentemente voltei a receber a história dos macacos condicionados. É supostamente o relato verídico de uma experiência feita sobre o condicionalismo da mente.

Três macacos são colocados numa jaula com um escadote e bananas no topo. Sempre que um dos macacos subia, os outros apanhavam um banho de água fria. Naturalmente que passado algum tempo, sempre que um macaco tentava subir, os outros batiam-lhe. Passado algum tempo, substitui-se um dos macacos com o resultado esperado ….. ele queria subir e os outros batiam-lhe. Resumindo, passado pouco tempo, não havia nenhum dos macacos originais e ninguém sabia porque o fazia, mas sempre que um dos macacos tentava subir, os outros batiam-lhe.

As nossas tradições são um pouco assim. O conceito de sociedade diz que a pessoa deve crescer, casar e ter filhos. Sempre foi assim. Já cá não estão os que tal ideia tiveram, mas continua-se a pensar que tem de ser assim ….. que os casamentos são para a vida, por mais infelicidade que tragam, que as pessoas têm de ter filhos, mesmo que não saibam ser pais, que a família tem de se manter unida, mesmo que nada tenha em comum, que os casamentos são somente entre pessoas de sexo diferente. Pura tradição macaca.

Os tempos na realidade são outros, e o paradigma da vida mudou. A sociedade foi triturando os conceitos de valor e quase que apenas somos confrontados em como vivemos porque a tradição assim o exige.

Mas aos poucos e poucos vamos vendo mudanças ….. muitas mudanças ….. é bom? ….. é mau? ….. apenas acho que é diferente ….. como estes pensamentos, apenas diferentes.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Produtividade superior

Entre os muitos problemas que Portugal tem, a produtividade é sempre um dos que mais é salientado. Sistematicamente falamos dos salários e da nossa produção, comparando-nos com países como a Alemanha. E saímos quase sempre mal na fotografia, por muito bem que façamos várias coisas.

Outro dos problemas que temos enquanto povo é também acharmos que o problema está sempre nos outros. Andamos na estrada da maneira que queremos mas os outros é que têm falta de civismo ….. se perguntarmos a um taxista, ele irá dizer que a classe rouba os clientes, mas ele não ….. e assim por diante.

No mundo das empresas, vemos os mesmos comportamentos do país espalhados a todos os níveis da organização. Se perguntarmos a um grupo de quadros superiores, eles possivelmente dirão que o problema da produtividade está nas classes mais baixas que não querem trabalhar convenientemente. Se fizermos a pergunta aos operários menos qualificados, a culpa é da administração e dos directores que não trabalham.

No caso da produtividade, o advento da tecnologia veio-nos ajudar a ser ainda mais improdutivos. Desde o Farmville a tudo o resto, o tempo efectivo dedicado ao trabalho tem vindo a ser reduzido. Mas ao mais alto nível a produtividade tem sofrido também muito. Cada vez é mais raro assistir a uma reunião em que metade dos participantes não estejam distraídos a receber e a enviar sms e emails (os amora-preto em acção).

E não falo apenas nas organizações que conheço, pois são vários os amigos com quem falo que dizem exactamente o mesmo. Para além disso, raras são as reuniões que começam á hora marcada com todos os presentes e se cumprem o tempo definido para a mesma ….. improdutividade pura.

Numa altura em que todos estamos a pagar do nosso bolso as asneiras dos diversos governos que temos tido, talvez seja tempo de rever o nosso conceito de produtividade.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Desaparecimentos convenientes

É impressionante como certos documentos em Portugal têm tendência a desaparecer. E para que não desapareçam sozinhos, o responsável por tal acto nunca aparece.

Quando comprámos a nossa anterior casa, deveria existir uma sala de condomínio de mais de 60 metros quadrados, mas a verdade é que as reuniões eram feitas na entrada. Cada um levava o seu banco, claro está. Houve um vizinho que ainda questionou a câmara, até porque tinha umas plantas do prédio, mas a verdade é que a resposta da câmara foi peremptória – as telas finais do prédio desapareceram ….. perdão, apenas a do andar da sala de condomínio, claro está ….. e o felizardo com a casa ao lado, ganhou uma sala ….. por acaso ele construiu o prédio, mas isso deve ter sido apenas uma feliz coincidência. E para a câmara tudo estava normal ….. deviam haver as telas finais, mas não existem ….. fim de história.

O tema dos submarinos é em tudo similar, apenas a uma dimensão monetária não comparável. Como é possível tanta calma com a afirmação de que desapareceram os documentos das contrapartidas? Assim? Que raio de entidade estatal que valida que existem os documentos todos? Como é que o Tribunal Constitucional que tudo valida, deixou passar uma destas? Até o Paulo Portas quando deixou de ser ministro levou caixas de fotocópias ….. com sorte, o mesmo ainda dá uma ajuda ao estado tirando fotocópias do que lhes faltar.

Para além da nossa justiça ser tão patética que já não deveria ser chamada de justiça, o desaparecimento passou a ser um item comum. No processo Casa Pia, desaparecem fotografias ….. no caso BPN, desaparecem documentos ….. no caso dos submarinos, desaparecem partes dos contratos ….. e tudo é normal.

Vamos gastando

Depois de voltar a organizar as minhas despesas, chego á mesma conclusão que cheguei da última vez que fiz este exercício ….. vamos gastando e não percebemos onde.

Se for olhar para cada uma das transacções que fiz, todas têm um motivo por detrás e uma explicação plausível da sua finalidade. Olhando uma a uma, tudo parece válido, porém, quando as vejo todas juntas, o valor tem uma dimensão superior á que eu estava á espera.

Sendo o mês seguinte á festa de anos do filhão, ainda suporto os custos disso, mas a verdade é que olhando desde o início do ano, existe todos os meses uma despesa que foge ao orçamento …..novamente, quando se olha para o todo a surpresa existe, por mais explicada que estejam estas despesas.

Este exercício mensal de analisar os gastos dos últimos três meses tem sido proveitoso, uma vez que ao ter uma percepção mais ampla, a verdade é que tenho reduzido no supérfluo.

É tão fácil gastar ….. fazemos isso tão facilmente ao longo do mês …..sem nos apercebermos, vamos gastando o orçamento destinado ás despesas com alguma facilidade.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aproveitar a crise

Os momentos de crise constituem também oportunidades para as empresas. Pese embora o que vou escrever possa (e deva) ser efectuado em qualquer momento, esta época é por excelência uma oportunidade de ouro para isso.

Imaginem ser chamamos ao director de Recursos Humanos, e ser-vos colocada uma única e singela pergunta:

“Que deve a empresa fazer para que não se vá embora?”

Quando iniciei a minha vida profissional recebi dois sábios conselhos que nunca esqueci e que ainda hoje agradeço ao meu colega João Leite. Um desses conselhos era que não se deve esperar para demonstrar a nossa insatisfação, assumindo que a chefia já o sabe ….. é algo que deve ser colocado frontalmente.

Por regra, são poucas as pessoas que atempadamente dizem da sua insatisfação e suas ambições profissionais. Esta pergunta é por norma apenas feita a quem vai ou quer ir embora da empresa ….. no caso dos bons recursos, nesse momento já vai tarde.

Numa época normal, esta é uma pergunta que poucos directores de RH estarão preparados para a fazer. Para além de ser uma pergunta “out of the box”, a generalidade tem medo de a fazer por achar que tem de aceitar tudo, ou então que a resposta seja apenas dinheiro, o que não é totalmente descabido pois mesmo na lista das melhores empresas para trabalhar, o salário é apontado como algo que deveria ser melhor ….. é natural ….. é humano.

Muitas vezes as pessoas procuram mais que apenas dinheiro, sendo portanto mais fácil manter os bons recursos na empresa e ainda por cima motivados. Numa época de crise, as próprias pessoas sabem que o dinheiro é escasso e como tal, elas próprias pensam noutros aspectos. Cabe às empresas tirar partido disso, caso obviamente reconheçam o trabalho dos seus colaboradores e os pretendam manter.

Qualquer colaborador irá sempre responder positivamente a uma pergunta destas, que mais não seja porque demonstra uma atenção da empresa para com ele ….. simples.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Conceito de sacrifício

Numa época de incerteza e de tantas conversa de político em relação a esforços de todos, a visita do Papa é um autêntico contra censo. Não a visita do Papa, como é óbvio, mas sim a dispensa de trabalho da função pública.

Há pouco tempo atrás, o governo referia que as greves eram um atraso para a nossa nação em tempo de crise ….. mas podemos todos parar para ir ver o Papa. O conceito de sacrifício é muito difícil de entender para uma pessoa racional, mesmo sendo católico. Não faz sentido.

Num país ainda maioritariamente católico, percebo por força da figura que é, exista alguma condescendência, porém, dar tolerância é dizer ás pessoas que não têm de trabalhar ….. sempre foi assim em Portugal e sempre será.

A forma como as coisas são colocadas é meio caminho andado para como são entendidas. Dizer que há tolerância de ponto e dizer que as pessoas têm o dia de férias é, hoje em dia, exactamente o mesmo. Dizer-se que é um dia de trabalho mas, quem por motivos de religião faltar não sofrerá penalizações, é completamente diferente.

Talvez se esta medida fosse assumida pelo estado, muitos que não pretendem trabalhar diriam que iam lá, porém, acredito que a maioria não o fizesse. O objectivo do governo seria cumprido de uma forma mais inteligente.

Não se pode pedir sacrifícios com uma mão e a ser despesista com outra.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Respostas

Certas perguntas, afirmações ou constatações nunca terão resposta. Algumas são meros exercícios de retórica, de pensamento em voz alta ….. algumas vezes não queremos ter resposta, outras não queremos ouvir a resposta que supomos vir do outro lado, e, outras vezes, estamos ávidos que elas existam ….. neste último caso, somos não isentos ….. não queremos uma resposta qualquer ….. queremos aquela tal resposta.

Umas vezes ela exista, outras nem por isso ….. é a vida!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Conceito de sacrifício

Numa época de incerteza e de tantas conversa de político em relação a esforços de todos, a visita do Papa é um autêntico contra censo. Não a visita do Papa, como é óbvio, mas sim a dispensa de trabalho da função pública.

Há pouco tempo atrás, o governo referia que as greves eram um atraso para a nossa nação em tempo de crise ….. mas podemos todos parar para ir ver o Papa. O conceito de sacrifício é muito difícil de entender para uma pessoa racional, mesmo sendo católico. Não faz sentido.

Num país ainda maioritariamente católico, percebo por força da figura que é, exista alguma condescendência, porém, dar tolerância é dizer ás pessoas que não têm de trabalhar ….. sempre foi assim em Portugal e sempre será.

No colégio do filhão, apesar de ser um colégio católico, foram mais práticos. Como naturalmente a maioria não irá ver o Papa, as aulas continuam como sempre, porém, caso alguém queira ir ver o Papa, então justifica as suas faltas com esse motivo. Parece mais lógico ….. só não vai quem assume que faltará com essa finalidade.

Talvez se esta medida fosse assumida pelo estado, muitos que não pretendem trabalhar diriam que iam lá, porém, acredito que a maioria não o fizesse. O objectivo do governo seria cumprido de uma forma mais inteligente.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Legalmente roubado

Esta semana fui roubado. O pior de tudo é que foi feito de uma forma totalmente legal. Sem apelo nem agrado ….. apenas roubado. E quem me roubou? Fácil, o estado do meu próprio país.

Sendo viúvo com um filho, entro na mesma categoria que qualquer casal, ou seja, o estado assume que a minha taxa de esforço é idêntica e equiparável a um casal. Deve ter a sua razão, apesar de eu achar que seria mais semelhante a um solteiro, separado ou divorciado.

Apesar do orçamento ser constituído por apenas um único vencimento, o nível de despesas é em tudo semelhante a quando éramos três, pelo que deve fazer todo o sentido que a taxação também seja a mesma. Se tenho capacidade de pagar as mesmas despesas de colégio, electricidade, gás e demais gastos, fará todo o sentido pagar ao estado de igual forma.

O filhão tem direito a uma pensão de sobrevivência para ajudar a sua educação e demais despesas. Por opção pessoal, decidi que esse dinheiro que lhe é dado é para ele utilizar um dia mais tarde, indo portanto para a sua poupança. Chegando ao final do ano, o estado decide atribuir-me um brinde ….. enquanto cabeça de casal, tenho de pagar impostos sobre o dinheiro que ele recebe, ou seja, na prática não lhe foi atribuído dinheiro algum para o apoiar ….. o que foi entregue ao longo do ano com esse título, será depois para entregar ao estado. Deve ser isto a que os políticos chamam de justiça social.

Face ao descalabro organizativo que é uma escola pública comparada com uma privada, decidimos ter o filhão num colégio enquanto pudéssemos, porém, o estado reduz cada vez mais o desconto que estas despesas podem ter em sede de IRS. Face ao que vemos, é como termos de ser penalizados por não usar os serviços do estado e ir para a área particular, tanto da educação como na saúde. Não percebo.

No final de tudo, junto as receitas e pouco mais posso deduzir que o colégio e despesas de saúde ….. e sou vilipendiado pelo estado do meu país. Para além do que mensalmente já desconto, chega ao final do ano e ainda tenho de pagar.

Sinto-me a ser assaltado.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O que temos

Nem sempre é fácil aceitar a vida e as situações como elas são. Temos sempre na mente que se nos esforçarmos muito, conseguimos fazer jus ao ditado que diz “quem espera, sempre alcança” ..... mas um ditado não é um vaticínio ou desígnio ….. é apenas isso, algo que aconteceu muitas vezes no passado.

Quando queremos muito uma coisa, devemos lutar por ela com todas as forças que temos, porém, ás vezes chega um momento que temos de saber que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance ….. o que não depende da nossa vontade ou acções, não podemos controlar ….. chega um momento e resta-nos aceitar a vida tal como ela é …..
É o que temos.

sábado, 1 de maio de 2010

Socialismo

Recebi novamente esta história por mail que com o ataque á classe trabalhadora por conta de outrem ….. não podem portanto fugir aos impostos ….. parece-me muito actual e pertinente.

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. ' O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. "

Adrian Rogers, 1931


Dedicada ao nosso ministro das finanças e ao Francisco Louça e o seu ataque a quem tiver dinheiro.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Uma história mal contada

Aprecio a intenção que os principais partidos demonstraram de tomar medidas concertadas, combatendo assim o ataque europeu que estamos a sofrer. Independentemente do Passos Coelhos estar a falar a sério ou a marcar uma posição, a verdade é que se saiu muito bem enquanto estadista. Entrou na alta esfera da política com o pé direito.

Mas para eu aceitar o novo ataque a quem não pode fugir aos impostos, existem ainda algumas perguntas que carecem de resposta.

Temos um Socrates que afirmou em tempos que ninguém fez tanto pelo défice como ele ….. e é verdade ….. conseguiu subir o dito num ano de 3 para 9% ….. mais ou menos ponto decimal. Mas nunca nos foi explicado como é que isto aconteceu ….. o próprio ministro ficou publicamente admirado ….. e continua a ser ministro.

Se o nosso governo não sabe a razão do descalabro, o que impede de ele voltar a acontecer apesar destas medidas? Se no passado nada fizemos verdadeiramente pela despesa, limitando-nos a subir a receita de todas as formas possíveis, qual a esperança que podemos ter na nossa economia?

Apesar dos motivos por detrás do ataque europeu não serem estes, percebo o ponto de vista das casas de ratting, ou seja, não existem medidas para estancar os custos (desperdício puro e simples), pelo que a nossa economia está como um sumo de laranja, ou seja, um dia podemos espremer a laranja com toda a força que não sai nem mais uma gota de sumo.

Hoje fala-se em disciplinar o subsídio de desemprego, o que apenas lamento só ser feito agora. Concordo com a sua justiça social, mas terá de ser desenhado para não ter o efeito permissivo que tem hoje em dia. Temos uma taxa de desemprego muito grande, mas muitas pessoas a irem a entrevistas só para terem o carimbo. Enquanto os valores forem próximos do salário mínimo, não existe um motivo para que muitos deixem de viver á conta de quem trabalha ….. e com isto não estou nem de perto nem de longe a concordar com o baixo valor do salário mínimo.

Demagogicamente, os partidos que nunca serão governo tentam ganhar votos com a demagogia, atacando bancos e grandes fortunas. Se estou de acordo com a primeira parte, onde existem vários benefícios em empresas com milhões de lucro, a segunda parte já me parece estúpida. O que os partidos deviam atacar não é quem tem muito dinheiro que são uma pequena minoria, ou seja, o ganho seria baixo ….. excepto em votos que hoje têm com este discurso ….. o que os partidos deviam atacar é a economia paralela que sabemos haver dos profissionais liberais como advogados e outros, que declaram apenas o mínimo que têm por lei de declarar.

Porque razão os partidos não vão atrás destes casos? Será porque a maioria dos deputados está nestas condições? Porque razão nunca de criaram mecanismos de forma a garantir que todas as transacções obriguem á existência de uma factura?

E a pergunta volta a assombrar os meus pensamentos ….. o que impede o défice de passar de 9 para 15% como no passado recente? Porque não se ataca finalmente os gastos e os desperdícios da função pública e empresas controladas ou manietadas pelo estado?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Motivação

O meu amigo Ricardo Fortes da Costa está a fazer um executive survey, que pretende focar-se nas actuais tendências de gestão que potenciam o engagement dos executivos (link). De entre as várias perguntas encontrei esta:

A minha empresa tem noção da importância da motivação para o alcance dos objectivos estratégicos?

Não é preciso ser-se um génio da gestão para apostar que a generalidade irá responder afirmativamente, porém, o que mantém as pessoas motivadas é que merece um pequeno pensamento.

As elaboradas teorias de Recursos Humanos, e perdoa-me Ricardo por o dizer, caem por terra nas pessoas que têm baixos rendimentos. Tal como para correr é preciso saber andar, se os funcionários não poderem ter o básico, não há motivação que resista, pelo menos 365 dias até ao próximo momento de definição da motivação ….. o momento dos aumentos.

Podemos a um número muito reduzido dar responsabilidades acrescidas, mas o descontentamento da generalidade vai-se desenvolvendo. E mesmo a essa elite, é preciso ter em atenção que isso regra geral implica mais trabalho ….. será de pressupor mais vencimento.

Para quem aufere o vencimento de um quadro, seja director de Recursos Humanos ou outro, ter um aumento de 0% pode ser chato, mas não compromete alguma estabilidade, porém, quem menos ganha tem sempre uma grande parte da sua motivação anexa ao vencimento ….. e acho que isso é descorado nos Recursos Humanos. Sempre achei em todas as empresas em que passei, seja como colaborador seja como consultor. Se a isto juntarmos que as pessoas dificilmente recebem aumentos nas empresas, excepção de funcionários públicos ou carreiras tabeladas por níveis, a generalidade não pode estar devidamente motivada.

Então se a motivação é fundamental, não justificaria isso um decréscimo do EBITA num ano? Para que o EBITA não desça, não estaremos a sacrificar o futuro? Poderá este factor largamente descorado em Portugal contribuir para o elevado número de falências nas nossas empresas?

Isto vem um pouco a propósito da minha empregada doméstica, a quem esta semana disse que a iria aumentar, apesar do meu aumento este ano ser de 0%. A motivação da minha empregada, que se debate com contas por pagar e uma filha para educar, resume-se basicamente a uma motivação ….. pagar as contas. E isso é o que tenho de ter em conta se não quiser procurar outra empregada ou que ele deixe de trabalhar convenientemente, que resulta na procura de outra empregada.

Motivação só pode sobreviver de forma sustentada após o atingir do nível de conforto financeiro do indivíduo.

domingo, 25 de abril de 2010

Corrupção

Este é um tema que dá para escrever um livro em vários tomos. Definir o que é corrupção não é evidente. Existem casos onde não há dúvidas, uma vez que uma das partes obtém por intermédio da outra uma vantagem que de outra forma não teria, pelo menos não de forma garantida.

Quando este fenómeno entra na esfera política e jurídica, tudo se torna muito mais cinzento e menos claro. O Sá Fernandes, aquele que provocou um buraco financeiro á câmara para ter um pouco de publicidade, conseguiu novamente aparecer nos jornais. Desta vez por causa do caso Braga Parques, onde um dos acusados de o tentar subornar com 200 mil euros foi ilibado porque o dito cujo não tinha poderes, limitava-se a fazer de papagaio ….. mas isso já todos sabíamos ….. e não é que o homem foi ilibado?

A nossa justiça que é uma verdadeira vergonha nacional, considera que apesar de um ter oferecido dinheiro a outro, como o último não tinha poderes, não pode ser considerado corrupção. Então como fica o processo do Vara? A corrupção e o tráfico de influências não são o mesmo?

O gesto de ajudarmos alguém, mesmo sem interesse, pode ser visto como corrupção. Mas o mesmo acto também pode ser designado de lobby, bom samaritanismo ou simples simpatia. Depende dos olhos de quem vê.

Para mim corrupção é o acto de dar algo, material ou não, exigindo ou deixando bem claro que se espera um retorno por parte de quem recebe. O resto é o que escrevi atrás, ou seja, lobby e/ou simpatia.

Cabe a quem recebe definir o seu grau de isenção futura em relação a essa pessoa ou organização em função desse acto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pequenas grandes alegrias

A vida é composta por pequenas alegrias com grande significado. Às vezes pequenas coisas ou gestos tomam para quem recebe proporções muito superiores ao que pensávamos que elas iriam ter. Para quem gosta de presentear os outros, é sempre uma satisfação muito grande ter a noção que isso acontece.

Desde sempre que o filhão se habituou a ter uma festa organizada especialmente para ele, maioritariamente diferente dos restantes amigos, e com algo diferente do que habitualmente se faz. Por mais simples que seja, é algo que é feita especialmente para ele e isso nota-se na satisfação com que aguarda pela festa.

Embora não tenha a capacidade da Ana para ter atenção a todos os pormenores, tenho feito um esforço para que tudo saia perfeito, ou pelo menos, o mais perfeito possível ….. depois de tudo, é o mínimo que posso fazer pelo filhão. É muito bom vê-lo a vibrar com os pequenos pormenores que vai sabendo, e a alegria que transmite pelo que espera vir a ter ….. é maravilhoso.

Ainda hoje dizia a uma amiga que as pequenas alegrias que tenho tido ao longo desta semana têm sido maravilhosas. No meio de todas as preocupações e “arrelias”, alguns momentos são únicos ….. por mais pequenos que sejam, são imensos na alegria que trazem ….. fazem sonhar ….. alimentam o espírito ….. claro que gostaria de ter muito mais, mas ter o que já tenho é muito bom ….. simples.

Haverá sempre quem apenas fique feliz com grandes alegrias ou riquezas, outros ficam felizes com pequenas coisas com grande significado ou alegria ….. cada um é feliz á sua maneira.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Na sombra da vaidade

Desde os primórdios da civilização que a fama, o poder e o dinheiro sempre foram os melhores afrodisíacos que existem. A presença de pelo menos um deles e em grande quantidade transforma qualquer pessoa num outro ser muito mais interessante. Sempre assim foi, e sempre assim será.

Em todas as organizações existem sempre os chamados “puxa saco”, que ganham um sorriso de orelha a orelha na presença de alguns elementos ….. detentores obviamente de poder ou capacidade de influência do poder. São figuras que se assemelham aqueles bonecos que se colocavam nos carros e que abanavam a cabeça com os solavancos da estrada. Sempre os houve, e sempre os haverá.

Tenho assistido a duas figuras que tendo na sua génese este modo de operar, o fazem de formas completamente diferentes, obtendo resultados também eles diferentes. Existe um que é tão evidentemente bajulador que essa sua vontade de agradar se acaba por virar contra si, uma vez que me parece que deixa de ser levado a sério. Por mais bem intencionado que seja, é difícil que não acabe por chatear os próprios elementos que tenta impressionar.

A outra figura é mais subtil e focalizada no alvo da “graxa”, sabendo exactamente a quem deve dirigir e centrar a sua atenção ….. ou graxa. Para além de constantes pequenos comentários abonatórios às decisões e opiniões do visado, apoia o mesmo em relação aos demais pares de ambos, granjeando assim alguma “impunidade” ou displicência sobre o resultado do seu trabalho. Magistral.

Obviamente que as pessoas inteligentes que ocupam estes cargos são perfeitamente capazes de detectar os primeiros, porém, o facto de serem em si mesmos inteligentes acaba por os iludir em relação aos segundos, uma vez que a sua própria vaidade sobre as suas capacidades será suficiente para encobrir o evidente. Sempre assim foi e sempre assim o será.

A vaidade do ser humano impede-o de conseguir aperceber-se de algumas evidências á sua volta ….. umas vezes inofensivas e outras nem por isso ..... sempre assim foi, e sempre assim o será.

Na vida das organizações, o poder funciona como um estímulo que tanto pode ser muito benéfico como pernicioso. Cabe a cada organização ganhar a sua maturidade e imunidade a esta inevitabilidade, a fim de poder usufruir dos aspectos positivos que este facto acarreta.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O início da primavera

Finalmente um fim-de-semana de sol e um calor primaveril. Depois de tanta chuva, um tempo agradável que permite desfrutar a natureza. Apreciar algo mais que apenas a casa, seja nossa ou dos amigos.

Para comemorar, deu para inaugurar os churrascos no terraço, correr, andar de bicicleta e fazer desportos radicais ….. e ficar com dores musculares. Foi uma boa forma do filhão terminar as suas férias.

Para sermos um pouco mais originais, fomos até a um parque de aventura (www.adventurepark.pt), o qual recomendo de experimentar. Um pequeno percurso no meio da natureza com actividades radicais, adrenalina e uma vista maravilhosa do alto das árvores. Apesar do esforço até lá chegar, o filhão de bicicleta e eu correndo ….. grande parte do tempo ….. deu para nos divertirmos e chegar a tempo para fazer o churrasco …..

Viva a primavera.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

As 1001 verdades

Nos EUA legalizou-se o lobby, reconhecendo assim que ele existe e irá sempre existir, tendo sido estabelecidas as suas regras para que não se transforme num autêntico Carnaval. Por cá, preferimos fazer de conta que não existe o que todos sabemos existir ….. dada a nossa relação com o Brazil, gostamos de Carnaval.

Depois de todo o dinheiro gasto ao erário público com a comissão parlamentar de ética, tenho dúvidas que alguém ache que ela serve para alguma coisa. O que começou por uma tentativa de instrumentalização de uma comissão, visando naturalmente atacar o governo, vai acabar como as anteriores ….. em nada.

Todos os que lá vão tem uma visão da questão distinta e naturalmente, todos os partidos saem mal na fotografia. Todos contam a sua versão, acusando quem não gostam e distorcendo os factos como lhes convém. É tão natural que não percebo porque alguém ainda estranha.

Obviamente que existe pressão ….. sempre existiu e sempre existirá. A forma como cada um conta a sua versão na comissão é como fazer bacalhau ….. uma das 1001 formas que existem.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Separar o trigo do joio

É sempre um erro tomar a parte como o todo. Historicamente a Igreja católica está cheia de pecados e atentados contra ela própria, tal como foi toda a Santa Inquisição, que constitui uma vergonha para qualquer católico, mas, a essência da Igreja não pode ser medida pelos que em seu nome atentam contra ela.

Segundo notícias recentes, o próprio Ratzinger escondeu crimes ….. ou melhor, deixou de os investigar ….. tal como outros no seio da Igreja, com vista a “proteger” uma ideia da Igreja livre de crimes e de pecados ….. algo que todos sabemos não existir.

O maior problema da Igreja foi e sempre será os seus representantes. Aqueles que devem espalhar a mensagem de Deus ….. ironia do destino. Mas tomar a parte como o todo é errado. Algumas maças podres não fazem uma árvore podre ….. apenas que têm de ser extraídas para que não contaminem as demais.

São tempos conturbados que os católicos vivem, debaixo dos holofotes de uma opinião pública ávida de podres e polémica ….. que existem ….. mas isso não pode ser generalizado ….. a fé não é isso ….. a palavra de Deus não é essa.

A Igreja também tem padres muito bons, como o é por exemplo o Padre José Cruz. Padres dedicados e que correspondem em bondade ao que idealizamos da Mensagem que devemos receber. A eles um reconhecimento pelo que são.

Passado, presente e futuro

Grande parte dos livros de histórias começa com Era uma vez ….. e regra geral termina de forma positiva. Como a vida não é um livro, o fim muitas vezes não é o que queríamos que fosse. Ao virar da esquina, descobrimos que o caminho termina ….. a estrada está interrompida.

Independentemente de isso ser certo ou errado, temos de aceitar que isso é assim. Pode levar uns segundos, dois anos ou uma eternidade ….. mesmo não querendo aceitar, sabemos que é com o que contamos.

Muitas pessoas vivem com apenas metade de si ….. um rim ….. um pulmão ….. um braço ….. apenas metade ….. e aprendem a viver. Nunca esquecem a parte de si que perderam, mas sabem que a vida tem de continuar. O nosso cérebro muitas vezes actua como se essa parte ainda estivesse no seu lugar, mas rapidamente voltamos á realidade, tentando viver e sendo felizes com o que sobrou ….. metade é melhor que nada. Ter somente uma perna não impede de andar, apenas que se anda de forma diferente.

A vida é feita de fases ou etapas, e é preciso saber que o passado ficou para trás ….. o futuro a Deus pertence, e o presente é para viver ….. um dia de cada vez.

Olhem sempre para o lado FIXE da vida ….. hoje inicio uma nova fase! ….. propositadamente escolhida neste dia ….. hoje.

sábado, 3 de abril de 2010

Ponderar caminhos diferentes

É importante sabermos o que queremos e para onde pretendemos ir, porém, os nossos caminhos não são meras rectas mas percursos com momentos sinuosos. Traçamos uma rota ou destino, mas pelo meio aparecem cruzamentos e entroncamentos. Que fazer?

Quando somos confrontados com um desafio, podemos ficar na nossa zona de conforto ou ponderar seriamente o e se?

Quando desafiados, existem sempre várias perguntas que nos colocamos a nós próprios, para além do desafio em si:
- O desafio é suficientemente aliciante para o ponderar?
- Serei capaz de o abraçar?
- É melhor, pior ou somente diferente do que pretendia?
- Serei a pessoa mais indicada?
- Tenho coragem de o aceitar?
- Qual o impacto desta mudança na minha vida e da minha família?

Esta última pergunta é para mim uma das mais importantes, uma vez que o trabalho nada mais é que um meio para atingir um fim ….. ser feliz. Esta é a pergunta que será sempre ….. para mim, obviamente ….. um dos factores que podem bloquear o risco do incerto.

Quando o desafio é grande, podemos optar por dois caminhos distintos após assumir que se trata de uma epopeia: esquecer ou ponderar cuidadosamente. Quanto mais complicado parece ser, maior deve ser a análise que se faz. Manda a prudência que se reveja os cenários possíveis, constrangimentos e impactos.

Nestas alturas lembro-me sempre dos filmes de lutadores onde muitas vezes aparecem frases como “é bom ter medo … faz-nos ficar alertas!” ….. respeitar um desafio é dar-lhe o seu devido valor.

Na vida certas oportunidades apenas aparecem uma vez, quando muito. Não quer isto dizer que por esse motivo devam ser aceites, mas que se depois de pensarmos acharmos que têm viabilidade, se não o forem, iremos sempre nos questionar sobre a opção que tomámos frente a isso.

terça-feira, 30 de março de 2010

Apostas

Na vida fazemos várias apostas. Apostamos num curso ou educação, nos amigos, nas namoradas/mulheres, no emprego, na carreira …. enfim, no futuro.

Fazemos apostas do que nos parece certo, sabendo que a imprevisibilidade existe. Pensando no que temos e no que poderemos ter, apostamos em algo ….. os mais afoitos na mudança, os mais cautelosos na inércia de nada mudar ….. mas todas as opções constituem em si apostas.

Em termos profissionais, as mudanças nas organizações podem catapultar uma pessoa para o topo, mas também podem vir a tornar-se num beco sem saída ou em que o melhor é voltar para trás. Nunca sabemos ao certo, e só temos a certeza do que poderia ser quando já estamos a analisar o que foi ….. fazemos apostas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Estupidez futebolística

A degradação da condição humana é sempre lamentável! Mais triste é quando o tempos de assistir com amigos próximos.

Comparar por exemplo, os comentários do Miguel Sousa Tavares quando fala sobre a contemporaneidade ou politica e quando fala sobre o seu FCP, é bem demonstrativo disso mesmo. É como se lhe tirassem o cérebro e o resto desse aquele triste espectáculo ….. não é o único ….. pena.

Não sendo um aficionado em futebol, limitando-me a ter uma preferência clubista, acho sempre estranho como se torce ou fica feliz por um clube estrangeiro em detrimento de um Português ….. as mesmas pessoas que depois são capazes de ficar indignadas com essa posição lusa relativamente aos produtos de consumo ou ao nosso turismo noutros ….. não consigo perceber ….. as minhas desculpas por isso!

O futebol é como uma montanha russa, uns dias no alto, outros em baixo ….. tirando o tempo da televisão a preto e branco, apenas esta época o Benfica voltou a jogar futebol ….. mas de bestial a besta é apenas um instante ….. serem a única equipa ainda nas competições europeias e ver a “festa” que alguns adeptos fazem, parecem-me foguetes a mais, gastos antes do tempo certo ….. não seria melhor esperar para ver como acaba a história?

Sinceramente espero que o Benfica ganhe a liga europa ….. e perca o campeonato para o Braga ….. boa sorte com o Liverpool! ..... espero que me poupem a mails e comentários demonstrativos da pobreza da condição humana quando o clubismo supera a racionalidade.

Qual a gloria na vangloria do infortúnio dos outros? Qual a grandeza disso?

terça-feira, 16 de março de 2010

Aplicabilidade

Tudo no mundo é relativo. Quando queremos, a mesma acção tanto pode servir uma finalidade, como ser aplicada no seu inverso, tudo dependendo de como é contextualizada. A diferença está na justificação da argumentação utilizada.

Com vista a denegrir a imagem do governo, na persecução do objectivo de o derrubar para ser governo, o PSD tem aproveitado a questão da pseudo-liberdade da imprensa. Todos sabemos que quem está no poder tentará sempre pressionar a informação que é difundida, minorando estragos e potenciando publicidade positiva. Sempre foi assim e sempre o será, independentemente da força política que governar. É a natureza humana.

Como expoente máximo desta prorrogativa, relembro que na invasão do Iraque os jornalistas foram preparados e houve um controlo do que era transmitido. A visão que o mundo teve da invasão inconstitucional foi a que os americanos quiseram passar. Mesmo sabendo da sua ilegalidade, fomos condicionados da mesma forma que Hollywood já o fazia com os filmes dos índios e dos cowboys. Somos levados a tomar parte por um dos lados …..a inexistência do contraditório dita as suas regras.

Voltando á nossa realidade, vimos uma oposição liderada naturalmente pelo PSD a apanhar a boleia da liberdade de imprensa para atacar o governo. Foi formada uma comissão e um inquérito tal é a importância atribuída á liberdade de expressão, porém, esse mesmo partido aprova nos seus estatutos a condicionalidade de expressão dos seus elementos. E se o fazem no seu partido, sobre os que partilham os mesmos ideais, o que não farão sendo governo sobre todos os outros?

Nos últimos tempos o conceito de “liberdade de expressão” tem sido violada e vilipendiada de uma forma assombrosa. É esta regrai no PSD, as orquestrações do PS, a verdade pessoal de alguns jornalistas, chegando ao extremo de um jornal que faz de uma denuncia do autor anónimo de um blog um texto que designaram de notícia.

Analisando cada um deles per si, os argumentos utilizados pelos seus subscritores legitimaram essa sua posição, de uma forma na sua opinião para além de qualquer dúvida e só por ignorância de nós, comuns mortais, é que se poderia pensar de outra forma. O director do dito jornal disse-me mesmo que era isso que os faziam o melhor jornal ….. no comments.

sábado, 13 de março de 2010

As correntes da inverdade

De tempos em tempos somos inundados com mails a contar uma grande verdade sobre uma determinada personalidade. Nesse mail vêm dados que apoiam toda uma reacção adversa, porém, a veracidade desses dados é sempre uma grande incógnita. Fico sempre a pensar o que ganharam as pessoas que iniciam estas correntes.

Há relativamente pouco tempo recebi um destes. Contava que nos deveríamos levantar em protesto com o Vitor Constâncio, uma vez que ele ganhava uns modestos 25.000,00 €/mês. E diziam várias posições que deveriam ser assumidas e uma série de factos nada abonatórios.

Apesar de crítico da sua actuação, aquela história era uma das que me levava a questionar este tipo de corrente. Semanas mais tarde, li um artigo na imprensa escrita que referia esta corrente, corrigindo o valor do ordenado para “apenas” 17.000,00 €/mês. Apesar de nesta ordem de grandeza isso não ser muito relevante, a verdade é que o mail aumentava o valor do ordenado para gerar revolta nas pessoas, e, acredito eu, isso foi inteiramente propositado.

Esta semana recebi um novo mail, desta vez visando o Alberto João Jardim. Referia uma suposta afirmação do mesmo recusando apoio a Timor, exactamente o mesmo apoio que ele agora solicita. Será verdade? ….. é assim que os boatos começam! Embora a idoneidade do Alberto seja irrelevante, estas notícias têm o condão de fazer estragos secundários, ou seja neste caso, a Madeira.

Mesmo sendo verdade, questiono-me sempre os motivos do início destas correntes. Penso sempre quais os reais motivos por detrás delas. O que estará por detrás disso? Porque razão passaram as pessoas estes mails sem questionar a sua veracidade, sendo que ao fazerem o seu envio, estão a avalisar a informação que lá está. São coniventes com uma mentira.

A internet e os mails têm muitas coisas positivas, mas também muito lixo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Em que acreditamos?

Para além do período de crise económica que estamos a atravessar, vivemos igualmente num ambiente de descrédito total pelos pilares da nossa sociedade.

Desde sempre nos habituámos a não acreditar nos políticos, sendo estes os primeiros a tudo fazer para não serem credíveis. Á boa maneira Portuguesa, apesar da ideia generalizada sobre a classe, se formos falar com eles individualmente acham-se bons, o problema são sempre os outros.

Não acreditamos na justiça, dando esta sistematicamente provas de ser um autêntico faz-de-conta. Enquanto por exemplo nos Estados Unidos sabemos que ela funciona para todos, sabemos que aqui só é preso quem assalta na rua. As Fátimas Felgueiras da vida se são condenadas, é sempre com pena suspensa e, as excepções como o Isaltino, sabemos que o são por motivos políticos. Sabemos que a generalidade dos nossos magistrados pertencem a ordens como a Maçonaria, Opus Dei ou similares ….. conhecendo um pouco o funcionamento destas, onde reside a isenção profissional?

Não acreditamos nos jornais pois estão instrumentalizados pelos grupos económicos a que pertencem, vincadamente associados a facções políticas. Sabemos que vivem também da publicidade, grande factor de pressão, podendo-se em muitos casos ver isso separado por apenas algumas páginas. Sabemos igualmente que servem de arma de arremesso, sendo autênticos pontas de lança nas campanhas de difamação.

Não acreditamos na educação, que é alvo de reformas sistemáticas à anos e anos, com os resultados devastadores quando comparados com os restantes países. O rácio de despesa nessa área da nossa sociedade é assustadora.

Começa a ser difícil ter algo em que acreditar na nossa sociedade. Precisamos de alterar as bases para voltarmos a acreditar. É mesmo preciso.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Colagem ridícula

Tenho assistido marginalmente ao processo de eleições no PSD. Embora apartidário, acompanho q.b. os diversos partidos, se bem que nos processos eleitorais prefiro aguardar o resultado final.

O que me leva a escrever este post é uma característica muito portuguesa que nós culturalmente temos ….. ou somos bestiais, ou somos bestas ….. e pode-se passar de um lado para o outro com muita facilidade.

Reconhecidamente falar de esquerda e direita entre PS e PSD é como falar no símbolo dos jogos olímpicos..... cada circulo é uno e de cor distinta, mas sobreposto em grande parte pelo circulo a seu lado ….. as ideias e programas destes dois partidos são muito semelhantes, quer os seus simpatizantes gostem ou não.

Nas eleições para líder do PSD, a maior arma de arremesso entre os diversos candidatos é a maior ou menor colagem do candidato adversário às ideias do PS. Ouvindo os candidatos, é como se as ideias ou políticas do PS fossem trazer a lepra de volta. E quanto mais se convencer que o adversário pensa como o PS, maior será o ódio visceral dos delegados eleitos.

Certo ou errado, a verdade é que quem governa neste momento é o PS, eleito em sufrágio por um número mais significativo de Portugueses. Certo ou errado, um maior número de Portugueses achou que era o partido que melhor defendia os seus interesses. Certo ou errado, foram as políticas do PS que recolheram maior adesão da população votante. Certo ou errado, foi o que aconteceu.

Os candidatos estão a cair num erro basilar ….. ignorar uma boa ideia ou política por esta ser proposta ou implementada por um adversário, não é sinal de inteligência, é sinal da falta dele. É o mesmo de estar a dizer que se o melhor para Portugal for uma ideia que não é a deles, paciência para o país ….. se foi proposta por outra força política, é para esquecer ….. que se lixe o país ….. o importante é não ser colado a ideias de outros.

Todos sabemos que a política funciona assim, sendo na minha opinião uma das razões para o afastamento das pessoas e a ideia de fraqueza intelectual que temos dos políticos. Sabemos que quando o futuro presidente do PSD for eleito, funcionará neste padrão ….. não era preciso começarem já …..

quarta-feira, 3 de março de 2010

Que nem Judas

Ultimamente temos sido brindados com uma mediocridade assustadora do ponto de vista jornalístico. Por breves instantes vou deixar de lado as tentativas do governo, independentemente do partido, de condicionar as notícias. Falemos apenas nos jornalistas.

Fazendo uma retrospectiva aos tempos mais recentes, tivemos o caso da Manuela Moura Guedes que com toda a naturalidade, após perder a protecção do marido, foi afastada dos ecrãs pois em bom rigor denegria ainda mais a imagem da TVI. Apesar de ela estar convencida que o que faz é jornalismo, aquilo não era mais que tempo de antena para poder expressar as suas opiniões viscerais.

Outro baluarte do nosso jornalismo, o Mário Crespo, entrou numa fase de decadência onde ataca tudo e todos. E como se acha acima de qualquer crítica, faz-se de vitima por não publicarem as suas coscuvilhices – para ser notícia teria de ser mais que o diz que disse e eu ouvi dizer – com todo o respeito que ele me merece. Um exercício de vitimização para gerar “apetite” para o seu livro, com depoimentos aos deputados de uma verdade muito pessoal.

Agora foi o Paulo Pinto Mascarenhas do i, tal qual Judas, a apresentar um artigo que de jornalismo nada tem em prol da promoção do seu nome. Patético, tanto ele como o jornal em si. Não esperava isto do Martim Avillez ….. que desilusão!

Um dos segredos mais bem guardados da blogosfera era quem seria o homem por detrás do blog O Jumento. Um blog de cariz político, que não estava colado a um partido ou dogma e com uma visão crítica e mordaz da nossa sociedade. Uma fonte de inspiração para muitos, incluindo eu próprio. Apesar de perseguido por todas as facções e governos, incluindo a justiça e a Interpol, continuava a escrever e a expressar a sua opinião de forma livre e não condicionada.

Qual a vantagem que o jornal i pretendeu com este artigo? Que ganha com isso? Que ganham os leitores? Quem mais senão os partidos ficaram felizes? Qual o interesse jornalístico desta notícia? Isto é notícia ou coscuvilhice de alcoviteira? Porquê?


Judas vendeu-se por 30 moedas de ouro ….. e tu Paulo, por quanto te vendeste? Ou terá sido apenas por pura inveja de reconhecidamente não teres a mesma capacidade e sagacidade d’ O Jumento? Consegues olhar-te ao espelho sem sentires vergonha? ….. dúvido!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Decisões ponderadas

Certas pessoas decidem pela razão, outras pela emoção. Certas decisões são maturadas e outras fruto do momento. Os mais aventureiros arriscam mais, algumas vezes no incerto, o que não quer dizer que sejam decisões espontâneas ou não pensadas. Apenas que arriscam mais.

Esta é uma área onde as semelhanças entre a vida profissional e a pessoal são muito parecidas. Em ambas devemos pensar bem antes de tomar uma decisão, seja ela a que for. Dependendo do impacto das nossas decisões, algumas merecem uma reflexão profunda, sempre mais com a cabeça que com o coração.

Em termos profissionais, uso muitas vezes uma expressão muito conhecida – “uma má decisão é melhor que uma não decisão”. Algo que os vários decisores de empresas e governos padecem muito ….. vão adiando as decisões até ao momento que elas têm de ser impreterivelmente tomadas ….. e nesse caso, maioritariamente são tomadas de forma arbitrária e fruto de um evento ou emoção. Acontece.

Certas decisões que consideramos importantes vão sendo amadurecidas, devidamente ponderadas e tal qual uma escultura, vão tomando forma ….. até ao momento que até uma simples brincadeira desperta um click ….. está decidido …..

Após este passo, a questão que se coloca é sempre o quando ….. e a nossa mente tem tendência a associar a alturas chave ….. o que no caso das dietas é quase sempre na segunda-feira seguinte ….. ou a determinada data que nos diz algo de marcante, independentemente de o ser pela positiva ou pela negativa ….. correcto ou não, é o que acaba sempre por acontecer.

As melhores decisões são as tomadas de forma ponderada. Independentemente da sua assertividade, são aquelas que no nosso intimo consideramos certas, e isso ajuda a superar muitas dificuldades, mesmo que isso signifique os laços emocionais que são os mais difíceis de quebrar.

Está decidido ….. tem data marcada.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma última vez

“Todos os cogumelos são comestíveis ….. alguns apenas 1 única vez”

Ontem faleceu mais uma pessoa conhecida e familiar. Depois de uma vida de enormes dificuldades, todos os problemas conduziram a problemas cardíacos e, depois mais um episódio de enorme stress, o coração cedeu ….. foi a última preocupação ….. acabou.

Podemos saber que tempos contas para pagar e que em breve a idade da reforma passará para os 67 anos ….. e depois 70 ….. e que no emprego não nos dão o valor da nossa ausência como em casa, mas a verdade é que andamos sempre em stress ….. cada vez mais ….. efeitos da sociedade moderna, mas uma realidade. Não queremos falhar.

De tempos a tempos a natureza chama-nos á razão ….. vemos nos outros os efeitos que sabemos acontecerem, mas achamos que não nos irá acontecer ….. ou estamos preocupados demais para avaliar o resultado ….. até determinados eventos acontecerem.

Por motivos de responsabilidade com terceiros, nomeadamente financeiras e familiares, vamo-nos chateando e irritando ….. e vamo-nos enervando ….. até uma última vez.

Não podendo chutar tudo para o ar, a verdade é que as preocupações têm de ser doseadas e a vida vivida ….. apreciado o que de bom podemos extrair dela, seja isso hoje, amanhã ou apenas um dia ….. aproveitando os bons momentos possíveis de ter e tentando valorizar apenas o que é importante.

Preocuparmo-nos para além do limite tem quase sempre o mesmo resultado ….. espero estar a interiorizar mais as minhas próprias palavras! ….. podemo-nos enervar ….. apenas que uma dessas vezes será a última.

“Olhem sempre para o lado FIXE da vida!” …..

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Queimar fusíveis

Grande parte do nosso dia é passada no trabalho. Começamos cedo, muitas vezes nem almoçamos convenientemente e ficamos até tarde, deixando os filhos em colégios ou com tios, avós ou outras pessoas após o horário escolar.

Muitas vezes não satisfeitos com isto, ainda levamos os problemas e as preocupações para casa, afectando aqueles a quem queremos bem. Vários são os que conseguem dormir sem se que este tipo de preocupações afecte, outros, pura e simplesmente deixam de conseguir descansar. Por mais que queiram, a mente não pára.

Devíamos ter um botão para desligar ao sair do escritório e voltar a ligar quando lá chegamos no dia seguinte …..

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Baixa

Desde sempre ouvi dizer que a melhor baixa era por motivos psicológicos. Na prática é uma baixa que qualquer um finge, e que qualquer médico ou acredita ou finge que acredita, já para não afirmar outras coisas. E devido á sua natureza, permite a quem está de baixa poder se movimentar livremente.

Aparentemente a Manuela Moura Guedes tem um esgotamento e estará nesta condição. Por acaso faz tudo para aparecer em tudo quanto é sítio, seja de dia ou em festas nocturnas ….. e até se dá ao luxo de exigir ser ouvida mas não pode ser a primeira a falar. Apesar de estar de baixa, pode acompanhar o processo “Face Oculta”. Como é que alguém nestas condições estaria em condições de semelhante acto?

Esta “baixa” faz-me lembrar quando um ex-jogador do Benfica era fugitivo da justiça Portuguesa e esteve a estagiar no Algarve sem problemas. Todos sabiam que ele lá estava, assunto massivamente apresentado pelos jornais desportivos, com excepção da nossa polícia. Também a Manuela aparece em tudo quanto é local, sendo do conhecimento dos jornais e da justiça, com excepção dos delegados que investigam as baixas fraudulentas.

Ela que tanto fala em dois pesos e duas medidas, faz exactamente isso, ás custas dos impostos de todos nós. Estranho …..

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Em standby

Vivemos neste momento um clima de impasse político. Após semanas de avanços e recuos em várias vertentes, chegamos a uma situação de standby de decisões. O xadrez político está com as peças espartilhadas e qualquer jogada de ataque é possível. Estamos numa fase de contagem de “espingardas”.

Por um lado temos um primeiro-ministro que comprovadamente mente ao país e aos órgãos de soberania, tal como a Assembleia da República. Na prática, é quase irrelevante pois enquanto político, assumimos sempre que se der mais jeito, ele mente. E são todos iguais. Ainda recordo as afirmações do então ministro Morais Sarmento sobre a RTP. O que um político diz só é verdade se publicado em Diário da República ….. e mesmo assim, pode sempre ser revogado.

Face a um cenário destes, obviamente o PM deveria demitir-se ou o PR o demitir, porém, estamos numa situação de crise tão grande que ninguém quer que ele se demita, por mais que minta. O PR por sua vez não o pode demitir porque o seu partido vai a eleições, ou seja, só depois de haver um novo líder com um ou dois meses é que poderá demitir o governo para dar uma mão ao seu partido, mas aí já poderá ter passado esta fase. Por muita vontade que ele tenha, é que não pode mesmo deitar o governo abaixo ….. deve ser cá uma azia para aqueles lados!

O cenário de faz-de-conta atinge hoje em dia tamanhas proporções, que até o ‘The New York Times’ noticiou ontem que os bancos de Wall Street ajudaram alguns países europeus, em especial a Grécia, a ultrapassarem os limites de endividamento impostos por Bruxelas na última década. Em plena crise, a mentira continuou a imperar ….. a bem de uma pseudo-estabilidade, manteve-se tudo em standby.

Veremos o que irá acontecer nas próximas duas semanas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ironias do destino

O destino às vezes funciona por desígnios estranhos. Lembro-me sempre de um jogo em que o melhor jogador em campo falhou o penalti decisivo. Poderia ter saído em ombros, marcado para sempre de forma positiva na história do clube, porém, quis o destino que fosse de forma diferente.

Não vou procurar razões onde apenas a filosofia impera ….. isso fica para pessoas como a Joana Amaral Dias ….. apenas observo e constato como a vida algumas vezes pode ser muito estranha ….. escrita por alguém com um sentido de humor cínico e perverso ….. no mínimo.

Certos momentos, frases e comemorações carregam sentimentos positivos e negativos, misturados num cocktail de emoções ….. ficamos na dúvida se os devemos encarar pelo lado positivo das lembranças, ou negativo pelo que quer que seja ….. é difícil ….. a vida ás vezes é madrasta ….. irónica e cruel.

Um dia é apenas o que é ….. um dia.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Quando a palavra nada vale

Há 2/3 séculos atrás, a palavra era uma questão de honra. Obviamente que mentirosos sempre os houve e haverá, porém, a noção estava lá. Eram efectuados negócios apenas baseados na palavra e um aperto de mão. Hoje em dia a palavra vale muito pouco.

Esta semana tivemos duas pérolas dos nossos políticos, tanto do PSD como do PS para que um não fique a rir do outro. A honra banalizou-se a uma mera figura de retórica. Não só nada vale, como já ninguém liga.

Do lado do PSD tivemos um candidato a presidente do partido que, após ter há poucos meses dito que não era candidato e iria honrar o seu mandando europeu, assim como aparentemente terá dado o seu apoio e palavra a outro candidato, deu o dito pelo não dito. Sabendo que o mais forte candidato iria falar na 6ª-feira, que por acaso é o visado anteriormente, retornou ao país mais cedo apenas para fazer a sua candidatura 2 dias antes.

Todo o seu discurso erróneo apresentado na prática nada diz e nada configura senão uma traição a um colega e/ou amigo e mais uma desculpa esfarrapada de um político. Se não é as condições socioeconómicas, é uma questão de urgência e dos mais altos valores do país ….. engraçado a abnegação dos nossos políticos pelo país ….. nunca é um desejo pessoal ….. curiosidade.

Do lado do PS, que por acaso é governo, o caso é mais grave. Se tivermos em consideração a linha temporal dos acontecimentos, chegamos á conclusão natural que o primeiro ministro sabia antecipadamente do negócio da TVI ….. o que naturalmente teria de saber devido á sua golden share ….. e como tal as suas afirmações ao parlamento de que nada sabia não eram verdade.

A palavra hoje em dia pouco ou nada vale ….. ou é mentira logo á nascença ou vem com um período de validade ….. demasiado dependente dos acontecimentos ….. frequentemente dependente dos acontecimentos ….. especialmente em política.

A relatividade da segurança

Por natureza o ser humano é algo avesso á mudança. Qualquer tipo de mudança. A generalidade é assim. Agarramo-nos á segurança da realidade que conhecemos e ponderamos o risco do incerto, do desconhecido. E tardamos a assumir o risco de mudar ….. mesmo sabendo que podemos ter muito a ganhar ….. temos medo da segurança do que perdemos ….. nem que seja apenas o saber com o que contamos.

No tempo dos nossos avós, por exemplo, assumia-se que os empregos eram para toda a vida. Aos poucos e poucos, essa noção foi-se ajustando á realidade, sendo muito provável que no futuro sejamos maioritariamente todos meros tarefeiros com períodos de trabalho/tarefas muito claramente definidos.

Embora sabendo que o emprego garantido já não existe, continua a ter a sua “segurança” psicológica. E graças a essa noção, certa ou errada, vamo-nos muitas vezes mantendo ao modelo que conhecemos. É humano.

Decidir que queremos mudar é efectivamente um passo, porém, medir o peso da decisão, especialmente quando envolve muito mais para além de um mero salário, afectando várias pessoas de forma directa ou indirecta é algo que deve ser levado muito a sério e devidamente pensado e amadurecido.

É uma fase que nos leva a meditar muito sobre todos os nossos aspectos da nossa vida. A parar e pensar. Pesar vários aspectos reais e concretos. Nesta equação é também necessário pensar quer a médio/longo prazo do que queremos da nossa vida e, algo que nos esquecemos por vezes, o custo do não arriscar. Ou seja, o impacto de viver uma situação desconfortável ou monótona pode fazer á nossa vida e com isso o impacto negativo que iremos ter naqueles que nos rodeiam. Causa e efeito.

Em tempos ouvi uma expressão em que muitas vezes penso: “O apaziguador é o que vai alimentando o leão com esperança de ser apenas comido no fim”. Ao mudar, podemos perder muito, ás vezes materialmente, outras emocionalmente e na generalidade das vezes familiarmente ….. mas não mudar pode ser apenas um mero adiar do inevitável.

Boa ou má, a situação que vivemos dá-nos uma certa segurança, mas ela existe mesmo? Será que essa pseudo-segurança nada mais é que o nosso desejo de ter segurança?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Casa das malucas

O problema de opinar antes de se conhecerem os dados todos é que podemos estar a cometer um erro ao atacar ou defender alguém. A nossa opinião é dada sobre o que se conhece, o que pode não corresponder á realidade.

Num momento que deveria ser de serenidade, quando nos encontramos sobre a atenção internacional pelos maus motivos, deveria haver um pouco mais de contenção ao colocar lume na fogueira. Ficamos de uma forma geral divididos entre a sensação de haver uma orquestração para destruir o Socrates e, uma evidência cada vez maior sobre a sua integridade.

Num país com um défice de 9,3%, com as empresas de ratting sedentas de motivos para nos penalizar ainda mais, temos toda a oposição a legislar acréscimos de despesa e nada em relação a aumentos de receita ….. pouco popular, eu sei. Chegámos ao cúmulo de todos juntos defenderem o que o país inteiro considera indefensável …..mais dinheiro para o buraco da Madeira …..depois de anos e anos a todos maldizerem o regime ditatorial do homem, todos se juntam para lhe dar mais dinheiro ….. que por acaso não temos ….. alguém só pode estar louco.

Depois de milhões gastos numa comissão para descobrir o que se passou com o BPN/Banco de Portugal, que obviamente nada descobriu ou definiu, vamos partir para outra loucura ….. existe ou não tentativa de controlo das notícias pelo governo? Meses e meses de má publicidade em perspectiva ….. alguém só pode estar louco.

Se alguém tem provas de que o Socrates é corrupto, que as apresente de uma forma clara, senão, lembrem-se que ao tentar levar o seu nome para a lama, mereça ou não, estão também a levar o nome de Portugal para a lama.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A falta de coerências dos inúteis

Uma das minhas batalhas enquanto pai é tentar incutir ao meu filhão a noção de coerência. Várias vezes o advirto que não pode dar uma resposta porque no momento lhe convém, sem meditar na mesma, uma vez que mais á frente terá de ser coerente com essa mesma resposta ….. ou sofrer as consequências.

Embora esta regra seja uma referência, todos sabemos que existe uma classe a quem não se aplica ….. os políticos. Num passado recente, o José Sá Fernandes não passava de um pequeno “Zé Ninguém” que procurava os seus 15 minutos de fama, e qual Calimero, qualquer oportunidade era boa.

A sua oportunidade surgiu quando se agarrou que nem lapa às obras do túnel do Marques do Santana Lopes. Com o pretexto dos estudos de impacto ambiental, conseguiu aparecer várias vezes na TV e jornais, mesmo que para isso tenha custado ao erário público vários milhões ..... tal como todos sabiam, naquele caso era apenas um pormenor ….. e o túnel acabou por se fazer ….. muitas centenas de euros mais caro e com um prejuízo enorme para quem teve de procurar caminhos alternativos. Mas ele andava feliz e contente.

Hoje são os moradores do Príncipe Real que receberam garantias de um vereador e sem que qualquer estudo de impacto ambiental fosse efectuado, meia centena de árvores desapareceu. Dito assim parece um assunto propício para o campeão das regras ….. o Sá ….. esse mesmo que tanto gritou e esperneou para TV ver ….. e acredito que devido ao seu enorme gosto por Lisboa o teria feito ….. não fosse ele o causador desta manifestação dos locais. Aparentemente eles não colocaram nenhum providência cautelar às obras por terem recebido garantias do Sá ….. agora também eles sabem o que vale o José Sá Fernandes.

Se os nossos políticos fossem coerentes e não oportunistas, teríamos uma melhor consideração pela classe. Esta seria capaz de captar com mais facilidade bons elementos e não Sás desta vida. Portugal ficaria a ganhar. Os habitantes do Príncipe Real ainda teriam as suas árvores.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Belas Contas

Quem por norma cria um orçamento sabe que na realidade está a gerar um Acto de Contrição de Fé. É impossível, com a antecedência muitas vezes de 3 a 6 meses, saber o que se irá passar num ano inteiro que se segue, porém, não é expectável ou aceitável um descontrolo como o nosso Orçamento de Estado.

Por mais explicações que o ministro Teixeira dos Santos dê, é impossível de justificar como é possível começarmos o ano com a expectativa de que seria difícil não passar os 3%, para chegarmos ao verão com 5 a 6% e acabarmos o ano com 9,3%. Tamanho descontrolo não tem justificação.

Ninguém que seja sério pode cobrar o orçamento ser exacto, até porque nunca é possível prever ou acautelar convenientemente surpresas, mas o controlo e o rigor na sua execução é outra história. Quanto mais a austeridade e o rigor, melhor têm de ser os mecanismos de acompanhamento e auditoria, até porque depois não há tempo de recuperar. Básico e elementar. Numa época de crise, mais premente se torna o rigor atempado.

Depois do falhanço dos mecanismos do Banco de Portugal, pensava que isso teria feito disparar alguns “alarmes”. Independentemente de serem áreas e instrumentos distintos, o âmago é similar ….. os mecanismos do nosso estado de controlar e acompanhar a nossa economia. Chumbaram antes e voltaram a chumbar agora.

Como tudo isto é apresentado e gerido por políticos, com uma preocupação maior na sua “agenda política” do que no país, as únicas dúvidas que tenho é se vão ser criados melhores mecanismos de acompanhamento e se o ministro sabia ou não e decidiu nada dizer. A resposta a estas perguntas é fundamental para saber o que irá acontecer em 2010.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ética e Relações Laborais

Este era o nome do curso que a TAP ia dar para os seus elementos que estiveram envolvidos em trocas de “mensagens” no facebook. Por ser evidente demais, acabou por trocar o nome e convocar também outros ….. mas certas coisas depois de ditas ou feitas, não adianta disfarçar. Está feito, está feito.

Este episódio apareceu numa semana em que um clube de futebol Inglês proibiu os seus jogadores de ter páginas nessa rede social. Uma rede social é como o boato ….. nada é privado e pode-se difundir a uma velocidade estonteante, criando uma onda que pode arrasar pessoas. Ás vezes propositadamente, outras nem por isso, mas o final é o mesmo ….. independentemente das vitorias morais, a realidade é dura e crua ….. fere.

Na prática o facebook e os blogs são semelhantes ….. o que dizemos e escrevemos não é privado. É preciso ter atenção ao que se diz. No caso acima referido e ao contrário de mim, parece que não foram falados nomes incluindo o da empresa, mas tudo se soube, incluindo os jornais. Como não sei o que foi dito, não posso opinar sobre a ética, mas uma coisa pode ser dita ….. foi fácil perceber de quem se falava …..um aviso.

Será ético falar sobre a empresa ou da vida pessoal de colegas? Se sim, como estabelecer a fronteira entre a “conversa de café” e a difamação?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fase audio-negra

Desde os tempos da imprensa apenas escrita que existem os bons e os maus jornalistas. Desde que existe concorrência na televisão, existe para além desta distinção uma similar para os programas e os conteúdos dos canais. Ultimamente estamos na fase das notícias sensacionalistas.

Qualquer criança que assista às noticias tem sempre uma ideia negativa do que os adultos vêem ….. “só dão desgraças!” ….. ultimamente até os adultos ficam com essa opinião. É impressionante a necessidade que os responsáveis pelos conteúdos têm demonstrado de ao invés de primar pelo positivismo, primarem exactamente pelo inverso. É quase uma competição de quem consegue ser pior ….. parece o jornal “O Crime” convertido para a televisão.

No caso do Haiti, acho que têm sido mais as imagens de mortos que qualquer outra e, á medida que o tempo vai passando, a única diferença visível é a quantidade de moscas por polegada que podemos televisionar. Parece que o que interessa é acima de tudo chocar ….. podiam passar imagens apenas da destruição ou das massas que procuram alimentos, cumprindo assim o dever de informar e transmitindo a necessidade daquele povo de ajuda internacional ….. mas não, o foco tem sido e continua a ser os corpos sem vida espalhados por aí. A continuar desta forma, a próxima gala da televisão pode perfeitamente ter um prémio para o programa com maior nº de desgraças apresentadas ….. sem necessidade.

Neste capítulo não é fácil suplantar a TVI e ontem então foi mesmo impossível ….. para além das notícias, às 21:00 passou uma reportagem especial sobre “O estripador de Lisboa” ….. o que me parece o ideal de passar a essa hora, pois claramente as crianças já dormem há horas ….. mas enfim, o problema deve ser meu pois este canal é líder de audiências.

Imaginem-se parte de uma equipa que chega ao local do terramoto. São recebidos pelo responsável que faz o enquadramento. Qual será o vosso espírito e estamina na entrega se ele começar o discurso de uma das seguintes formas:
- “Precisamos do vosso empenho ….. o tempo urge ….. quanto mais horas passarem, mais baixas serão as hipóteses de salvar mais pessoas”
- “Precisamos do vosso empenho ….. o tempo urge ….. as hipóteses de salvar mais pessoas são quase nulas, mas vamos tentar”

É especialmente em tempos difíceis que é preciso ser positivo. Uma onde de negativismo gera negativismo e uma onda de positivismo gera positivismo ….. quem quer voar pode escolher entre umas asas e uma ancora, mas apenas uma delas pode ajudar ….. ou se não o fizer, pelo menos não atrapalha.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Quando somos mal interpretados

Recentemente passei por algumas situações que me fizeram pensar um pouco neste tema. Muitas vezes dizemos algumas coisas ou tomamos certas atitudes com uma finalidade clara e definida, porém, quando achamos que estamos na mais profunda ingenuidade e percebemos que nos interpretaram mal, ficamos chateados. Mesmo não considerando isso importante, é difícil não ligar ao que os outros pensam ou podem pensar de nós.

Como um mal nunca vem só, parece que neste capítulo fui atropelado por uma camioneta cheia do que provavelmente foram interpretações erradas. Num curto intervalo de tempo um mail de simpatia pode ter sido levado para o mal, um mail de pergunta sobre acompanhamento de leitura o mesmo fim e o empréstimo de um livro que por lapso levava uma dedicatória como sendo um possível acto deliberado. Que semana tramada!

O meu chefe costuma dizer e com razão que quando temos um problema, na realidade temos dois. Podemos ou não ter o problema que nos apontam, mas de certeza que temos o problema da pessoa que nos disse achar que o temos. Pelo menos um dos problemas temos.

É uma sensação horrível de sabermos que fazemos algo com uma intenção e a percepção ser outra. Acho que a única forma é mesmo explicar a quem gostamos o que tem de ser explicado, o que será fácil se souberem que somos honestos, e não dar azo aos restantes para consolidarem uma má interpretação. Honestamente acho que é a melhor solução, mas aceito opiniões e sugestões.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

TGV para Madrid

O TGV tem sido pródigo em pérolas fonéticas dos nossos políticos. Ao ritmo que elas acontecem, quando ele estiver construído ….. assumindo que o é ….. serão necessários vários volumes para compilar tanta besteira.

O comentário de ontem foi de que poderemos passar a ser uma praia de Madrid ….. com direito a ligação a Setúbal e tudo. Parece-me natural que um cidadão de Madrid passe diversas horas para vir tomar um banho aqui, longe do Algarve.

Parece-me evidente que irá reduzir os voos entre Lisboa e Madrid, face ao número cada vez maior de pessoas com receio de voar, assim como a grande vantagem de um meio destes ….. não há aquele teatro da entrada no avião. Será chegar e entrar, independentemente das bagagens. Muito mais prático.

Construir uma infra-estrutura destas que irá hipotecar as nossas contas ainda mais, merecia uns comentários mais dinamizadores do que a ideia de nos tornarmos somente uma praia de Madrid ….. merecia!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Onde fixar o limite

O casamento de duas pessoas do mesmo sexo é um tema onde tenho dificuldade em ter uma posição clara. Por um lado tenho toda a minha cultura religiosa e preconceituosa sobre o tema, por outro tenho toda a minha maneira de ser descomplexada e avessa a falsos moralismos. Colocando os argumentos contra e a favor nos pratos da balança, a minha opinião teima a não tender para nenhum dos lados.

Uma das razões que me prendem à aceitação desta forma de casamento, para além de assentarem numa decisão de cariz eminentemente pessoal, são os benefícios legais associados a um casamento e aos direitos básicos conferidos por esta instituição, como por exemplo a assistência na doença. Vivi bem na pele o que é precisar ou poder ajudar quem na doença precisa de apoio. Para além disso, não faz sentido uma vida construída a dois, independentemente do género, e no final, a herança vai para qualquer outra pessoa apenas porque é da mesma família, podendo mesmo ter ostracizado a pessoa pela sua orientação sexual. É uma questão de justiça social.

Costuma-se dizer que gostos não se discutem e até percebo uma das componentes da homossexualidade ….. por brincadeira digo que sou do mais lésbica que há ….. percebo portanto as mulheres gostarem de mulheres ….. não existe nada mais fascinante que uma miúda inteligente e gira.

No caso da homossexualidade, a definição é de que os casais gays não podem adoptar, porém, de forma separada podem adoptar, procriar, inseminar ou qualquer outra forma de ter um filho. A fronteira estabelecida foi a do falso puritanismo, a da visibilidade da aparência. Porquê?

Em relação aos vários argumentos sobre o casamento gay, não percebo porque foi estabelecida a fronteira aqui. Se a decisão foi abrir a instituição do casamento, porque não permitir legalmente a bigamia? Se 3 ou mais pessoas decidem que querem partilhar a sua vida, porque não o podem fazer? E fazendo uso da nova permissão legal, essas três, quatro ou até uma dúzia podem até ter qualquer género.

Como estabelecer os limites, tendo estes ultrapassados os princípios católicos que são a base da fundação deste país? Porque razão se estabelece mesmo limites?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dois passos atrás

Todos nós temos muitas vezes a sensação de que fazemos o correcto numa determinada situação. Pensamos nas nossas atitudes e achamos que estamos certos, e que naquela situação deveriamos ter dito isto ou feito aquilo. É humano.

Somos capazes de achar que alguém não devia insistir numa determinada acção, visto estar a pressionar ou forçar demais, porém, sem mesmo nos apercebermos, somos capazes de estar a fazer exactamente isso alguns instantes depois, se calhar até com muito mais veemência. Mas estamos tão certos de estar correctos, e no timming certo, que nem nos apercebemos estar a repetir algo que acabámos de condenar. Nós estamos certos.

Na grande maioria das situações de stress ou desgastantes, o dar dois passos a trás e analisar friamente a situação potencia grandes vantagens. Pensar no que está a ser feito correcta e incorrectamente pode ser muito esclarecedor, porém, é preciso ter a consciência da análise. É preciso pensar na acção em si e não em quem a pratica, com risco de desvalorizar o erro. E depois ter a consistência necessária para não caudicar.

Quando tudo o que acabei de falar se refere a um ente familiar problemático, especialmente envolvido num longo caminho de desgaste, qualquer pensamento ou opinião pode ser mal entendido, pelo que acabamos muitas vezes por assistir um pouco na retaguarda, esperando que os envolvidos façam exactamente isso ..... tenham a clarividência de dar dois passos a trás e analisar a situação ..... não é fácil ..... para ninguém.

Existem dois grandes conselheiros que são de aplicação na vida e no trabalho:

1. Dar dois passos a trás, tentar aliarmo-nos da situação e pensar como alguém acabado de chegar a resolveria
2. Se tivessemos de dizer como o nosso filho deveria actuar, o que lhe diriamos ser a atitude correcta

Mas entre o deveria e a realidade .....