terça-feira, 16 de março de 2010

Aplicabilidade

Tudo no mundo é relativo. Quando queremos, a mesma acção tanto pode servir uma finalidade, como ser aplicada no seu inverso, tudo dependendo de como é contextualizada. A diferença está na justificação da argumentação utilizada.

Com vista a denegrir a imagem do governo, na persecução do objectivo de o derrubar para ser governo, o PSD tem aproveitado a questão da pseudo-liberdade da imprensa. Todos sabemos que quem está no poder tentará sempre pressionar a informação que é difundida, minorando estragos e potenciando publicidade positiva. Sempre foi assim e sempre o será, independentemente da força política que governar. É a natureza humana.

Como expoente máximo desta prorrogativa, relembro que na invasão do Iraque os jornalistas foram preparados e houve um controlo do que era transmitido. A visão que o mundo teve da invasão inconstitucional foi a que os americanos quiseram passar. Mesmo sabendo da sua ilegalidade, fomos condicionados da mesma forma que Hollywood já o fazia com os filmes dos índios e dos cowboys. Somos levados a tomar parte por um dos lados …..a inexistência do contraditório dita as suas regras.

Voltando á nossa realidade, vimos uma oposição liderada naturalmente pelo PSD a apanhar a boleia da liberdade de imprensa para atacar o governo. Foi formada uma comissão e um inquérito tal é a importância atribuída á liberdade de expressão, porém, esse mesmo partido aprova nos seus estatutos a condicionalidade de expressão dos seus elementos. E se o fazem no seu partido, sobre os que partilham os mesmos ideais, o que não farão sendo governo sobre todos os outros?

Nos últimos tempos o conceito de “liberdade de expressão” tem sido violada e vilipendiada de uma forma assombrosa. É esta regrai no PSD, as orquestrações do PS, a verdade pessoal de alguns jornalistas, chegando ao extremo de um jornal que faz de uma denuncia do autor anónimo de um blog um texto que designaram de notícia.

Analisando cada um deles per si, os argumentos utilizados pelos seus subscritores legitimaram essa sua posição, de uma forma na sua opinião para além de qualquer dúvida e só por ignorância de nós, comuns mortais, é que se poderia pensar de outra forma. O director do dito jornal disse-me mesmo que era isso que os faziam o melhor jornal ….. no comments.