Estamos a chegar perto
das eleições europeias e da data de saída do período de soberania da Troika sobre nós. Estamos pior que no
princípio, e, pior, muito pior, que no passado por uma razão muito simples ….. perdemos
a perspetiva de futuro. E isso faz toda a diferença.
É prática de quem já
esteve na ribalta política ter uma frase do tipo “antigamente éramos (ou era) melhor”. Ouvimos isso sobre a política
e os políticos, mas a verdade é que é pura mentira. Os políticos de antigamente
não eram melhor que os de agora ….. reconheço que eram mais eloquentes pois
neste momento o único “animal político” que existe (para mim), é a bicha não
assumida que se mantém em lugar cada vez mais de destaque ….. pode ser um comentário
homofóbico, e desculpem a quem possa estar a ofender, mas acho que se calhar é
por isso mesmo ….. a sua vaidade feminina impõem-lhe manter-se na “ribalta”.
São tão fracos e
mentirosos os de hoje como os de antigamente, apenas menos populares por serem
conhecidos à menos tempo, mas é apenas essa a diferença que consigo
identificar. Digam o que disserem, para mim estes políticos não são piores que
os anteriores, são apenas os atuais atores políticos. Nem piores nem melhores,
apenas atuais.
Estamos numa época que
depois de tanto desalento, sabemos que o PSD que está no poder é uma desgraça e
só afundou o país mais do que já estava, o PS demasiado fraco para ser uma
alternativa e todos os demais partidos são uma falácia para fazer número. Atravessamos
um túnel num momento que não vislumbramos nenhuma luz lá bem no fundo ….. até
pode ser que esteja uma curva qualquer próxima que impossibilite isso, mas esta
é a situação atual ….. ao fundo do túnel ….. nada …..
É a recriação da história
trágica de Pedro e do Lobo. Depois de muitas promessas sabemos hoje claramente
que o problema é um estado “monstruoso” que não conseguimos sustentar, que não
existe nem dificilmente existirá num futuro próximo alguém com “tomates” para o
enfrentar ….. e peço desculpa pela palavra “enfrentar” ….. os lobbies
instalados são demasiado fortes para a nossa tacanhez …. e a solução que é
usada há 20 anos é sempre a mesma ….. mais impostos. Solução pré-histórica que
já vem desde os tempos dos reis e seus impostos, mas perfeitamente atuais. A
famosa reforma do estado é tão somente uma frase que vale tanto quando a “no more taxes”. Tal qual uma miss no concurso Miss Universo tem de dizer “eu
quero paz mundial”, os nossos políticos têm de dizer “a nossa solução não
passa por aumentar impostos” ….. mas vale zero pois desde o 25 de Abril …..
para não recuar mais ….. é apenas uma frase oca …. tem de ser dita pois faz
parte do teatro e está no guião ….. mas ninguém na realidade acredita no que
ouve ….. apenas faz parte.
Já desde os tempos dos
romanos que se referiam a nós como aquele povo que “não se governa nem se deixa governar”. A Troika era a nossa esperança alguém viesse de fora e fosse capaz de meter ordem na casa. Eu
fui um dos que fiquei triste/contente com o pedido de ajuda ….. triste pelo fracasso
que isso representa enquanto país ….. contente por alguém sem compromissos
eleitorais e de clientelismo pudesse ser isento e gestor ….. mas já o
ditado diz, uma boa ideia de nada vale se a implementação for fraca ….. e foi o
que aconteceu. Uma desgraça e ainda a procissão
vai no adro.
Tivemos o azar dos
interlocutores casuais do momento em que tudo aconteceu ….. internos e externos
..... serem uma desgraça ….. acho que pior até podiam ser …… podem sempre ….. mas convenhamos
que era difícil.
Estamos a chegar a uma
época de eleições europeias e nada se ouve de concreto sobre a Europa para
podermos decidir em quem votar ….. se é que a Federação Europeia não é apenas
uma ilusão. Ao que tudo indica serão umas eleições centradas nos partidos
nacionais ….. um role de nomes para exportar com vantagens milionárias para os
mesmos ….. claramente por “pagamento” e não por competência ….. e nada mais que
isso ….. excepto o eterno discurso nacional de “vamos castigar o partido no poder” …. vão e mesquinho como o somos
enquanto povo.
A pergunta que faço é o título …. Alguma coisa temos de conseguir fazer ….. sendo que o voto não é a
solução, apesar de o fazer por considerar um direito e um dever, fica-me o
pensamento para o qual não consigo vislumbrar ideias e agradeço a ajuda de quem
tiver uma ideia que seja …..
Estamos a chegar ao 25
de Abril ….. onde algo foi feito ….. nos dias que correm não se impõem uma
revolução armada ….. claramente ….. mas algo deveria ser possível fazer.
….. aceitam-se
sugestões.