terça-feira, 30 de março de 2010

Apostas

Na vida fazemos várias apostas. Apostamos num curso ou educação, nos amigos, nas namoradas/mulheres, no emprego, na carreira …. enfim, no futuro.

Fazemos apostas do que nos parece certo, sabendo que a imprevisibilidade existe. Pensando no que temos e no que poderemos ter, apostamos em algo ….. os mais afoitos na mudança, os mais cautelosos na inércia de nada mudar ….. mas todas as opções constituem em si apostas.

Em termos profissionais, as mudanças nas organizações podem catapultar uma pessoa para o topo, mas também podem vir a tornar-se num beco sem saída ou em que o melhor é voltar para trás. Nunca sabemos ao certo, e só temos a certeza do que poderia ser quando já estamos a analisar o que foi ….. fazemos apostas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Estupidez futebolística

A degradação da condição humana é sempre lamentável! Mais triste é quando o tempos de assistir com amigos próximos.

Comparar por exemplo, os comentários do Miguel Sousa Tavares quando fala sobre a contemporaneidade ou politica e quando fala sobre o seu FCP, é bem demonstrativo disso mesmo. É como se lhe tirassem o cérebro e o resto desse aquele triste espectáculo ….. não é o único ….. pena.

Não sendo um aficionado em futebol, limitando-me a ter uma preferência clubista, acho sempre estranho como se torce ou fica feliz por um clube estrangeiro em detrimento de um Português ….. as mesmas pessoas que depois são capazes de ficar indignadas com essa posição lusa relativamente aos produtos de consumo ou ao nosso turismo noutros ….. não consigo perceber ….. as minhas desculpas por isso!

O futebol é como uma montanha russa, uns dias no alto, outros em baixo ….. tirando o tempo da televisão a preto e branco, apenas esta época o Benfica voltou a jogar futebol ….. mas de bestial a besta é apenas um instante ….. serem a única equipa ainda nas competições europeias e ver a “festa” que alguns adeptos fazem, parecem-me foguetes a mais, gastos antes do tempo certo ….. não seria melhor esperar para ver como acaba a história?

Sinceramente espero que o Benfica ganhe a liga europa ….. e perca o campeonato para o Braga ….. boa sorte com o Liverpool! ..... espero que me poupem a mails e comentários demonstrativos da pobreza da condição humana quando o clubismo supera a racionalidade.

Qual a gloria na vangloria do infortúnio dos outros? Qual a grandeza disso?

terça-feira, 16 de março de 2010

Aplicabilidade

Tudo no mundo é relativo. Quando queremos, a mesma acção tanto pode servir uma finalidade, como ser aplicada no seu inverso, tudo dependendo de como é contextualizada. A diferença está na justificação da argumentação utilizada.

Com vista a denegrir a imagem do governo, na persecução do objectivo de o derrubar para ser governo, o PSD tem aproveitado a questão da pseudo-liberdade da imprensa. Todos sabemos que quem está no poder tentará sempre pressionar a informação que é difundida, minorando estragos e potenciando publicidade positiva. Sempre foi assim e sempre o será, independentemente da força política que governar. É a natureza humana.

Como expoente máximo desta prorrogativa, relembro que na invasão do Iraque os jornalistas foram preparados e houve um controlo do que era transmitido. A visão que o mundo teve da invasão inconstitucional foi a que os americanos quiseram passar. Mesmo sabendo da sua ilegalidade, fomos condicionados da mesma forma que Hollywood já o fazia com os filmes dos índios e dos cowboys. Somos levados a tomar parte por um dos lados …..a inexistência do contraditório dita as suas regras.

Voltando á nossa realidade, vimos uma oposição liderada naturalmente pelo PSD a apanhar a boleia da liberdade de imprensa para atacar o governo. Foi formada uma comissão e um inquérito tal é a importância atribuída á liberdade de expressão, porém, esse mesmo partido aprova nos seus estatutos a condicionalidade de expressão dos seus elementos. E se o fazem no seu partido, sobre os que partilham os mesmos ideais, o que não farão sendo governo sobre todos os outros?

Nos últimos tempos o conceito de “liberdade de expressão” tem sido violada e vilipendiada de uma forma assombrosa. É esta regrai no PSD, as orquestrações do PS, a verdade pessoal de alguns jornalistas, chegando ao extremo de um jornal que faz de uma denuncia do autor anónimo de um blog um texto que designaram de notícia.

Analisando cada um deles per si, os argumentos utilizados pelos seus subscritores legitimaram essa sua posição, de uma forma na sua opinião para além de qualquer dúvida e só por ignorância de nós, comuns mortais, é que se poderia pensar de outra forma. O director do dito jornal disse-me mesmo que era isso que os faziam o melhor jornal ….. no comments.

sábado, 13 de março de 2010

As correntes da inverdade

De tempos em tempos somos inundados com mails a contar uma grande verdade sobre uma determinada personalidade. Nesse mail vêm dados que apoiam toda uma reacção adversa, porém, a veracidade desses dados é sempre uma grande incógnita. Fico sempre a pensar o que ganharam as pessoas que iniciam estas correntes.

Há relativamente pouco tempo recebi um destes. Contava que nos deveríamos levantar em protesto com o Vitor Constâncio, uma vez que ele ganhava uns modestos 25.000,00 €/mês. E diziam várias posições que deveriam ser assumidas e uma série de factos nada abonatórios.

Apesar de crítico da sua actuação, aquela história era uma das que me levava a questionar este tipo de corrente. Semanas mais tarde, li um artigo na imprensa escrita que referia esta corrente, corrigindo o valor do ordenado para “apenas” 17.000,00 €/mês. Apesar de nesta ordem de grandeza isso não ser muito relevante, a verdade é que o mail aumentava o valor do ordenado para gerar revolta nas pessoas, e, acredito eu, isso foi inteiramente propositado.

Esta semana recebi um novo mail, desta vez visando o Alberto João Jardim. Referia uma suposta afirmação do mesmo recusando apoio a Timor, exactamente o mesmo apoio que ele agora solicita. Será verdade? ….. é assim que os boatos começam! Embora a idoneidade do Alberto seja irrelevante, estas notícias têm o condão de fazer estragos secundários, ou seja neste caso, a Madeira.

Mesmo sendo verdade, questiono-me sempre os motivos do início destas correntes. Penso sempre quais os reais motivos por detrás delas. O que estará por detrás disso? Porque razão passaram as pessoas estes mails sem questionar a sua veracidade, sendo que ao fazerem o seu envio, estão a avalisar a informação que lá está. São coniventes com uma mentira.

A internet e os mails têm muitas coisas positivas, mas também muito lixo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Em que acreditamos?

Para além do período de crise económica que estamos a atravessar, vivemos igualmente num ambiente de descrédito total pelos pilares da nossa sociedade.

Desde sempre nos habituámos a não acreditar nos políticos, sendo estes os primeiros a tudo fazer para não serem credíveis. Á boa maneira Portuguesa, apesar da ideia generalizada sobre a classe, se formos falar com eles individualmente acham-se bons, o problema são sempre os outros.

Não acreditamos na justiça, dando esta sistematicamente provas de ser um autêntico faz-de-conta. Enquanto por exemplo nos Estados Unidos sabemos que ela funciona para todos, sabemos que aqui só é preso quem assalta na rua. As Fátimas Felgueiras da vida se são condenadas, é sempre com pena suspensa e, as excepções como o Isaltino, sabemos que o são por motivos políticos. Sabemos que a generalidade dos nossos magistrados pertencem a ordens como a Maçonaria, Opus Dei ou similares ….. conhecendo um pouco o funcionamento destas, onde reside a isenção profissional?

Não acreditamos nos jornais pois estão instrumentalizados pelos grupos económicos a que pertencem, vincadamente associados a facções políticas. Sabemos que vivem também da publicidade, grande factor de pressão, podendo-se em muitos casos ver isso separado por apenas algumas páginas. Sabemos igualmente que servem de arma de arremesso, sendo autênticos pontas de lança nas campanhas de difamação.

Não acreditamos na educação, que é alvo de reformas sistemáticas à anos e anos, com os resultados devastadores quando comparados com os restantes países. O rácio de despesa nessa área da nossa sociedade é assustadora.

Começa a ser difícil ter algo em que acreditar na nossa sociedade. Precisamos de alterar as bases para voltarmos a acreditar. É mesmo preciso.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Colagem ridícula

Tenho assistido marginalmente ao processo de eleições no PSD. Embora apartidário, acompanho q.b. os diversos partidos, se bem que nos processos eleitorais prefiro aguardar o resultado final.

O que me leva a escrever este post é uma característica muito portuguesa que nós culturalmente temos ….. ou somos bestiais, ou somos bestas ….. e pode-se passar de um lado para o outro com muita facilidade.

Reconhecidamente falar de esquerda e direita entre PS e PSD é como falar no símbolo dos jogos olímpicos..... cada circulo é uno e de cor distinta, mas sobreposto em grande parte pelo circulo a seu lado ….. as ideias e programas destes dois partidos são muito semelhantes, quer os seus simpatizantes gostem ou não.

Nas eleições para líder do PSD, a maior arma de arremesso entre os diversos candidatos é a maior ou menor colagem do candidato adversário às ideias do PS. Ouvindo os candidatos, é como se as ideias ou políticas do PS fossem trazer a lepra de volta. E quanto mais se convencer que o adversário pensa como o PS, maior será o ódio visceral dos delegados eleitos.

Certo ou errado, a verdade é que quem governa neste momento é o PS, eleito em sufrágio por um número mais significativo de Portugueses. Certo ou errado, um maior número de Portugueses achou que era o partido que melhor defendia os seus interesses. Certo ou errado, foram as políticas do PS que recolheram maior adesão da população votante. Certo ou errado, foi o que aconteceu.

Os candidatos estão a cair num erro basilar ….. ignorar uma boa ideia ou política por esta ser proposta ou implementada por um adversário, não é sinal de inteligência, é sinal da falta dele. É o mesmo de estar a dizer que se o melhor para Portugal for uma ideia que não é a deles, paciência para o país ….. se foi proposta por outra força política, é para esquecer ….. que se lixe o país ….. o importante é não ser colado a ideias de outros.

Todos sabemos que a política funciona assim, sendo na minha opinião uma das razões para o afastamento das pessoas e a ideia de fraqueza intelectual que temos dos políticos. Sabemos que quando o futuro presidente do PSD for eleito, funcionará neste padrão ….. não era preciso começarem já …..

quarta-feira, 3 de março de 2010

Que nem Judas

Ultimamente temos sido brindados com uma mediocridade assustadora do ponto de vista jornalístico. Por breves instantes vou deixar de lado as tentativas do governo, independentemente do partido, de condicionar as notícias. Falemos apenas nos jornalistas.

Fazendo uma retrospectiva aos tempos mais recentes, tivemos o caso da Manuela Moura Guedes que com toda a naturalidade, após perder a protecção do marido, foi afastada dos ecrãs pois em bom rigor denegria ainda mais a imagem da TVI. Apesar de ela estar convencida que o que faz é jornalismo, aquilo não era mais que tempo de antena para poder expressar as suas opiniões viscerais.

Outro baluarte do nosso jornalismo, o Mário Crespo, entrou numa fase de decadência onde ataca tudo e todos. E como se acha acima de qualquer crítica, faz-se de vitima por não publicarem as suas coscuvilhices – para ser notícia teria de ser mais que o diz que disse e eu ouvi dizer – com todo o respeito que ele me merece. Um exercício de vitimização para gerar “apetite” para o seu livro, com depoimentos aos deputados de uma verdade muito pessoal.

Agora foi o Paulo Pinto Mascarenhas do i, tal qual Judas, a apresentar um artigo que de jornalismo nada tem em prol da promoção do seu nome. Patético, tanto ele como o jornal em si. Não esperava isto do Martim Avillez ….. que desilusão!

Um dos segredos mais bem guardados da blogosfera era quem seria o homem por detrás do blog O Jumento. Um blog de cariz político, que não estava colado a um partido ou dogma e com uma visão crítica e mordaz da nossa sociedade. Uma fonte de inspiração para muitos, incluindo eu próprio. Apesar de perseguido por todas as facções e governos, incluindo a justiça e a Interpol, continuava a escrever e a expressar a sua opinião de forma livre e não condicionada.

Qual a vantagem que o jornal i pretendeu com este artigo? Que ganha com isso? Que ganham os leitores? Quem mais senão os partidos ficaram felizes? Qual o interesse jornalístico desta notícia? Isto é notícia ou coscuvilhice de alcoviteira? Porquê?


Judas vendeu-se por 30 moedas de ouro ….. e tu Paulo, por quanto te vendeste? Ou terá sido apenas por pura inveja de reconhecidamente não teres a mesma capacidade e sagacidade d’ O Jumento? Consegues olhar-te ao espelho sem sentires vergonha? ….. dúvido!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Decisões ponderadas

Certas pessoas decidem pela razão, outras pela emoção. Certas decisões são maturadas e outras fruto do momento. Os mais aventureiros arriscam mais, algumas vezes no incerto, o que não quer dizer que sejam decisões espontâneas ou não pensadas. Apenas que arriscam mais.

Esta é uma área onde as semelhanças entre a vida profissional e a pessoal são muito parecidas. Em ambas devemos pensar bem antes de tomar uma decisão, seja ela a que for. Dependendo do impacto das nossas decisões, algumas merecem uma reflexão profunda, sempre mais com a cabeça que com o coração.

Em termos profissionais, uso muitas vezes uma expressão muito conhecida – “uma má decisão é melhor que uma não decisão”. Algo que os vários decisores de empresas e governos padecem muito ….. vão adiando as decisões até ao momento que elas têm de ser impreterivelmente tomadas ….. e nesse caso, maioritariamente são tomadas de forma arbitrária e fruto de um evento ou emoção. Acontece.

Certas decisões que consideramos importantes vão sendo amadurecidas, devidamente ponderadas e tal qual uma escultura, vão tomando forma ….. até ao momento que até uma simples brincadeira desperta um click ….. está decidido …..

Após este passo, a questão que se coloca é sempre o quando ….. e a nossa mente tem tendência a associar a alturas chave ….. o que no caso das dietas é quase sempre na segunda-feira seguinte ….. ou a determinada data que nos diz algo de marcante, independentemente de o ser pela positiva ou pela negativa ….. correcto ou não, é o que acaba sempre por acontecer.

As melhores decisões são as tomadas de forma ponderada. Independentemente da sua assertividade, são aquelas que no nosso intimo consideramos certas, e isso ajuda a superar muitas dificuldades, mesmo que isso signifique os laços emocionais que são os mais difíceis de quebrar.

Está decidido ….. tem data marcada.