sábado, 13 de março de 2010

As correntes da inverdade

De tempos em tempos somos inundados com mails a contar uma grande verdade sobre uma determinada personalidade. Nesse mail vêm dados que apoiam toda uma reacção adversa, porém, a veracidade desses dados é sempre uma grande incógnita. Fico sempre a pensar o que ganharam as pessoas que iniciam estas correntes.

Há relativamente pouco tempo recebi um destes. Contava que nos deveríamos levantar em protesto com o Vitor Constâncio, uma vez que ele ganhava uns modestos 25.000,00 €/mês. E diziam várias posições que deveriam ser assumidas e uma série de factos nada abonatórios.

Apesar de crítico da sua actuação, aquela história era uma das que me levava a questionar este tipo de corrente. Semanas mais tarde, li um artigo na imprensa escrita que referia esta corrente, corrigindo o valor do ordenado para “apenas” 17.000,00 €/mês. Apesar de nesta ordem de grandeza isso não ser muito relevante, a verdade é que o mail aumentava o valor do ordenado para gerar revolta nas pessoas, e, acredito eu, isso foi inteiramente propositado.

Esta semana recebi um novo mail, desta vez visando o Alberto João Jardim. Referia uma suposta afirmação do mesmo recusando apoio a Timor, exactamente o mesmo apoio que ele agora solicita. Será verdade? ….. é assim que os boatos começam! Embora a idoneidade do Alberto seja irrelevante, estas notícias têm o condão de fazer estragos secundários, ou seja neste caso, a Madeira.

Mesmo sendo verdade, questiono-me sempre os motivos do início destas correntes. Penso sempre quais os reais motivos por detrás delas. O que estará por detrás disso? Porque razão passaram as pessoas estes mails sem questionar a sua veracidade, sendo que ao fazerem o seu envio, estão a avalisar a informação que lá está. São coniventes com uma mentira.

A internet e os mails têm muitas coisas positivas, mas também muito lixo.