sábado, 26 de junho de 2010

Um ciclo que termina

Hoje termina mais um ciclo para o filhão. Após cinco longos anos, a sessão de hoje de encerramento do torneio da Copa Foot 21 encerrará também o futebol de competição para ele, após passagem por Benfica, Foot21, Sporting e Linda-A-Velha.

Pelo caminho ficam muitos quilómetros, percorrendo Portugal de Norte a Sul ao fim-de-semana, entre jogos, campeonatos e torneios. Muitos nervos e festejos, choros e risos, alegrias e tristezas mas acima de tudo, ficam os bons momentos vividos tanto pelo filhão como dos pais. De todos os que fomos conhecendo ao longo dos tempos, ficam alguns bons amigos para o resto da vida.

Com a vida que levamos, isto apenas pode acontecer com a inestimável ajuda do avô que semana após semana, o ia buscar á escola e acompanhava aos treinos, chovesse ou fizesse sol ….. só assim foi possível face ás exigências dos dias de hoje em termos profissionais.

Sempre dissemos ao filhão que ficava no futebol enquanto as notas fossem boas e que ele quisesse e se divertisse. Apesar de continuar a gostar, considerou que deixou de ser divertido e como tal pretende deixar o futebol ….. assim será.

Termina hoje em festa, como tem sido ao longo deste tempo, olhando para um estádio cheio e no meio de muitas palmas ….. termina um ciclo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Metas

A nossa vida é constituída por metas. Terminar o 1º ciclo, depois o 2º e por aí fora. No dia-a-dia vamos pondo também metas ….. perder peso, começar a ir passear, começar no ginásio, ligar aos amigos, arranjar outro emprego, terminar relações sem futuro, arranjar tempo para ter um filho, ter outro filho, etc.

As metas em si, desde que bem elaboradas, são muitas vezes o que nos permite atingir os nossos objectivos. São o que nos permite ultrapassar o “deixa andar” e atingir resultados. Superar a mediocridade.

Pensava nisto há medida que aproveitando as férias, tenho ido correr todos os dias para as “minhas” salinas. Todos os dias corro sempre um pouco mais que no anterior ….. sempre em pequenas vitórias ….. “agora até á casa ….. agora até á esquina ….. agora até …..” ….. e aos poucos e poucos, vou deixando a inércia que o lastro na minha barriga condicionava.

Certas decisões carecem de cortes radicais, ou da coragem do momento, porém, outras há que aos poucos e poucos vamos lá chegando. O importante é ser consciencioso nas metas que estabelecemos para que sejam exequíveis ….. mas na devida medida do arrojo para nos levar mais além.

A vida é feita de pequenas metas que nos alegram á medida que as vamos conseguindo consumar.

domingo, 20 de junho de 2010

Mimo

Uma festa, um carinho, um beijo, um abraço, um encosto, um sms, um sorriso, um doce olhar de um filho ….. um mimo pode vir de várias formas ….. que bom quando vem.

Ás vezes perguntamo-nos se o merecemos ….. se é mesmo verdade ….. quando o sentimos, sabendo que é para nós não pode haver dúvidas ….. merecemo-lo ….. o que acontece é que ás vezes não nos valorizamos da mesma forma que os outros nos valorizam a nós.

Mimo ….. é bom!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Só um lembrete do Quintana...

Aproveito novamente este “meu” espaço para publicar um texto que não sendo da minha autoria, considero um texto excelente. Parabéns ao seu autor e uma reflexão para todos, especialmente á pessoa que mo enviou ….. para reflectir de manhã e á noite.


'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana


A vida e o presente são preciosos demais para ser desperdiçados ….. perder o presente é coleccionar o que lamentar no futuro ….. boas reflexões!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sim

Existe um filme com o Jim Carey que não teve muito sucesso, mas engraçado de ver ….. Sim. É a história de uma pessoa negativa que decide passar de dizer não a tudo para sim a tudo ….. literalmente tudo.

Tal como um livro, um filme tem sempre uma mensagem para quem o lê/vê. É engraçado como certas mensagens são tão evidentes que todos as vêm, porém, cada um consegue ver algo mais. Uma mensagem somente para si.

Em termos gerais, o povo Português é mais negativista que positivista, e a verdade é que tal como a personagem, quando as situações profissionais e pessoais vão aparecendo, mais facilmente dizem que não do que dizem sim.

Muitas das decisões que temos que tomar são um pouco como quando vamos para uma prancha de saltos para a água, ou um avião de saltos de pára-quedas ….. temos medo daquele sim que é preciso para saltar ….. mesmo sabendo as boas sensações que esse salto provoca ….. pensamos demais de como vamos chegar á água ou ao chão que o que vivemos de permeio ….. e a vida está exactamente nesse meio.

Por natureza aos vários pequenos acontecimentos ou projectos de acontecimentos dizemos logo não ….. vale a pensa arriscar um sim ….. ás vezes vale mesmo a pena.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vá para fora cá dentro

Há muitos anos atrás, o turismo em Portugal não era para o comum Português. Os valores eram maioritariamente incomportáveis para a generalidade e, toda a oferta era destinada aos estrangeiros, chegando os Portugueses a ser maltratados se não fossem ricos ….. o que se pretendia era o estrangeiro que gastava dinheiro. Foi assim no passado.

Em determinado momento da nossa história, a oferta hoteleira cresceu tanto que deixou de ter procura suficiente. Ao mesmo tempo, a nossa capacidade financeira cresceu um pouco. Estes dois factos conjugados com uma crise mundial, fez com que a indústria do turismo olhasse para o problema que tinha em mãos e opta-se e bem para fazer uma aposta no Português – Vá para fora cá dentro. Foi uma aposta ganha em toda a linha.

A campanha em si foi um sucesso e, desde essa altura, os Portugueses começaram a descobrir o seu país. Hoje em dia temos oferta para estrangeiros e oferta para os Portugueses. A questão neste momento é que num momento de crise, as famílias cortam no supérfluo ou então, reduzindo um pouco os seus critérios de conforto, adaptam a sua vida ás suas posses do momento.

É naturalmente descabido achar que por muito bom que a nossa oferta seja, as pessoas não queiram ir conhecer outras culturas e outros países. Num mercado concorrencial, as ofertas lá fora têm de ser comparadas com as cá de dentro e, se puder dar 1.000 € por uma semana num resort tudo incluído em Marrocos não vou dar 1.500 € no Algarve em meia pensão.

É irrelevante que alguém que se acha um iluminado em economia diga qualquer coisa só para não estar calado ….. por acaso costumo dizer ao filhão que quando se é bom, não é preciso estar a lembrar isso, são os outros que o dizem ….. mas isso é outro artigo.

Temos uma boa oferta e um bom produto e isso deve ser o que se valoriza ….. o conhecer o nosso país ….. o gosto de apreciar o que é nosso. Que se continue a promover Portugal e as pessoas continuam com vontade de o descobrir ….. se houver dinheiro para isso, claro.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Não mereciam

A vida tem um grau de injustiça que ás vezes parece saída de um livro escrito por um sádico. Olhamos para a carinha de algumas crianças e não percebemos o porquê de isso acontecer.

Olho para a cara do filhão e não percebo porque ele tinha de ficar sem a mãe que tanto gostava e que tanto amor e carinho lhe dava. Olho para algumas crianças que me estão á volta e não percebo como podem sofrer como sofrem. Crianças que têm pai e mãe e que passam o Dia da Criança, o seu dia, sem um deles ou de ambos. Eles não mereciam ….. ninguém merece.

É triste quando sabemos que qualquer um deles ou os dois poderiam ir ver as crianças, ou, no mínimo dos mínimos, falar com elas e ….. pura e simplesmente, ignoram os filhos ….. é de uma injustiça atroz. Como estou a escrever estas linhas num momento de revolta, a única palavra que me ocorre e que posso transcrever é que são umas autênticas bestas. Como mesmo os pais biológicos são chamados de pais, apenas lamento não haver outro termo para os referir que não envolvesse essa palavra ….. pais.

É com pena que falo com o outro progenitor ou os avós dessas crianças e percebo a sua dor ….. a pena e a angustia que têm pelas crianças ….. imaginar a revolta interior que têm de ter ….. doi.

Todos sabemos que mesmo nos países mais avançados existe o paradoxo da pobreza extrema, e é o que acontece aqui ….. apenas que não é a pobreza material mas sim a pobreza de valores ….. a pobreza de espírito ….. são umas autênticas bestas ….. e digo sem pudor ou qualquer problema de consciência ….. são umas autênticas bestas ….. UMAS BESTAS!

As crianças apenas querem carinho e compreensão ….. tão simples como isso.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dia da criança

Mais do que me armar em Miss Mundo e desejar a paz mundial e afins, ficava muito feliz de ver apenas um pequeno passo:

Gostava de hoje ver as crianças á minha volta felizes ….. aqueles que ainda têm a sorte de ter pai e mãe, receber verdadeiros mimos deles ….. era a melhor prenda que eles podiam ter ….. e não é preciso gastar dinheiro.
Olha sempre para o lado FIXE da vida ..... simples

Restos de tradição

Recentemente voltei a receber a história dos macacos condicionados. É supostamente o relato verídico de uma experiência feita sobre o condicionalismo da mente.

Três macacos são colocados numa jaula com um escadote e bananas no topo. Sempre que um dos macacos subia, os outros apanhavam um banho de água fria. Naturalmente que passado algum tempo, sempre que um macaco tentava subir, os outros batiam-lhe. Passado algum tempo, substitui-se um dos macacos com o resultado esperado ….. ele queria subir e os outros batiam-lhe. Resumindo, passado pouco tempo, não havia nenhum dos macacos originais e ninguém sabia porque o fazia, mas sempre que um dos macacos tentava subir, os outros batiam-lhe.

As nossas tradições são um pouco assim. O conceito de sociedade diz que a pessoa deve crescer, casar e ter filhos. Sempre foi assim. Já cá não estão os que tal ideia tiveram, mas continua-se a pensar que tem de ser assim ….. que os casamentos são para a vida, por mais infelicidade que tragam, que as pessoas têm de ter filhos, mesmo que não saibam ser pais, que a família tem de se manter unida, mesmo que nada tenha em comum, que os casamentos são somente entre pessoas de sexo diferente. Pura tradição macaca.

Os tempos na realidade são outros, e o paradigma da vida mudou. A sociedade foi triturando os conceitos de valor e quase que apenas somos confrontados em como vivemos porque a tradição assim o exige.

Mas aos poucos e poucos vamos vendo mudanças ….. muitas mudanças ….. é bom? ….. é mau? ….. apenas acho que é diferente ….. como estes pensamentos, apenas diferentes.