sábado, 29 de março de 2014

Alguma coisa temos de conseguir fazer

 
Estamos a chegar perto das eleições europeias e da data de saída do período de soberania da Troika sobre nós. Estamos pior que no princípio, e, pior, muito pior, que no passado por uma razão muito simples ….. perdemos a perspetiva de futuro. E isso faz toda a diferença.
 
É prática de quem já esteve na ribalta política ter uma frase do tipo “antigamente éramos (ou era) melhor”. Ouvimos isso sobre a política e os políticos, mas a verdade é que é pura mentira. Os políticos de antigamente não eram melhor que os de agora ….. reconheço que eram mais eloquentes pois neste momento o único “animal político” que existe (para mim), é a bicha não assumida que se mantém em lugar cada vez mais de destaque ….. pode ser um comentário homofóbico, e desculpem a quem possa estar a ofender, mas acho que se calhar é por isso mesmo ….. a sua vaidade feminina impõem-lhe manter-se na “ribalta”.
 
São tão fracos e mentirosos os de hoje como os de antigamente, apenas menos populares por serem conhecidos à menos tempo, mas é apenas essa a diferença que consigo identificar. Digam o que disserem, para mim estes políticos não são piores que os anteriores, são apenas os atuais atores políticos. Nem piores nem melhores, apenas atuais.
 
Estamos numa época que depois de tanto desalento, sabemos que o PSD que está no poder é uma desgraça e só afundou o país mais do que já estava, o PS demasiado fraco para ser uma alternativa e todos os demais partidos são uma falácia para fazer número. Atravessamos um túnel num momento que não vislumbramos nenhuma luz lá bem no fundo ….. até pode ser que esteja uma curva qualquer próxima que impossibilite isso, mas esta é a situação atual ….. ao fundo do túnel ….. nada …..
 
É a recriação da história trágica de Pedro e do Lobo. Depois de muitas promessas sabemos hoje claramente que o problema é um estado “monstruoso” que não conseguimos sustentar, que não existe nem dificilmente existirá num futuro próximo alguém com “tomates” para o enfrentar ….. e peço desculpa pela palavra “enfrentar” ….. os lobbies instalados são demasiado fortes para a nossa tacanhez …. e a solução que é usada há 20 anos é sempre a mesma ….. mais impostos. Solução pré-histórica que já vem desde os tempos dos reis e seus impostos, mas perfeitamente atuais. A famosa reforma do estado é tão somente uma frase que vale tanto quando a “no more taxes”. Tal qual uma miss no concurso Miss Universo tem de dizer “eu quero paz mundial”, os nossos políticos têm de dizer “a nossa solução não passa por aumentar impostos” ….. mas vale zero pois desde o 25 de Abril ….. para não recuar mais ….. é apenas uma frase oca …. tem de ser dita pois faz parte do teatro e está no guião ….. mas ninguém na realidade acredita no que ouve ….. apenas faz parte.
 
Já desde os tempos dos romanos que se referiam a nós como aquele povo que “não se governa nem se deixa governar”. A Troika era a nossa esperança alguém viesse de fora e fosse capaz de meter ordem na casa. Eu fui um dos que fiquei triste/contente com o pedido de ajuda ….. triste pelo fracasso que isso representa enquanto país ….. contente por alguém sem compromissos eleitorais e de clientelismo pudesse ser isento e gestor ….. mas já o ditado diz, uma boa ideia de nada vale se a implementação for fraca ….. e foi o que aconteceu. Uma desgraça e ainda a procissão vai no adro.
 
Tivemos o azar dos interlocutores casuais do momento em que tudo aconteceu ….. internos e externos ..... serem uma desgraça ….. acho que pior até podiam ser …… podem sempre ….. mas convenhamos que era difícil.
 
Estamos a chegar a uma época de eleições europeias e nada se ouve de concreto sobre a Europa para podermos decidir em quem votar ….. se é que a Federação Europeia não é apenas uma ilusão. Ao que tudo indica serão umas eleições centradas nos partidos nacionais ….. um role de nomes para exportar com vantagens milionárias para os mesmos ….. claramente por “pagamento” e não por competência ….. e nada mais que isso ….. excepto o eterno discurso nacional de “vamos castigar o partido no poder” …. vão e mesquinho como o somos enquanto povo.
 
A pergunta que faço é o  título …. Alguma coisa temos de conseguir fazer ….. sendo que o voto não é a solução, apesar de o fazer por considerar um direito e um dever, fica-me o pensamento para o qual não consigo vislumbrar ideias e agradeço a ajuda de quem tiver uma ideia que seja …..
 
Estamos a chegar ao 25 de Abril ….. onde algo foi feito ….. nos dias que correm não se impõem uma revolução armada ….. claramente ….. mas algo deveria ser possível fazer.
 
….. aceitam-se sugestões.