segunda-feira, 11 de março de 2013

No silêncio da noite

 
Às vezes a noite parece que não tem fim. Sozinhos em nossos pensamentos, perdidos num mar de lençóis, tudo está e fica longe. Perdidos e encontrados. Conscientes no tempo e no local. Sozinhos. Em silêncio.
 
O ser humano tem uma necessidade natural de falar. De comunicar. Um dos testes que se faz aos futuros astronautas ou tropas de elite é deixá-los sozinhos numa fala fechada durante muito tempo. Mais cedo ou mais tarde, quase todos começam a falar sozinhos. Aquelas quatro paredes parecem o Adamastor chateado. Quatro paredes juntas com um único resultado. 
 
Às vezes a noite parece não ter fim.