O custo inicial do troço Poceirão-Caia já cresceu 200 milhões de euros e ainda não passou do papel ….. esta será claramente uma obra á Portuguesa ….. cada vez mais parecida á Casa da Música no Porto.
O valor inicial de 1.473 M€ em contrato foi já aparentemente revisto para 1.668 M€, que dará entrada em breve no Tribunal de Contas. Sendo que existem obviamente cláusulas para precaver uma série de constrangimentos, este decerto não será o seu custo final, até porque devem ser poucas as obras em que os projectistas e orçamentistas são suficientemente competentes para que o projecto seja rigoroso. Se pensarmos que nada se constrói sem matéria-prima e que os preços têm tendência a subir, é fácil perceber que o preço não será este.
O troço Poceirão-Caia é isso mesmo, um troço ….. uma parte da ligação Lisboa-Madrid ….. faltam portanto mais troços dentro de Portugal. Qual será o seu custo, até porque os concursos estão parados? De que servirá este troço se por uma questão de crise não chegarmos a construir os restantes? E se estes apenas forem construídos apenas daqui a 15 anos?
O concurso por sua vez estava decerto assente em modelos económico-financeiros. Os modelos matemáticos podem sempre ser calculados em qualquer momento, logo, se o custo foi recalculado, qual foi o valor do recalculo dos proveitos? O binómio custo/beneficio ainda sustenta o projecto, se retirarmos a sua componente estratégica?
O pior que existe numa crise é parar o investimento para canalizar as receitas apenas para gastos, porém, apenas justifica fazer investimentos onde existe retorno. Regra básica de economia ….. qual será a verdade do TGV?