domingo, 24 de fevereiro de 2013

O tempo do tempo


Tudo o que tem um começo, tem um meio e um fim. Em termos de marketing, a curva representativa do ciclo de vida de um produto é basilar para a escolha do investir/desinvestir, sendo que alguns produtos âncora vão-se mantendo ativos por um período de tempo maior ou menor. Mas chegará o momento de serem retirados. Tudo tem o seu tempo.
 
Quando o começo tem uma aceitação muito grande, precisa de pouco ou nenhum investimento. É como muitas fases de namoro, ou seja, apenas se vêm as virtudes. À medida que a excitação da novidade desaparece, começam a aparecer os pequenos defeitos e posteriormente a inadequação a este ou aquele fator. É o momento em que começa verdadeiramente o investimento, ou seja, ou se vai adaptando o produto e promovendo as suas virtudes, ou o tempo vai corroendo a ideia inicialmente criada de beleza e perfeição.
 
É nesta fase que aparece o termo maturidade. Para que o produto se mantenha no topo, é preciso que o mesmo se vá adaptando ao passar do tempo e que quem o utiliza, tenha a perceção clara dos ganhos que tem aquela relação de estabilidade. Tem de haver um sincronismo entre a oferta e a procura, mesmo que seja numa relação fechada.
 
Com o tempo, e por muito bom que o produto em si seja, já deixou de ser novidade, ou seja, tem de possuir argumentos para resistir a outras novidades mais evoluídas ou apenas diferentes, ou ser capaz de manter o interesse e perceber as necessidades de quem “compra”. E é aí que os produtos mais falham e entram na sua fase de declínio. Ficam presos ao que foi o seu passado e ao não investir, são vitimas da equação fundamental de qualquer investimento ….. ganhos passados não são garantia de ganhos futuros.
 
Toda a relação, seja comercial ou social, tem um padrão distinto ….. apenas mantemos o investimento naquilo que nos trás algum tipo de retorno. Se a relação não for equilibrada, entre o que recebemos e o que gostaríamos de receber, por mais investimento que exista da parte do produto o resultado será inevitavelmente o mesmo ….. o ocaso e eventualmente o esquecimento. Vitimas da pirâmide de Maslow, a equidade perde-se. Termina.
 
Sempre foi assim e sempre será ….. o tempo do tempo.