A lei que restringe o
fumo de tabaco nos locais públicos, com especial ênfase nos restaurantes, já
está implementada há tanto tempo que já vamos perdendo alguma memória do antes.
Depois de muita polémica, de muitas vozes que prometeram uma insurreição geral,
como é típico em Portugal, acatámos as novas regras e a vida seguiu o seu
curso.
Hoje em dia a memória
do ambiente de fumo, que retirava muitas vezes o doce cheiro dos petiscos está
quase banido. Poucos são os restaurantes que adotam as áreas de fumadores, não
pela beleza ou generosidade da lei mas pelo que custa estar de acordo com os
regulamentos. E graças á efetividade cada vez maior das inspeções, não compensa
a transgressão. É das poucas áreas em Portugal que não compensa, diga-se.
Encontro-me a escrever
este texto num pequeno bar de praia, em Aveiro, onde é permitido fumar. É tão
estranho este cenário, que não deixa de chamar a atenção. E como as pessoas
foram-se desabituando de fumar nos restaurantes, excepto nas esplanadas, a
verdade é que são poucos os que estão de cigarro na boca. É impossível não dar
atenção a esse aspeto.
Há algum tempo tive a
oportunidade de almoçar 2 vezes num restaurante, uma delas na sala de fumadores
porque não havia mais nenhuma mesa livre e, posteriormente, na sala de não
fumadores, que por acaso até acho ser mais pequena que a outra. Que diferença!
Notava-se que a extração de fumo era muito boa, mas o cheiro estava presente e
incomodava ….. já nem me recordava a última vez que tive uma refeição estragada
pelo fumo.
Felizmente que locais
como estes são escassos, mas permitiu uma viagem ao passado para lembrar de
como era no passado ….. e como é bom utilizar este tempo verbal.