terça-feira, 9 de junho de 2009

Tudo tem o seu limite

Não querendo dissecar sobre os resultados das eleições europeias, resta-me opinar sobre a prepotência e a liderança.

A verdade é que o líder é aquela pessoa carismática que mesmo não sabendo, convence os outros a segui-lo. Se estiver rodeado de uma boa equipa que o apoie tecnicamente, nem precisa de ser um expert no assunto ou empresa que lidera, se bem que a diferença entre saber e apenas liderar pode ser abismal. Qualquer treinador de futebol sabe que por muito bom líder seja e por melhor que seja a sua equipa, se não obtiver resultados, o seu destino é tão somente um.

Muitas vezes confunde-se liderança com prepotência. A famosa frase do Cavaco “nunca me engano e raramente tenho dúvidas” gerou uma nova geração que acha que se “encher” o peito e falar como se fosse dona do mundo, consegue tudo o que quer ..... e que isso só por si é sinónimo de resultados ..... puro engano.

Tenho assistido de perto a alguns exemplos do que é ser prepotente sem resultados, até porque o saber muito sobre um determinado negócio não é sinónimo de saber gerir esse mesmo negócio. E fazendo uso da comparação com o mundo do futebol, acrescento que ser líder então é de outra divisão.

E ser prepotente acima do que é razoável então é do pior que há. Não sei se o PS perdeu as eleições europeias porque as pessoas quiseram castigar os últimos 8 meses de perfeitos disparates do governo, autênticos “tiros no pé”, ou se perderam porque estava na altura de perder, mas uma coisa tenho certeza, e isso é que a prepotência do Vital Moreira extravasou o politicamente correcto e aceitável ..... se ele pensava que era um Deus ..... enganou-se. Apenas obteve os votos dos que sempre votam no PS, independentemente de tudo, todos e em qualquer circunstância. Os detentores de um cartão do partido que pouco mais vêm para além do que o presidente do partido diz.

Tudo na vida deve ter um equilíbrio, e os excessos nunca são positivos de uma forma duradoura e sustentada.