Há relativamente pouco tempo passou na televisão um documentário do Álvaro Barreto sobre as alterações na nossa sociedade desde o 25 de Abril (se a memória não me falha). É um trabalho notável e na minha opinião um retrato fiel.
Quando penso mais recentemente na minha geração, as palavras que vêm desde logo à cabeça são salto tecnológico, constituição da união europeia, era da informação, individualismo e realização profissional.
Em relação a esta última palavra, a minha geração apareceu depois da emancipação profissional da mulher, tanto por necessidade como por vontade, e numa altura em que tirando a típica cunha ou laços familiares, os bons empregos (e ordenados) são para os melhores (políticos à parte). A minha geração apareceu depois da fase em que se saía de um emprego e escolhia-se entre as duas ou três alternativas possíveis.
Um tempo em que se reúnem estas condições é um tempo em que desde cedo sabemos que temos de ser ambiciosos e mentalizamo-nos para dar o máximo e procurar sempre mais. E queremos sempre mais.
Chegando à casa dos 40, mais ou menos 5, altura que noutra geração de emprego para a vida se ficaria “sentado” a viver da situação mais ou menos confortável que atingimos, estamos tão formatados para este “mind set” que não conseguimos parar. Continuamos a querer mais. Mais desafios, mais carreira e obviamente, mais remuneração.
Já não temos a ânsia e vontade que caracteriza a juventude e não sabemos aguardar calmamente a reforma que ainda está muito longe. Queremos mudar e continuar a avançar, mas a idade para outros empregadores e a segurança financeira para a nossa família não são meras superficialidades.
Mediante a nossa vida pessoal e familiar, alguns podem “acalmar” temporariamente para consolidar situações, mas o “mind set” está formatado e cedo ou tarde se fará sentir. Como o emprego é uma relação entre nós e uma organização, e só deve ser mantido enquanto for benéfica para ambos, este espírito pode gerar benefícios, seja pelo aproveitamento interno, seja pela energia associada a uma mudança. Tendencialmente as mudanças acabam por ser positivas. A organização que apenas tenha acomodados, será sempre menos eficiente. Este é o retrato da minha geração.
Mais um mero pensamento de introspecção exteriorizado.
Quando penso mais recentemente na minha geração, as palavras que vêm desde logo à cabeça são salto tecnológico, constituição da união europeia, era da informação, individualismo e realização profissional.
Em relação a esta última palavra, a minha geração apareceu depois da emancipação profissional da mulher, tanto por necessidade como por vontade, e numa altura em que tirando a típica cunha ou laços familiares, os bons empregos (e ordenados) são para os melhores (políticos à parte). A minha geração apareceu depois da fase em que se saía de um emprego e escolhia-se entre as duas ou três alternativas possíveis.
Um tempo em que se reúnem estas condições é um tempo em que desde cedo sabemos que temos de ser ambiciosos e mentalizamo-nos para dar o máximo e procurar sempre mais. E queremos sempre mais.
Chegando à casa dos 40, mais ou menos 5, altura que noutra geração de emprego para a vida se ficaria “sentado” a viver da situação mais ou menos confortável que atingimos, estamos tão formatados para este “mind set” que não conseguimos parar. Continuamos a querer mais. Mais desafios, mais carreira e obviamente, mais remuneração.
Já não temos a ânsia e vontade que caracteriza a juventude e não sabemos aguardar calmamente a reforma que ainda está muito longe. Queremos mudar e continuar a avançar, mas a idade para outros empregadores e a segurança financeira para a nossa família não são meras superficialidades.
Mediante a nossa vida pessoal e familiar, alguns podem “acalmar” temporariamente para consolidar situações, mas o “mind set” está formatado e cedo ou tarde se fará sentir. Como o emprego é uma relação entre nós e uma organização, e só deve ser mantido enquanto for benéfica para ambos, este espírito pode gerar benefícios, seja pelo aproveitamento interno, seja pela energia associada a uma mudança. Tendencialmente as mudanças acabam por ser positivas. A organização que apenas tenha acomodados, será sempre menos eficiente. Este é o retrato da minha geração.
Mais um mero pensamento de introspecção exteriorizado.