quarta-feira, 22 de julho de 2009

Se o deixam

Cada vez que o Alberto João Jardim aparece na televisão tenho sempre receio de morrer ou de tanto rir ou de tanta vergonha. Apesar de tudo, estamos perante uma das figuras de topo da democracia portuguesa pelo lugar que ocupa.

É indiscutível que ele tem tido um papel fundamental no desenvolvimento da Madeira, mas muito por via dos rios de dinheiro que consegue para a sua região à medida que vai ameaçando com a independência. É um dos maiores e mais bem conseguidos bluffs de Portugal ..... e com que sucesso.

Depois da fase de euforia pós-eleições europeias, a Manuela Ferreira Leite tem passado por alguns dissabores, onde de manhã acusa o PS e o Sócrates de algo sobre as suas pessoas é à noite tem de ficar calada e sossegada no seu canto para ver se não se lembram dela. Tem sido assim com o Dias Loureiro, agora é novamente outro barão no mesmo caso e quanto mais próximo tivermos das eleições, mais casos acabarão para vir para a praça pública.

O Alberto e a sua cretinice de dizer que vai proibir o comunismo na Madeira apenas é mais uma acha para ambas as fogueiras. O seu “poder” é tão grande que ele não tem problemas em enfrentar o próprio Cavaco Silva, pois sabe que a Madeira é e será sempre sua, e que não existe poder capaz de o derrubar. E todos acabam por esta ou aquela razão ir ao seu beija-mão.

Costuma-se dizer que o poder dos fortes é dado pelo consentimento dos fracos. E a verdade é que ninguém tem coragem de o enfrentar ..... ele é o nosso Chavez regional ..... a diferença é que ao invés do petróleo temos bananas ..... dá menos dinheiro mas pelo menos somos mais ecológicos.