Depois de um breve período em que alguns dos nossos políticos, mais especificamente os menos honestos, se preocuparam com as consequências dos seus actos, estamos a voltar ao tempo da impunidade.
Tirando o único desgraçado que foi considerado culpado, tendo de (eventualmente) cumprir pena efectiva .....por acaso o que mais obra tem ..... os restantes estão com pena suspensa. E para além das demoras que legalmente o nosso sistema de justiça já permite, agora ainda podem (e fazem-no) alegar imunidade em tempo de eleições. É sempre a somar tempo ..... até à tão desejada prescrição.
Mais do que uma justiça, o que nós temos é um sistema. Um sistema judicial que embora até possa ter sido pensado para proteger o inocente, o seu lado visível é sem margem para dúvida a protecção dos culpados. O recurso não inocenta, apenas adia ou altera a sentença ..... se o advogado não tiver a arte e o engenho de arranjar uma qualquer falha da lei ou do processo para o fazer terminar.
Este ano assistimos a um avanço ..... pela negativa ..... de todo este sistema. O PSD, e acredito não ser o único, coloca elementos que serão julgados por vários crimes, não um ou dois refira-se, em lugares elegíveis no parlamento. Para além da imunidade e paragem das investigações enquanto durar as eleições, depois de serem eleitos apenas terão de responder se o parlamento autorizar.
Onde está a Verdade nestes processos? Onde fica a ética dos partidos, todos eles, na recorrência destas situações?
Será que não podemos copiar a justiça americana? O Maddoff já cumpre os seus 150 anos.