Vou começar este post de uma forma diferente, agradecendo a todos os amigos que hoje se recordaram da Ana, e em especial aqueles que com telefonemas, sms, msn e mails me ajudaram a ultrapassar o dia. Um obrigado especial pelos mimos que ao longo do dia fui recebendo.
Existe um filme fabuloso do Roberto Benigni sobre a história de um pai judeu que é enviado juntamente com o seu filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o filho aos horrores da situação, inventa uma brincadeira para esconder a realidade do petiz e tudo faz para que ele sobreviva. É uma história comovente de abnegação pessoal para com o filho.
Ao longo desta semana lembrei-me muitas vezes deste filme. O filhão, no ano passado tinha dito que gostaria de saber deste dia, porém, pelo peso que o mesmo tem e a tristeza que relembrar assim causa, optei por nada lhe dizer. Passei toda a semana a remoer esta situação, na plena convicção de que o melhor para ele é não o lembrar. E voltei de Braga para dormir em casa não fosse ele se lembrar ou alguém lhe dizer, regressando no dia seguinte de manhã novamente para Braga. Independentemente do cansaço, o filhão poderia precisar de mim ..... porque será que mesmo assim me sinto culpado?
Num mês com duas datas tão marcantes como este, visitar uma tia em fase terminal não é fácil. A nossa mente utiliza o que vê para relembrar o que tentamos apagar da memória. Mas isso está muito vincado. É o que somos hoje em dia. Durante muito tempo disse a mim mesmo que não conseguiria visitá-la ..... é doloroso demais pelas memórias que trás ..... mas novamente me lembrei do filme ..... fazer algo que nos custa por demais, dilacerando-nos completamente por dentro, mas que para quem recebe é muito bom. Lembrei-me igualmente como a Ana gostava de receber visitas ..... os amigos que se preocupavam em ir aquele sítio difícil visitá-la ..... e depois de muita hesitação, efectuei visitas nos dois dias ..... incluindo o dia de hoje ..... hoje.
Toda a nossa vida é baseada em decisões, sendo sempre mais fácil virar a cara ao que é mais difícil e optar pelo fácil. Era fácil vir-me embora sem visitar ninguém ..... era compreensível ..... mas e para quem pode beneficiar do nosso “sacrifício”? ..... e se fosse eu do outro lado? ..... revi na Ana a satisfação de uma simples visita, por curta que fosse .....
Não quero com este texto “armar-me” em santo, pois estou muito longe disso. Não pretendo insinuar que nos devemos sacrificar em prol dos outros, apenas por isso mesmo. Nada disso. Não é isso que este texto significa. O ser humano tem a capacidade única de ponderar as situações e, o que estou a dizer é que por vezes podemos ou devemos fazer pequenos ou grandes sacrifícios por uma causa maior ..... ás vezes.
Existe um filme fabuloso do Roberto Benigni sobre a história de um pai judeu que é enviado juntamente com o seu filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o filho aos horrores da situação, inventa uma brincadeira para esconder a realidade do petiz e tudo faz para que ele sobreviva. É uma história comovente de abnegação pessoal para com o filho.
Ao longo desta semana lembrei-me muitas vezes deste filme. O filhão, no ano passado tinha dito que gostaria de saber deste dia, porém, pelo peso que o mesmo tem e a tristeza que relembrar assim causa, optei por nada lhe dizer. Passei toda a semana a remoer esta situação, na plena convicção de que o melhor para ele é não o lembrar. E voltei de Braga para dormir em casa não fosse ele se lembrar ou alguém lhe dizer, regressando no dia seguinte de manhã novamente para Braga. Independentemente do cansaço, o filhão poderia precisar de mim ..... porque será que mesmo assim me sinto culpado?
Num mês com duas datas tão marcantes como este, visitar uma tia em fase terminal não é fácil. A nossa mente utiliza o que vê para relembrar o que tentamos apagar da memória. Mas isso está muito vincado. É o que somos hoje em dia. Durante muito tempo disse a mim mesmo que não conseguiria visitá-la ..... é doloroso demais pelas memórias que trás ..... mas novamente me lembrei do filme ..... fazer algo que nos custa por demais, dilacerando-nos completamente por dentro, mas que para quem recebe é muito bom. Lembrei-me igualmente como a Ana gostava de receber visitas ..... os amigos que se preocupavam em ir aquele sítio difícil visitá-la ..... e depois de muita hesitação, efectuei visitas nos dois dias ..... incluindo o dia de hoje ..... hoje.
Toda a nossa vida é baseada em decisões, sendo sempre mais fácil virar a cara ao que é mais difícil e optar pelo fácil. Era fácil vir-me embora sem visitar ninguém ..... era compreensível ..... mas e para quem pode beneficiar do nosso “sacrifício”? ..... e se fosse eu do outro lado? ..... revi na Ana a satisfação de uma simples visita, por curta que fosse .....
Não quero com este texto “armar-me” em santo, pois estou muito longe disso. Não pretendo insinuar que nos devemos sacrificar em prol dos outros, apenas por isso mesmo. Nada disso. Não é isso que este texto significa. O ser humano tem a capacidade única de ponderar as situações e, o que estou a dizer é que por vezes podemos ou devemos fazer pequenos ou grandes sacrifícios por uma causa maior ..... ás vezes.