quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nulidade das escutas

Invariavelmente todas as escutas de processos envolvendo caras conhecidas ou com poder e influência acabam sempre da mesma forma ..... é declarada a sua nulidade. Começo a desconfiar que nos cursos de direito existe uma série de cadeiras sobre como branquear situações.

Esta situação já é recorrente à anos. Acontece várias vezes em vários processos. A lei continua inalterada neste ponto. Ninguém propõe alterações. Continuo a achar que o problema não é nos nossos criminosos ..... o problema está na incompetência dos nossos magistrados e investigadores judiciais.

Neste momento apenas encontro uma utilidade nas escutas ..... material para os jornais usarem e o público ficar a saber o que o tribunal irá esconder. O risco é as escutas irem parar a uma das facções jornalísticas dos envolvidos, acabando por desaparecer por algum tempo ou mesmo de forma definitiva. Pouco ou mais nenhuma utilidade têm ..... do ponto de vista do prevaricador, sempre ganha tempo delas serem ouvidas e transcritas ..... sempre se perde tempo.

No caso do Sócrates esta nulidade é-lhe prejudicial. O facto de acontecer depois das suspeições no FreePort apenas vêm adensar a dúvida sobre a sua credibilidade. Se é que ainda tem credibilidade para a população ..... excepção aos empalados que veneram o PS ou o próprio Sócrates. Pode até acontecer que as escutas fossem mais prejudiciais pelo que lá está, independentemente sobre o que é, mas garantidamente o seu “desaparecimento cirúrgico” é altamente incriminatório e difamatório.

Para que servem então as escutas?