Regra geral existem três formas clássicas de começar uma história ..... Era uma vez ..... Há muito tempo atrás ..... qualquer outra forma que não as anteriores. Vou utilizar uma delas.
Há muito tempo atrás, era o João muito pequeno, comecei a contar-lhe uma história todas as noites. Diria que comecei quando ele tinha entre os 2 e os 3 anos, mas sinceramente já não me lembro e isso nem é importante. Quase religiosamente, todas as noites ao deitar, o pai senta-se ou deita-se na cama e conta uma história ..... ainda hoje ..... ainda à meia hora atrás. Todas as noites uma história diferente, inventada no momento e muitas vezes com uma moral relacionada com as vivências do João nesse dia, independentemente de serem boas ou más ..... Praticamente todos os dias.
Já nem sei bem as razões que estiveram por detrás desse começo. Pode ter sido o podermos estar mais tempo juntos, pode ter sido o medo de ele ficar sozinho no quarto, pode ter sido o podermos conversar ..... talvez tudo isto e mais outras coisas ..... independentemente do porquê, a verdade é que não sei quem gosta mais, se o filho se o pai ..... é um momento especial que recomendo a todos experimentarem ..... momentos que ficam marcados para todo o sempre.
Muitas vezes depois da história vem uma bela conversa, mais de amigos que pai/filho ..... o melhor da nossa relação é exactamente isso, o facto de acima de tudo sermos amigos e só depois vir a relação parental ..... para mim, é quase como ter atingido o nirvana ..... qual o pai que não gostaria?
Como o João já passou os 9 anos, e assumindo que comecei quando ele tinha 3, para efeitos de exercício vamos considerar não os 365 dias do ano, mas apenas 2/3 desse número ..... perfaz a módica quantia de mais de 1.700 histórias, todas elas diferentes e nem uma única repetida. A razão de estar a dizer que são todas diferentes, é porque o João nunca quis nenhuma história repetida ..... sem problemas. Nunca pensei bem neste número até ao dia que o Nuno Rogeiro lançou um livro de histórias que também ele contava aos seus filhos. Até aqui tudo normal, porém, o estranho para mim foi ele dizer que as inventa ele próprio e se lembra de todas elas ao fim de não 7 mas muitos mais anos ..... que prodígio de memória ..... no comments.
Há histórias que o João gosta mais, como as várias partidas e travessuras que o cão Pantufas faz ao seu dono e aos vizinhos, a história do menino que não sabe jogar futebol ..... uma dica, tem fita de menina no cabelo, é do SLB e da selecção e devia marcar golos ..... é um momento de brincadeira porque na realidade ele nunca me deixou contar a história e, quando começo com “era uma vez o menino que não sabia jogar futebol .....” vamos por aí a fora porque o João diz sempre que “essa não” e por isso passamos ao “era uma vez o primo do menino que não sabia jogar futebol” ..... só acaba quando ele diz “não quero do menino, nem do primo, nem do cão, nem ninguém que ele conheça!” ..... são cinco minutos de puro non sense e risada ..... o 21 tem de servir para alguma coisa.
Face à idade que o João já tem, e mesmo após os tempos difíceis que temos vivido, nos últimos tempos achava que a história já era mais para ter a companhia do pai até adormecer ..... isto quando o pai não adormece primeiro ..... a idade já pesa ..... só pode, porque a balança já não diz o mesmo de á uns anos atrás. Hoje fiquei com outra ideia e voltei a dar mais importância à história em si ..... ao contar a história dos 2 elefantes cor-de-rosa siameses que tinham a tromba junta, havia uma parte em que eles iam passar a noite numa caverna mas não cabiam os dois lá dentro e um tinha de dormir de rabo de fora ..... nessa altura, o João disse “Ó pai, no jardim zoológico não há cavernas com ursos lá dentro ....”, ao que eu respondi que aquela história se passava na savana africana .....
“Espera ..... estava a imaginar a história a passar-se num jardim zoológico ..... deixa-me voltar a imaginar a história agora em Africa!” ..... não estava à espera ..... já não dava à história em si o seu real valor ..... afinal não é só o nosso tempo de qualidade, a historia é também muito importante para ele!
Comprem um livro, inventem uma história, contem as histórias que ouviram dos vossos pais e/ou avós ..... façam o que quiserem mas experimentem durante uns dias ..... apreciem o que a vida tem de bom ao simples alcance da vontade ..... podem muito bem ter uma surpresa muito agradável!
Olhem sempre para o lado FIXE da vida!
Há muito tempo atrás, era o João muito pequeno, comecei a contar-lhe uma história todas as noites. Diria que comecei quando ele tinha entre os 2 e os 3 anos, mas sinceramente já não me lembro e isso nem é importante. Quase religiosamente, todas as noites ao deitar, o pai senta-se ou deita-se na cama e conta uma história ..... ainda hoje ..... ainda à meia hora atrás. Todas as noites uma história diferente, inventada no momento e muitas vezes com uma moral relacionada com as vivências do João nesse dia, independentemente de serem boas ou más ..... Praticamente todos os dias.
Já nem sei bem as razões que estiveram por detrás desse começo. Pode ter sido o podermos estar mais tempo juntos, pode ter sido o medo de ele ficar sozinho no quarto, pode ter sido o podermos conversar ..... talvez tudo isto e mais outras coisas ..... independentemente do porquê, a verdade é que não sei quem gosta mais, se o filho se o pai ..... é um momento especial que recomendo a todos experimentarem ..... momentos que ficam marcados para todo o sempre.
Muitas vezes depois da história vem uma bela conversa, mais de amigos que pai/filho ..... o melhor da nossa relação é exactamente isso, o facto de acima de tudo sermos amigos e só depois vir a relação parental ..... para mim, é quase como ter atingido o nirvana ..... qual o pai que não gostaria?
Como o João já passou os 9 anos, e assumindo que comecei quando ele tinha 3, para efeitos de exercício vamos considerar não os 365 dias do ano, mas apenas 2/3 desse número ..... perfaz a módica quantia de mais de 1.700 histórias, todas elas diferentes e nem uma única repetida. A razão de estar a dizer que são todas diferentes, é porque o João nunca quis nenhuma história repetida ..... sem problemas. Nunca pensei bem neste número até ao dia que o Nuno Rogeiro lançou um livro de histórias que também ele contava aos seus filhos. Até aqui tudo normal, porém, o estranho para mim foi ele dizer que as inventa ele próprio e se lembra de todas elas ao fim de não 7 mas muitos mais anos ..... que prodígio de memória ..... no comments.
Há histórias que o João gosta mais, como as várias partidas e travessuras que o cão Pantufas faz ao seu dono e aos vizinhos, a história do menino que não sabe jogar futebol ..... uma dica, tem fita de menina no cabelo, é do SLB e da selecção e devia marcar golos ..... é um momento de brincadeira porque na realidade ele nunca me deixou contar a história e, quando começo com “era uma vez o menino que não sabia jogar futebol .....” vamos por aí a fora porque o João diz sempre que “essa não” e por isso passamos ao “era uma vez o primo do menino que não sabia jogar futebol” ..... só acaba quando ele diz “não quero do menino, nem do primo, nem do cão, nem ninguém que ele conheça!” ..... são cinco minutos de puro non sense e risada ..... o 21 tem de servir para alguma coisa.
Face à idade que o João já tem, e mesmo após os tempos difíceis que temos vivido, nos últimos tempos achava que a história já era mais para ter a companhia do pai até adormecer ..... isto quando o pai não adormece primeiro ..... a idade já pesa ..... só pode, porque a balança já não diz o mesmo de á uns anos atrás. Hoje fiquei com outra ideia e voltei a dar mais importância à história em si ..... ao contar a história dos 2 elefantes cor-de-rosa siameses que tinham a tromba junta, havia uma parte em que eles iam passar a noite numa caverna mas não cabiam os dois lá dentro e um tinha de dormir de rabo de fora ..... nessa altura, o João disse “Ó pai, no jardim zoológico não há cavernas com ursos lá dentro ....”, ao que eu respondi que aquela história se passava na savana africana .....
“Espera ..... estava a imaginar a história a passar-se num jardim zoológico ..... deixa-me voltar a imaginar a história agora em Africa!” ..... não estava à espera ..... já não dava à história em si o seu real valor ..... afinal não é só o nosso tempo de qualidade, a historia é também muito importante para ele!
Comprem um livro, inventem uma história, contem as histórias que ouviram dos vossos pais e/ou avós ..... façam o que quiserem mas experimentem durante uns dias ..... apreciem o que a vida tem de bom ao simples alcance da vontade ..... podem muito bem ter uma surpresa muito agradável!
Olhem sempre para o lado FIXE da vida!